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Carlos Sperança

Fatos reais + Outro cenário + Possíveis nomes para o governo + Decisão tucana


Fatos reais + Outro cenário + Possíveis nomes para o governo + Decisão tucana - Gente de Opinião

Fatos reais

Com astros muito apreciados do cinema americano – Dwayne Johnson e Emily Blunt – a Amazônia do filme “Jungle Crise”, do catalão Jaume Collet-Serra, é apenas ficcional. Quem quiser ver na tela um documentário sobre a floresta ficará frustrado. Para compensar, achará um atemorizante fantasma espanhol, inimigos nazistas, uma versão da lenda do boto-cor-de-rosa e dados próximos do real. Procurando uma flor, a bióloga protagonista encarna o heroísmo dos pesquisadores, que se metem na selva em busca de curas advindas da biodiversidade.

Também é sugestivo o ano em que a ação do filme se situa: 1910, quando o célebre pesquisador Oswaldo Cruz desafiou os mistérios amazônicos e escreveu um relatório que atraiu interesse à região, intitulado “Considerações Gerais sobre as Condições Sanitárias do Rio Madeira”. Quem se sentir frustrado com as fantasias de Hollywood encontrará compensação suficiente no livro “Revisitando a Amazônia de Carlos Chagas”, de Fernando Dumas dos Santos, que já rendeu filmes e exposições focando a fitoterapia dos povos ribeirinhos.

Dumas refaz o percurso de Chagas, que dando sequência à iniciativa de Oswaldo Cruz percorreu a região na época em busca de curas. O filme de Hollywood renderá boa bilheteria, mas logo sairá de cartaz. A obra de Cruz, ao contrário, continuará uma luz a iluminar quem luta por saúde no Brasil.

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Outro cenário

Está surgindo um novo cenário no quadro político estadual em Rondônia com as exigências de candidaturas próprias a governadores nos estados pelos diretórios nacionais do PSDB e PT nas eleições de 2022. Em ambos os casos, envolvendo tucanos e petistas, existem decisões do alto comando das legendas para não se coligar nas esferas estaduais com candidatos bolsonaristas. Sendo assim, o PSDB caminha para lançar o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves ao CPA Rio Madeira e o PT a ex-senadora Fatima Cleide. Ocorre que candidaturas próprias nos estados fortalecem as postulações presidenciais.

Possíveis nomes

Os outros possíveis nomes para a disputa do governo de Rondônia são o próprio governador bolsonarista Marcos Rocha (PSL) pleiteando a reeleição, o senador bolsonarista Marcos Rogério (DEM), o candidato do centrão Ivo Cassol (PP), além do ex-governador Confúcio Moura (MDB). Como se vê, o bolsonarismo está bem dividido em Rondônia e está fragmentação beneficia o ex-governador Ivo Cassol, o mais citado nas primeiras sondagens para assumir a ponteira no pleito eleitoral 2022.

Decisão tucana

A decisão do tucanato em evitar alianças com candidatos bolsonaristas nos estados prejudica o projeto do senador Marcos Rogério, que esperava contar com um candidato (a) a vice indicado pelo prefeito da capital Hildon Chaves para reforçar suas paliçadas em Porto Velho. Também prejudica a postulação do ex-senador Expedito Junior ao Senado, principal avalista de acordo celebrado com Marcos Rogério ainda no pleito de 2018. Expedito fica entre a cruz e a espada: vai apoiar seu sócio e companheiro de tantos anos Hildon Chaves ao governo ou o senador Marcos Rogério, com quem tem compromisso a honrar?  A quem vai destinar o punhal da traição?

A configuração

Na configuração inicial das candidaturas dos postulantes ao governo de Rondônia em dobradinha com candidatos ao Senado a coisa pode ficar assim: Marcos Rogério (DEM) ao governo com Expedito Junior (PSD) ao Senado; Marcos Rocha ao governo e Jayme Bagatolli (PSL) ao Senado; senador Confúcio Moura (MDB) ao governo com o ex-governador Valdir Raupp ao Senado; ex-governador Ivo Cassol (PP) ao governo com Leo Moraes (Podemos) ao Senado; Fátima Cleide (PT) ao governo com Ramon Cujui ao Senado. Das siglas nanicas reinam indefinições, ainda nem sinal de candidaturas.

Nomes avulsos

Alguns nomes pretendentes a única cadeira ao Senado no ano que vem por Rondônia, cargo ocupado atualmente pelo senador Acir Gurgacz (PDT-RO), ainda não firmaram alianças, tampouco dobradinhas. Falo do caso do ex-senador e ex-ministro da Previdência Amir Lando. Uma das hipóteses do Paladino de Rondônia é uma dobradinha com o ex-governador Confúcio Moura ao governo, caso o ex-senador Valdir Raupp faça a opção de disputar uma cadeira à Câmara dos Deputados. Esta é uma das tantas das indefinições no quadro estadual das eleições de 2022.

 

Via Direta

*** Os boatos circulando na capital dão conta que a atual concessionária de transportes coletivos em Porto Velho afundou de vez e que muitos dos ônibus da sua diminuta frota já foram enviados de volta para o interior de São Paulo *** Uma situação semelhante a de Rio Branco, onde os transportes coletivos também sofrem os efeitos da crise provocada pela pandemia do coronavirus *** Os partidos políticos começam a se alvoroçar com possíveis troca-troca de agremiações com a janela partidária  que será aberta no início de março *** Deputados federais e estaduais buscam se acomodar  em siglas competitivas para garantir a reeleição no pleito de 2022 *** O final de semana será marcada por um novo evento de friagem em Rondônia *** Que a Frente Fria venha com chuvas, será muito bem vinda, pois ninguém suporta mais este calor infernal!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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