Terça-feira, 21 de março de 2023 - 07h45
No país em que tudo é urgente e o governo que
entra desmonta o que veio do anterior, a pressa requer contenção por meio de ampla
análise e prudência protetora. A amplitude evita atalhos perigosos, a prudência
antecipa e previne problemas. No caso da criação da Autoridade Climática, cujo
desenho em retoques finais talvez chegue ao Congresso ainda em março, não se
pode ter a presunção de que será uma espécie de Conselhão da Amazônia encarnado
em uma só personalidade, um político ou um técnico, embora um misto dos dois
fosse mais recomendável para a tarefa.
Também não pode ser aquele famoso grupo de
trabalho criado pela burocracia para adiar assuntos espinhosos até que a mídia esqueça
o assunto e um novo grupo venha na gestão seguinte. Não se sabe ao certo como
virá porque na campanha eleitoral o tema foi tocado só por alto. Nas mãos de
marqueteiros, cujos filtros selecionam o midiático e popularesco e descartam o
que é técnico ou não se sabe o que é, a expressão Autoridade Climática passou
quase em branco, embora inspire ânimo e enfeite discursos.
Em meio à bagunça institucional que levou às
maluquices de 8 de janeiro, haver autoridade competente é uma necessidade legítima
das pessoas desorientadas pela polarização. No mais, tudo que se refere ao
clima chama a atenção. Para o bem, que seja autoridade de fato e dê forma ao
projeto brasileiro de salvação do clima. Isso não é pedir demais – é apenas uma
aspiração razoável.
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Sobras
eleitorais
Alguns parlamentares eleitos no pleito de
2022 estão com a pulga atrás da orelha temendo perder seus mandatos. Ocorre que
o Supremo Tribunal Federal marcou para esta sexta-feira, dia 24 – se não
mudarem a data de novo - o início do julgamento das ações diretas de
inconstitucionalidades que tratam das sobras eleitorais. Ao todo são sete
deputados federais correndo risco de perder o cargo, entre eles o parlamentar rondoniense
Lebrão, celebrizado pelo caso das propinas e impune até hoje junto com sua filha
Gisleine, deputada estadual, pelo União Brasil. Os suplentes devem estar
atentos ao julgamento.
Um estadista!
Pode algum bolsonarista empedernido considerar
o petista Luís Inácio Lula da Silva, um estadista? Pode, os bolsonaristas de
araque são vira-casacas e a todo momento estão mudando seus conceitos de acordo
com seus interesses. É o caso do prefeito de Manaus David Almeida, interessado
em aumentar os recursos para sua cidade, revelando sua idolatria com o novo presidente
depois de ter usado o ex-presidente Jair Bolsonaro como seu apoiador nos
últimos anos. E assim caminha a humanidade e partidos bolsonaristas ingressando
na base de sustentação do governo petista no Palácio do Planalto.
Garimpo
ilegal
Garimpeiros expulsos da reserva Yanomani em
Roraima estão voltando a Rondônia e ao sul do Amazonas para garimpar ouro nas
águas barrentas e poluídas do Rio Madeira. Com a fiscalização ainda frouxa em
algumas localidades ribeirinhas, como é o caso de Cojubim Grande, no município
de Porto Velho, as dragas estão trabalhando em águas que deveriam ser
protegidas pelos organismos federais. Muitos alegam que se viram obrigados a
promover as irregularidades, pois não tem como se sustentar, já que a economia
não oferece emprego e renda suficiente para sustentar suas famílias.
A
revitalização
Embora o comercio lojista atravesse tempos difíceis,
com o recuo nas vendas e viciados arrombamento estabelecimentos, até agora a
prefeitura de Porto Velho não iniciou o plano de revitalização no centro
histórico reivindicado pelos comerciantes desde a primeira gestão do prefeito
Hildon Chaves. Tanto a Câmara de Diretores Lojistas, como a Fecomércio pedem
alterações no trânsito visando facilitar mais vagas de estacionamento, tanto
para Av. Sete Setembro como para a Av. Carlos Gomes, ambas vivenciando sofrida
decadência com os dois anos da pandemia da Covid.
Saneamento
básico
Além de uma baita evasão demográfica nos últimos
anos, Porto Velho segue com índices terceiro-mundistas em abastecimento de agua
e de coleta domiciliar e tratamento de esgoto. Tanto a prefeitura de Porto
Velho como o governo do estado não dispões de recursos para obras deste vulto e
tampouco podem contar com auxílio do governo federal para implantação do sistema
sanitário. Por conseguinte, a capital vai depender de parceria publica privada
e até se achar alguém interessado a coisa vai longe. Pensar que nos tempos de
Cassol e Sobrinho, por brigaradas políticas, perdemos recursos para o
abastecimento de água.
Via
Direta
*** Tem
gente com os cabelos arrepiados em Rondônia. Uma importante figura política,
inspirada no cacique Juruna e no ex-governador Ivo Cassol, estaria gravando
tudo. Grava e filma. *** Dizem que é para se preservar de
chantagistas empedernidos ***Cadê o início das obras da nova rodoviária da
capital? Promessa é dívida ***Na Assembleia
Legislativa é preciso o presidente Marcelo Cruz chamar as falas alguns assessores.
Não estão falando a mesma língua e estão envolvidos em disputas intestinas ***Trocando de saco para mala: quem reclama
da BR 364 em Rondônia não viu ainda a situação da rodovia na região de Feijó,
no Acre. Urge o Dnitt tomar as providências em Rondônia e no Acre.
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