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Carlos Sperança

Fantasmas do passado e a elevada taxa de suicídios na ponte sobre o Rio Madeira


Fantasmas do passado e a elevada taxa de suicídios na ponte sobre o Rio Madeira - Gente de Opinião

Fantasmas do passado

Quando poderiam aplicar as riquezas acumuladas em milênios de história humana e os mais avançados recursos tecnológicos até hoje possíveis para levar a civilização à felicidade, o Brasil e o mundo vivem uma estranha e indesejável volta ao passado. No mundo, o risco de uma guerra nuclear, projetado pelos cogumelos assassinos despejados sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945.

No Brasil, a volta do cenário de destruição do garimpo ilegal em terras Yanomamis da década de 1990, ponto culminante de uma situação que só cresceu desde 1910. Para quem tem boa memória, os problemas de hoje são prolongamentos de situações que se repetem mesmo depois de consideradas resolvidas.

Inclusive o golpismo é o mesmo: vivandeiras perversas provocando militares para levá-los a desatinos anticonstitucionais, pautas-bombas para explodir a capacidade de governança do centro liberal e com o PT na oposição, o lema invariável “fora Fulano” (qualquer pessoa na Presidência).     

Diante de tanta mesmice, o Brasil precisa de inovação. É o caso, por exemplo, do projeto de criar milhares de biofábricas móveis de chocolate na Amazônia. Portáteis e desmontáveis, amoldando-se às necessidades locais, elas podem ser operadas pelos povos da floresta. As primeiras experiências, previstas para março, vêm agregar valor ao cacau e ao cupuaçu. Que mais notícias boas venham para substituir as atrocidades e angústias do passado.

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Clima de tensão

A expulsão dos cerca de 20 mil garimpeiros das reservas indígenas Yanomami em Roraima, criou um clima de tensão entre o governo federal e o governador bolsonarista Antônio Denarium, que defende a categoria dos poluidores e os trata a pão de ló, enquanto a indiarada morre que nem moscas, de fome e doenças gastrointestinais. As lideranças políticas do estado minimizam os problemas da garimpagem e quer um tratamento especial para os invasores ao mesmo tempo em que reclamam do desembarque dos ministros da Defesa, do Exército, da Marinha e Aeronáutica no estado para as operações de retirada dos clandestinos. Para os políticos bolsonaristas existe uma “espetacularização” do que rola por lá.

Plano Diretor

Existe uma grande expectativa dos moradores dos bairros que estão eclodindo na BR 319, depois da ponte sobre o Rio Madeira, e no setor chacareiro, no prolongamento do Jardim Santana, para a expansão do perímetro urbano do município de Porto Velho. A iniciativa traria grandes benefícios para esta população, desde a ampliação da rede elétrica até a infraestrutura básica. Ao mesmo tempo a municipalidade e o governo do estado teriam em mãos áreas mais em conta para a construção de casas populares atendendo as demandas da capital rondoniense.

A infraestrutura

Com a ampliação do perímetro urbano, por outro lado, existe um nó górdio para ser desvendado, pois além da burocracia, e levantamentos técnicos, temos a necessidade da aprovação pela Câmara de Vereadores de Porto Velho. Alguns problemas: O primeiro deles é a questão de infraestrutura, pois Porto Velho não tem condições nem de arcar com as demandas atuais do seu atual perímetro urbano. O segundo problema advém das empresas loteadoras que lançam os empreendimentos de vendas de terrenos e não atendem as necessidades dos moradores, sobrecarregando a municipalidade. Um bom tema para se discutir na Câmara Municipal.

Ponte dos suicídios

Finalmente um deputado se preocupou com a elevada taxa de suicídios na ponte sobre o Rio Madeira que liga Rondônia ao estado do Amazonas. Como os deputados de Porto Velho são avestruzes inúteis, coube a um representante do interior, o deputado Alex Redano (Progressistas-Ariquemes) cobrar providências do DNIT, do governo do estado e da prefeitura de Poro Velho para instalar barreiras na obra, como forma de impedir mais tragédias. Drogados, mulheres traídas, bêbados e outros desafortunados na vida tem sido os principais protagonistas das tentativas de suicídio se atirando da ponte rio madeira abaixo. É coisa de louco!

Passo de tartaruga

No passo de tartaruga que é tratado o projeto da construção da nova rodoviária de Porto Velho se a obra for inaugurada ainda na administração do prefeito Hildon Chaves (União Brasil-Porto Velho) será um milagre. Ainda falta muito para aquele pardieiro, aquele cartão postal às avessas, onde funciona atualmente o terminal rodoviário da capital ser desmontado para se transferir para a região do Cai N’Água onde deverá funcionar por quase dois anos. E por lá não tem nem sinal de reforma iniciando para abrigar a rodoviária provisoriamente. Por conseguinte, precisamos de paciência de Jó.

 

Via Direta

*** O problema do transporte escolar nas localidades ribeirinhas de Porto Velho se arrasta a cinco anos e durante dois anos de pandemia a coisa piorou de vez *** Esta nova legislatura da Assembleia Legislativa tem um baita desafio pela frente: montar uma Comissão de Ética decente que não acoberte malfeitos denunciados. Assim vai recuperar a credibilidade arranhada nas gestões anteriores *** Com boa experiência adquirida na Câmara de Vereadores de Porto Velho, os deputados Mauricio Carvalho e Cristiane Lopes são esperanças de boas gestões, com mandatos produtivos na Câmara dos Deputados *** Já no Senado, Jaime Bagatoli (PL-RO) vai se unir a tantos outros bolsonaristas fanáticos para azedar a gestão do atual presidente Lula.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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