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Carlos Sperança

Exemplo a considerar + Fazendo as contas + Eleições ao CPA Rio Madeira + Novo quadro


Exemplo a considerar + Fazendo as contas + Eleições ao CPA Rio Madeira + Novo quadro - Gente de Opinião

Exemplo a considerar

Entre diversas iniciativas que mais merecem apoio e projeção internacional, pela relevância da união que estabelecem, provavelmente a rede formada pela execução do Projeto LIRA (Legado Integrado da Região Amazônica) figura no chamado Top 10, a primeira dezena das ações mais responsáveis, meritórias, inspiradoras e exemplares.

A polarização que jogou o Brasil na angustiante posição de pária do mundo só será vencida unindo o país em torno das políticas de Estado e polindo as políticas de governo para atender à vontade da Nação, evitando que se inviabilizem na gritaria das seitas incapazes de dialogar respeitosamente.

A unidade de propósitos é ainda mais necessária em um quadro de pandemia, crise econômica severa e desafio climático global. Pensando em superar o sofrimento dos povos da floresta potencializado pelas crises ambiental, sanitária e econômica, 82 instituições se comprometeram a atuar em rede, com ações em favor das populações e seus territórios.

São entidades indígenas e extrativistas, organizações da sociedade civil, empresas, cooperativas, instituições de pesquisas e governos, um exemplo de união que merece foco por parte da população em geral. Se for possível resumir a amplitude da rede LIRA em uma frase, ela certamente incluirá o conceito de que a bioeconomia é respeitar a vida – de gente, flora e fauna.

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Fazendo as contas

Para as eleições presidenciais do ano que vem os marqueteiros já estão fazendo suas contas. Nas do presidente Jair Messias Bolsonaro (ainda sem partido), chegando ao segundo turno (ninguém acredita em alguma vitória direta em turno único com tantos candidatos) ele seria beneficiado com o forte sentimento antipetista. Aposta na elevada rejeição de Lula para ser ungido no turno final. Do lado do ex-presidente Lula, a matemática é quase a mesma: desembarcando no segundo turno, acredita que vai levar a melhor por conta da alta taxa de rejeição do atual presidente, captando para si em todo país as graças do antibolsonarismo.

A conta de Ciro

A política, como se sabe, não é uma ciência exata, mas os marqueteiros conseguem através delas identificar as possibilidades do seu candidato. Caso do marketing do presidenciável Ciro Gomes (PDT). A conta dos pedetistas é chegar ao segundo turno, como uma terceira via deixando Lula ou Bolsonaro para trás. Para  se conquistar esta condição, se identificou pelas sondagens, que Ciro pode crescer trazendo para si boa parte do sentimento antipetista, que desde 2018 tem sido uma exclusividade de Bolsonaro. Com isto ganharia a peleja pela terceira via alcançando o segundo turno. Bolsonaristas e petistas que querem se enfrentar no segundo turno detestam a possibilidade de uma terceira via, pois um deles – Bolsonaro ou Lula - pode ficar de fora da festa.

Uma novidade

Já, o PSDB, que realiza prévias para apontar seu presidenciável, pode chegar em 2022 com uma baita surpresa para o eleitorado. O lançamento de um candidato assumidamente gay, que é o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, que espantosamente depois que assumiu a sua condição só cresceu nas pesquisas eleitorais. Um segmento que tem votado através dos anos majoritariamente com os petistas e que no pleito do ano que vem, pelas primeiras amostras de enquetes, está virando a casaca para Eduardo Leite. Seria mais uma facada no petismo. Lembrando que tanto Ciro como Eduardo Leite preferem claramente enfrentar Bolsonaro do que Lula no segundo turno.

Em Rondônia

Tratando-se do cenário estadual, quanto as eleições ao CPA Rio Madeira, o que rola nos bastidores é o seguinte. Para acalmar as coisas no ambiente bolsonarista, tão dividido em nosso estado, o governador Marcos Rocha (PSL) iria para a reeleição e o senador Marcos Rogério (DEM) ganharia um cargo no primeiro escalão presidencial, algo como o Ministério da Amazônia. Ainda assim, o bolsonarismo continuaria dividido, já que o ex-governador Ivo Cassol (PP) é da mesma corrente. Com isto, quem ficaria com a condição de opositor a Bolsonaro no estado, seria o ex-governador Confúcio Moura (MDB).

Novo quadro

Mas um novo quadro pode se desenhar, caso o pleito estadual tenha as ausências dos ex-governadores Ivo Cassol (PP) e Confúcio Moura (MDB). Sem eles, pode entrar nas paradas o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB), com vice indicado pelo senador Marcos Rogério e tendo Expedito Junior na chapa ao Senado. Hildon nas paradas, inibiria a candidatura ao governo de Leo Moraes, que seria terrivelmente prejudicado na capital na peleja. Largar mal na base é precipício certo. Do lado do governador Marcos Rocha as composições estão em estudos, mas já começou a jornada com uma primeira vitória, tirando Marcos Rogério do seu pé no União Brasil. E o MDB, sem Confúcio candidato, deve compor e tem boas alternativas a vice ou com chapa lançando candidato ao Senado.

Via Direta

***Com cobra engolindo cobra, suplentes buscam a titularidade na Assembleia Legislativa. O próximo deputado ameaçado é o recém empossado Saulo Moreira (Ariquemes) que derrubou Edson Martins (Urupá) *** A covid volta a ressuscitar perigosamente em algumas regiões do estado. Todo cuidado é pouco para que uma nova onda não se espalhe novamente em território rondoniense *** Muitos políticos – e alguns com mandato -  seguem envolvidos em grilagem e desmatamento nos últimos anos em Rondônia, Acre, Amazonas e Mato Grosso *** Cassado, Edson Martins deixou a Assembleia Legislativa de Rondônia, mas bem na foto. Possui uma baita fazenda formada a beira da BR -319, uma das maiores no sul do Amazonas. Sua amada Urupá ficou para trás *** O MDB de El Carecon, é um dos poucos partidos realizando reuniões pelo estado. Os demais estão quase inertes.

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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