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Carlos Sperança

Fulanização tóxica e obras postergadas


Fulanização tóxica e obras postergadas - Gente de Opinião

Fulanização tóxica

A ministra Marina Silva atribuiu o salto do desmatamento criminoso a uma ação contra o “governo Lula”. Ela está certa em criticar as atividades criminosas e desumanas cometidas na floresta, que agridem maliciosamente a nação e causam medo à humanidade com terrorismo explícito, mas erra ao supor que exista um “governo Lula”. O que existe é só o governo brasileiro, que tem o dever de cumprir as leis que o regulam, das quais a maior é a Constituição, e executar as políticas de Estado.

Tanto quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro aprendeu que não existe o “meu Exército”, Lula e seus ministros e seguidores terão que aprender que o governo é da Nação. Não pertence a uma pessoa, seita, partido ou coalizão. O desmatamento criminoso não é uma retaliação louca e infantil de derrotados a uma eleição perdida, mas um crime de lesa-pátria e lesa-humanidade.

A polarização entre seitas que ignoram o debate e a negociação, alimentando-se de ressentimentos, precisa acabar. Um bom começo seria a atitude generosa dos vencedores de atender as demandas justas dos vencidos e destes o reconhecimento de que o poder emana da maioria. Espernear contra resultados eleitorais é tão desonesto quanto achar que o poder é uma propriedade pessoal, familiar, empresarial ou partidária. Já passou da hora de desmontar os palanques e descontaminar os governos do tóxico maluco da fulanização.

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Ponte internacional

Recente audiência do senador Confúcio Moura (MDB-RO) com o ministro dos Transportes Renan Filho tratou da construção da ponte internacional Brasil-Bolívia, sobre o Rio Mamoré em Guajará Mirim. Há mais de três décadas a União está engabelando o povo da Perola do Mamoré com a construção da dita ponte. Nos últimos anos de mandato o senador Valdir Raupp e a deputada Marinha Raupp se descabelaram para levar a obra adiante e até um projeto técnico tinha avançado renovando as esperanças rondonienses. Mas até agora necas e pessoalmente não acredito que o empreendimento entre nas prioridades do atual governo.

Obras postergadas

A grande verdade é que a ponte internacional em Guajará Mirim, a Usina Hidrelétrica de Tabajara em Machadinho do Oeste e a pavimentação da BR 319, no chamado trecho do meião, com quase 500 quilômetros enlameados entre Porto Velho e Manaus tem sido adiadas sistematicamente nos últimos anos. A BR 319, diga-se de passagem, está com o tráfego prejudicado com duas pontes que foram tragadas pelo transbordamento de rios no trecho. Nestes pontos, quando conseguem passar, os ônibus precisam de balsas. Imagine o quanto tempo será necessário para refazer estas pontes. Nem licitadas ainda foram.

Faltando carretas

Com os motoristas de caminhões acreanos se dedicando ao transporte da soja nos estados do Mato Grosso e Rondônia, estão faltando carretas no Acre para o transporte de brita para a recuperação da BR 364, que liga Rio Branco  ao extremo do estado, em Cruzeiro do Sul, que faz divisa com o estado do Amazonas. Os recursos para as obras de recuperação da estrada já foram garantidos pela bancada federal do vizinho estado, estimados em R$ 60 milhões. Outro problema que existe é a falta de pedra no Acre, o estado depende das pedras rondonienses.

É coisa de louco!

Não é de hoje que os oposicionistas apelam contra os prefeitos de plantão. Se não existem defeitos, eles criam, gerando embaraços para os alcaides. Contra o então prefeito Roberto Sobrinho, na década passada, fizeram até missa negra nas escadarias do então Palácio Tancredo Neves, com cabeça de bode sangrando. Agora, insinuam pelos quatro cantos que o brutal reajuste do IPTU é para cobrir um hipotético rombo na atual administração atualmente instalada no Prédio do Relógio. Hildon está com as contas em dia. Pelo jeito quando a campanha chegar mais a frente para a sucessão municipal o bicho vai pegar.

Tem procedência

Tem muita procedência as reclamações dos aposentados do Banco do Brasil contra as recentes nomeações de sindicalistas petistas a frente dos fundos de pensões. Foi com este comportamento, que os fundos tiveram prejuízos de bilhões nas duas gestões do presidente Lula e da presidente Dilma. Os beneficiários dos fundos do BB pagam até hoje a conta causada pelos corrutos petistas que saquearam os recursos destinados a atender as necessidades dos funcionários e aposentados da instituição bancaria. Não é à toa que os aposentados estão chiando. Tem gato na tuba e muitos petistas com sede ao pote. Não bastava os corruptos bolsonaristas incorporados ao governo atual.

Via Direta

*** O ex-prefeito de Porto Velho José Guedes analisa a situação do PSDB para disputar a prefeitura de Porto Velho no ano que vem *** Guedes é ex-vereador, ex-prefeito e ex-deputado federal constituinte e brilhou na política rondoniense nos anos 90 *** Se for verdade que os vereadores de Porto Velho vão realizar audiências públicas para discutir a questão do IPTU, teremos uma atitude coerente – finalmente – no Poder Legislativo municipal tão omisso em questões relevantes nos últimos anos *** O ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires não diz que sim nem que não se entra na peleja pela prefeitura da capital da BR no ano que vem. Como se uniu ao ex-senador Expedito Junior, poderá até apoiar outro nome, ou se alinhar ao deputado Laerte Gomes (PSD) na disputa. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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