Quarta-feira, 6 de abril de 2022 - 08h32
O
ator Leonardo Dicaprio (Titanic, Não Olhe Para Cima)
dedica sua fama a combater desastres ambientais e apoiar ações corretivas.
Seria um erro do governo brasileiro tê-lo como inimigo, como percebeu o general
Hamilton Mourão, presidente do Conselhão da Amazônia. Ao contrário de ofender e
criticar o astro de Hollywood, Mourão simplesmente o convidou a “conhecer como
as coisas funcionam” na região.
O
convite é duplamente sadio. Primeiro, passa o recado de que o país não tem nada
a esconder – e nem há como, tantos são os satélites que nos espionam lá de
cima, com softwares precisos. Note-se que o primeiro satélite paraguaio (Guaranisat-1),
é capaz de vigiar o barbeiro, inseto da doença de Chagas. No mais, não se deve
perder nenhuma oportunidade de convidar estrangeiros e visitar e investir na
Amazônia. Para criticar ou admirar, quem menciona a região deve ser convidado
de imediato.
É possível
que a gentil oferta de Mourão tenha inspirado o premiado ator da Califórnia a
elogiar o compromisso do Brasil de restaurar 10 milhões de hectares até 2030,
com o acompanhamento do Observatório de Restauração e Reflorestamento da
Coalizão Brasileira de Florestas, Clima e Agricultura e do Pacto pela
Restauração da Mata Atlântica. Não é ainda um milagre, mas pode ser o começo de
uma imagem melhor para o Brasil no exterior. Que a gentileza gere visitas.
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Fazendo as contas
Que o governador Marcos Rocha (União
Brasil-Porto Velho) trate de ganhar a eleição em primeiro turno em outubro já
que a oposição deve se unir na segunda etapa, aglutinando no mesmo palanque inimigos
declarados do coronel, como o senador Marcos Rogério (PL), deputado federal Chrisostomo
(PL), o candidato ao Senado Jayme Bagatolli, além de outros tantos que foram
desprestigiados pela atual administração. Imaginem então, seja quem for o candidato
polarizador no segundo turno- por enquanto é Leo Moraes - recebendo reforços de
graça. Afinal, num estado onde o efeito manada ocorre nos últimos dias de
campanha, tudo pode acontecer.
O canibalismo
O
sangrento canibalismo em Porto Velho ao Senado favorece os projetos de Expedito
Junior (PSD-Rolim de Moura) e Jayme Bagatolli (PL-Vilhena). O mais beneficiado,
na verdade é Expedito, já que Marcos Rogério, que tem o controle do PL está
rifando a candidatura de Bagatolli já ameaçado de ficar sem lenço e sem
documento nesta jornada, talvez empurrado para disputar uma cadeira a Câmara
dos Deputados. E vejam como Porto Velho está se afundando no divisionismo: são
possíveis candidatos Mariana Carvalho que deixou o PSDB e se filiou aos Progressistas,
Vinicius Miguel (PSB), Amir Lando (MDB), Ramon Cujui (PT) entre outros nomes
cogitados, quase uma dúzia.
A estratégia
Pré-candidato
ao governo, o senador Marcos Rogerio (PL) está com uma estratégia arriscada.
Primeiro porque ao rifar Bagatolli ao Senado vai colocar contra ele mais da
metade do bolsonarismo em Rondônia, o que é uma perda significativa. Ao não
permitir a filiação da deputada federal Mariana Carvalho, para disputar o Senado,
terá boa parte do eleitorado da capital voltada contra ele. Tudo para costurar
alinhamento com Expedito Junior que é muito mal avaliado em Porto Velho ao
ponto do atual prefeito Hildon Chaves tê-lo escondido do seu palanque na
recente eleição de 2020. PVH passa ser um grande calcanhar de Aquiles para
MRogério.
Asas aparadas
No
plano nacional, o ex-ministro Sérgio Moro (agora no União Brasil) teve as asas
aparadas pelos caciques políticos e está fora da disputa presidencial depois de
algumas lambanças recentes. Teoricamente os beneficiados pela desistência são o
presidente Jair Bolsonaro (PL) e o candidato Ciro Gomes (PDT), neste caso
aglutinando os antibolsonaristas. Restará a Moro se candidatar ao Senado em São
Paulo, tendo a concorrência do apresentador José Luiz Datena, que migrou para o
grupo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Moro não atendeu as expectativas
das pesquisas para assumir a terceira via.
Nos estados
Já,
nos estados, o bolsonarismo está reforçado com governadores de plantão disputando
a reeleição, casos de Rondônia, Acre e Amazonas na região Norte e quase uma
dúzia de ministros que deixaram os cargos para disputar os governos estaduais,
casos de Onix Lorenzoni (RS), Tarcísio de Freitas (SP). Também tem uma penca de
ex-ministros para reforçar as nominatas ao Senado, como é o caso da ex-ministra
da Agricultura Tereza Cristina, no MS. Mas nem tudo são flores para o bolsonarismo:
em alguns estados, principalmente no Nordeste candidatos dos partidos alinhados
ao mandatário estão relegando o presidente e marchando com o petista Lula. Já
se antevê uma grande vitória do petista em terras nordestinas.
Via Direta
*** Para ser justo, fazendo um reparo
sobre o jogo de estratégia do senador Marcos Rogério para o CPA: no caso da
deputada Mariana Carvalho, que queria tomar goela abaixo seu partido (PL), ele
não teria outra coisa a fazer a não ser rifar seu nome *** E se no controle do
PL permitisse sua candidatura ao Senado, teria uma égua de tróia na legenda, já que a
ex-tucana apoia o projeto de reeleição do seu adversário, o governador Marcos Rocha *** Trocando de saco para mala: ao final de
tudo, com novas adesões costuradas o PSD de Expedito Neto ficou com nominatas
competitivas para a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa *** Os partidos
seguem conversando para novas alianças visando a disputa do Palácio Rio Madeira
*** Teremos muitas novidades, até
reviravoltas até as convenções.
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