Guerra justa + Queda de braço + Duas derrotas + Punições na ALE

Guerra justa

O presidente John Kennedy não foi assassinado por causa disso, mas gostava de dizer que os chineses usam dois ideogramas para definir a palavra crise: perigo e oportunidade. Não foge a esse prisma também a guerra na Europa, causada por erros graves de cada ator envolvido, desde o expansionismo da Otan ao sonho de “Grande Mãe Rússia” do líder russo Vladimir Putin, passando por um governo provocador na Ucrânia.

O perigo está em piorar a já grave situação dos refugiados, aumentando um drama humanitário que se confunde com novas ameaças pandêmicas e a situação econômica, pondo diversas nações na corda bamba, inclusive o Brasil. A oportunidade está em criar algo melhor que o sistema neoliberal, capitalismo de exclusão que pôs na lona milhares de famílias até nos grandes centros da riqueza mundial. O drama dos sem-teto é hoje uma realidade que envergonha os EUA, perdendo rapidamente sua posição de país “xerife” do mundo por conta da emergência de uma temida nova ordem mundial, calcada no multilateralismo.

Para a Amazônia, um dos três assuntos mais tratados na atualidade, mesclada ao clima e ao lado da guerra e da Covid, o perigo é ser considerada o quinto cavaleiro do Apocalipse, incendiário e desmatador. A oportunidade amazônica estará em sair de todo esse horror como a salvação do mundo, combatendo em guerra justa os crimes ambientais e a prevaricação.

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Queda de braço

O PL já nasce com fraturas em Rondônia. Ocorre que o presidente estadual, senador Marcos Rogério (Ji-Paraná) quer impor a candidatura ao Senado do aliado Expedito Junior (PSD), enquanto os irmãos Bolsonaro já fecharam com a candidatura de Jayme Bagatolli (Vilhena). É bem possível que haja por aqui um racha na legenda do presidente Bolsonaro com este imbróglio, já que se Marcos Rogério não conseguir assegurar o nome de Expedito ficará desgastado na legenda em Rondônia. Se Jayme Bagatolli for preterido ele acabará procurando uma outra legenda para se abrigar.

Duas derrotas

Marcos Rogerio vem de duas articulações malsucedidas no meio bolsonarista. Anunciou a aliados que seria um ministro, não conseguindo este objetivo buscou a liderança do governo no Congresso sendo também refugado. Perder a queda de braço no partido para Bagatolli já seria demais depois de tanta fidelidade ao Palácio do Planalto. É improvável que perca está parada com Bagatolli, mas a única forma de acomodar esta situação nesta pendenga seria o presidente indica-lo para algum cargo federal, como o Ministério da Amazônia, por exemplo. Bagatoli seria o candidato ao Senado do PL e Expedito pelo PSD com apoio de MRogério.

Punições na ALE

É mais difícil punir deputado infrator na Assembleia Legislativa de Rondônia do que galinha criar dentes. Mesmo assim a casa de leis de Rondônia já cassou os mandatos de Edson Martins (MDB-Urupá), Aécio da TV (PP-Porto Velho) empossando seus suplentes numa luta árdua que se prolongou por um tempão. Recentemente a ALE inocentou o deputado Lebrão (MDB-São Francisco) da acusação do recebimento de propinas fazendo ouvidos moucos e vistas grossas as gravações do recebimento do mensalinho. Agora está em curso um processo de afastamento por dois meses do transloucado deputado Geraldo da Rondônia (PSC-Ariquemes).

Inverno desgastante

De volta das férias, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) deve ter constatado o quanto foi desgastante o inverno amazônico para sua administração e para os portovelhenses. As chuvas começaram antes do esperado se prolongam neste final de março ainda levantando todo o lençol freático. Em algumas regiões da cidade aumentaram as inundações nas residências exigindo bastante aterro para conter o avanço das águas durante os temporais. As ruas se transformam em rios na zona Leste. Algo impressionante. A malha viária asfaltada está toda deteriorada.

Perde e ganha

Só em meados de abril será possível um balanço das perdas e ganhos dos partidos com o troca-troca de legendas permitido pela legislação eleitoral na chamada janela partidária. Também as desincompatibilizações nas esferas municipais e estaduais daqueles que pretendem disputar cargos eletivos na eleição de outubro estarão definidas. Sabe-se que o governo do coronel Marcos Rocha vai reforçar suas nominatas a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados com funcionários do alto escalão e secretários regionais. São nominatas competitivas.

Via Direta

*** Por iniciativa do deputado estadual Adelino Folador (União Brasil-Ariquemes) a Assembleia Legislativa de Rondônia vai investigar o cartel formado pelos laticínios e frigoríficos do estado *** Num momento difícil, os pecuaristas que reclamam dos elevados custos de produção gerados pela inflação decorrente da guerra da Rússia com a Ucrânia *** Se depender de Porto Velho, a terceira via na eleição presidencial é do candidato Ciro Gomes (PDT). A colônia nordestina, principalmente de cearenses, é expressiva na capital rondoniense e influencia nesta escolha *** Por falar em PDT, o partido se esmera na escolha de candidatos a Câmara dos Deputados selecionando nomes em todas as regiões do estado *** E quem foi conferir os preços dos ovos de Páscoa (e também das cartelas de ovos de galinha!) nos supermercados quase caiu de susto!