Terça-feira, 12 de novembro de 2024 - 08h12
O Papa
Francisco anunciou a canonização do religioso italiano José Allamano, fundador
da Congregação dos Missionários da Consolata, por conta de um milagre promovido
na Amazônia pela invocação do santo. Deu-se que no ano de 1996, em plena
floresta amazônica, um indígena Yanomami caçava com seu grupo quando foi ferido
por uma onça-pintada, ficando com parte do couro cabeludo arrancada e a cabeça
aberta.
Os
caçadores pediram ajuda às religiosas que viviam as proximidades. A freira
queniana Felicita Muthoni socorreu o ferido, invocando o padre Allamano, e recomendou
enviá-lo a um hospital. O ferido sobreviveu e o caso foi considerado milagroso
pelas religiosas. Objetivamente, o milagre começa quando os amigos do ferido pediram
ajuda às missionárias, recebendo a pronta atenção de uma freira experiente em
atender pessoas atacadas por feras. O milagre continuou com o transporte até o
hospital, onde se completou com a boa recuperação do paciente.
O milagre,
aceito pelo Vaticano e ratificado pelo papa Francisco, mostra que ele não ocorreu
simplesmente porque houve uma prece pedindo intervenção espiritual: aconteceu porque
as pessoas envolvidas nas circunstâncias agiram corretamente. Da mesma forma, o
milagre da salvação da floresta e do clima não virá só de orações: depende da
ação determinada de quem sabe que a Terra está ferida e precisa de socorro.
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Jogo de estratégia
Se
no campo político, o prefeito eleito Leo
Moraes (Podemos) merece destaque, porque em poucos dias desarmou os adversários
para um eventual pedido de impeachment na Câmara de Vereadores de Porto Velho,
onde seus o poder dominante tinham
emplacado todos os 23 edis, e já tem maioria para administrar a capital,
por outro lado precisa de um bom jogo de estratégia para tentar escapar dos
desagastes inerentes as alagações dos bairros populosos da Zona Leste em sua futura
gestão O inverno amazônico, que é o nosso período de chuvas, estreou com grandes
temporais e estragos devastadores.
Discurso de campanha
Leo
ainda não desincorporou da campanha. Não é mais da sua conveniência repetir os
mantras de que Porto Velho tem a pior qualidade de vida das capitais, que a cidade
padece com a saúde caótica, que o abastecimento de água em está em colapso, que
a segurança pública está em calamidade etc. A partir agora tudo isto se volta
contra ele e ele precisa de uma boa estratégia, além e catimbar o jogo. Precisa
por exemplo, ao invés de chutar água das alagações, comparecer agora, de
imediato nos pontos críticos com equipes de engenheiros para mostrar de fato
que pretende mudar este estado de coisas. Isto poderia até servir como uma espécie
de antidoto para os impropérios vindouros em janeiro.
Batata assando
Leo
assume em janeiro a prefeitura de Porto Velho com a popularidade em alta, merece
comemorar bastante o prestigio adquirido, mas não pode se enganar. Ele foi o
melhor vereador da sua legislatura, repetiu o feito como melhor parlamentar
estadual na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados se destacou
nacionalmente. Minha expectativa é que repita sua performance, sua brilhante trajetória
política no Prédio do Relógio. Mas sua batata está assando. Nenhum prefeito resiste
incólume ao inverno amazônico. Grandes gestores, como Chiquilito Erse e o atual
prefeito Hildon Chaves padeceram nas unhas da opinião pública no período das
chuvas.
Todo cuidado
Grande
parte da grande vitória de Leo Moraes (Podemos) coube as mulheres e ao eleitorado
evangélico e a estes dois segmentos ele precisa de um cuidado todo especial durante
seu mandato, já que deles adveio um fantástico efeito manada a seu favor. Está
provado que não adianta cooptar deputado estadual e vereador que se dizem evangélicos,
pois eles apenas iludem os cristãos e viram a casaca de acordo com suas
conveniências só causando desgastes aos administradores. É necessário, por conseguinte,
separar o joio do trigo para não sofrer grandes decepções.
Fora da jogada
Não
bastou o clã dos Gonçalves, que manda atualmente no estado, apunhalar a aliança
idealizada pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB) em favor da sua ungida Mariana
Carvalho (União Brasil). Circula nos bastidores a informação que o grupo
palaciano, vai disputar o governo do estado com Sergio Gonçalves e o mano
Junior a Câmara dos Deputados, pretende chutar o prefeito Hildon Chaves da presidência
da Associação Rondoniense de Municípios-AROM, alegando que se ele não será mais
prefeito e por isto não pode estar ocupando o cargo. Os palacianos querem
implodir Hildon, Mariana e Mauricio Carvalho para o pleito de 2026.
Fora do caminho
Tirar
Hildon Chaves (PSDB) do caminho na disputa do CPA Rio Madeira é um sonho de
consumo do atual vice-governador que vai disputar o governo estadual quando
assumir o cargo de Marcos Rocha. Melhor ainda se também Mariana Carvalho não criar
asas para pelejar o Senado, causando transtornos ao atual governador que entra
nesta disputa e o bolo da cereja é inviabilizar a candidatura de Mauricio Carvalho
a federal, já que Junior também vai entrar neste espaço. Melhor mesmo é que os manos
Mariana e Mauricio pulem fora do União Brasil, pois lá dificilmente terão
legenda para suas candidaturas em 2026.
Via Direta
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