Segunda-feira, 9 de outubro de 2023 - 08h15
Os
ambientalistas estão corretos ao afirmar que há contradições entre o discurso
do presidente Lula da Silva e a prática do governo. O discurso, cuja peça mais
bem elaborada foi a declaração de abertura da Assembleia Geral das ONU, apresenta
vontades e intenções. É a roupa mais vistosa que se põe na vitrine principal.
Se convencer, será comprada pelo público. No mais, só o tempo vai atestar se as
promessas se cumpriram.
Sendo
a roupa mais vistosa, não é difícil apresentar contradições com outras, de corte
imperfeito ou cores pálidas. O que os ambientalistas nem sempre consideram é
que não existe um governo Lula 3, colcha de retalhos em que os escassos cortes
mais vistosos dos compromissos sociais têm seu peso no conjunto diluído pelas circunstâncias
em que se deu a eleição presidencial.
Para
vencer a máquina de gastos públicos a serviço da reeleição do presidente Jair
Bolsonaro a aliança pró-Lula abarcou dezenas de partidos e correntes políticas,
desde agremiações descaradamente de direita até grupos de extrema-esquerda. É
impossível contentar a todos. De qualquer forma, a prova dos noves estará na
condução das políticas de sustentabilidade.
As
chaves de sucesso do governo Lula 3, contradições à parte, estarão em sua
capacidade (ou não) de entregar a base infraestrutural da bioeconomia. Cabe ao
tempo atestar se ela será entregue ou vai se perder no caminho.
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Sinais emitidos
Pelos
sinais emitidos pelo governador Marcos Rocha (União Brasil), seu ungido para disputar
a prefeitura de Porto Velho no pleito do ano que vem será o deputado federal Fernando
Máximo (União Brasil). Neste caso seria rifada da disputa pelo mesmo partido a
deputada federal Cristiane Lopes que se quiser disputar o cargo terá que pular
para uma outra legenda e preferivelmente que ela tenha controle para não ser
apunhalada nas convenções partidárias. Da base de Rocha também estariam descartados
do apoio de Rocha o deputado Marcelo Cruz (Patriota), Leo Moraes (Podemos) e
Mariana Carvalho (Progressistas).
Apoio de Hildão
Já,
do lado do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, outra importante liderança
rondoniense, todos os indicativos apontam para ele confirmar seu apoio a chapa
Mariana Carvalho (Republicanos) tendo o supersecretário Fabricio Jurado (PSDB)
para vice. Com estas composições em andamento, já é considerada certa a ruptura
política entre o governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves para as
eleições do ano que vem. Rocha interessado em disputar o Senado em 2026, Hildon
Chaves em pleitear o governo estadual já caminhando em campos opostos.
Diretórios renovados
Com
uma convenção nacional realizada na semana passada, o MDB começou a eleger seus
diretórios visando as eleições municipais de 2024. Na presidência nacional foi
reeleito o deputado federal Baleia Rossi (pupilo do ex-presidente Michel Temer)
e o senador Confúcio Moura caindo para a segunda-vice-presidência nacional do
partido. A partir de agora o MDB trata das convenções estaduais e municipais, sabendo-se
que a homologação das candidaturas a prefeito com possíveis alianças será ratificada
apenas no meio do ano de 2024. Em Rondônia o MDB perdeu vários prefeitos para o
União Brasil.
Ponte binacional
Depois
de acordo rompido pelos bolivianos e um desgaste natural causado pelo cancelamento
do edital para a construção da ponte binacional sobre o Rio Mamoré em Guajará
Mirim, as informações oficiais dão conta que um novo edital será lançado em
novembro, depois de costuras firmadas entre os dois países pelos ministérios
das Relações Exteriores. O vexame do cancelamento e o retardamento da obra
seria evitado se a equipe do Dnitt tivesse ouvido as equipes técnicas bolivianas
antes de divulgar o edital em setembro. Agora, com todo mundo pulando cirandinha,
a ponte binacional poderá contar com seu curso normal.
As previsões
Se tudo
transcorrer dentro da normalidade, antes de 2030 teremos a ponte binacional
funcionando em Guajará Mirim. No entanto, como os bolivianos brigam pelo menos
uma vez por ano fechando as suas fronteiras, sabe-se quando as obras serão iniciadas,
mas jamais quando serão concluídas. Na certa, em cada peleja entre os índios
bolivianos e seus descendentes com os caras-pálidas plantadores de soja em
Santa Cruz de La Sierra, as obras da ponte binacional poderão ser paralisadas.
Os bolivianos são mais divididos que os portovelhenses onde até a a escolha da localização
de WC púbico dá confusão.
Via Direta
***Quem passar pela região do Belmont,
em Porto Velho vai registrar as imagens históricas da maior estiagem de todos
os tempos já vista no Rio Madeira *** Os imensos bancos de areia e montanhas de
pedrais a vista proporcionam imagens jamais vistas *** Pensar que Manaus vivencia uma situação semelhante a de Porto Velho
com escassez de agua nos seus rios e lagos, com o agravante da metrópole amazônica
padecer com grossas camadas de fumaça nas últimas semanas *** A Amazonia está
sangrando com a estiagem, em chamas com as queimadas e padecendo com um dos
maiores índices de criminalidade de todos os tempos ***Acre, Rondônia e Amazonas, padecendo todos na mesma toada nos quesitos
estiagem, desmatamento e queimadas.
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Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
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