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Carlos Sperança

Há contradições entre o discurso do presidente Lula da Silva e a prática do governo


Há contradições entre o discurso do presidente Lula da Silva e a prática do governo - Gente de Opinião

Prova dos noves

Os ambientalistas estão corretos ao afirmar que há contradições entre o discurso do presidente Lula da Silva e a prática do governo. O discurso, cuja peça mais bem elaborada foi a declaração de abertura da Assembleia Geral das ONU, apresenta vontades e intenções. É a roupa mais vistosa que se põe na vitrine principal. Se convencer, será comprada pelo público. No mais, só o tempo vai atestar se as promessas se cumpriram.

Sendo a roupa mais vistosa, não é difícil apresentar contradições com outras, de corte imperfeito ou cores pálidas. O que os ambientalistas nem sempre consideram é que não existe um governo Lula 3, colcha de retalhos em que os escassos cortes mais vistosos dos compromissos sociais têm seu peso no conjunto diluído pelas circunstâncias em que se deu a eleição presidencial.

Para vencer a máquina de gastos públicos a serviço da reeleição do presidente Jair Bolsonaro a aliança pró-Lula abarcou dezenas de partidos e correntes políticas, desde agremiações descaradamente de direita até grupos de extrema-esquerda. É impossível contentar a todos. De qualquer forma, a prova dos noves estará na condução das políticas de sustentabilidade.

As chaves de sucesso do governo Lula 3, contradições à parte, estarão em sua capacidade (ou não) de entregar a base infraestrutural da bioeconomia. Cabe ao tempo atestar se ela será entregue ou vai se perder no caminho.

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Sinais emitidos

Pelos sinais emitidos pelo governador Marcos Rocha (União Brasil), seu ungido para disputar a prefeitura de Porto Velho no pleito do ano que vem será o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil). Neste caso seria rifada da disputa pelo mesmo partido a deputada federal Cristiane Lopes que se quiser disputar o cargo terá que pular para uma outra legenda e preferivelmente que ela tenha controle para não ser apunhalada nas convenções partidárias. Da base de Rocha também estariam descartados do apoio de Rocha o deputado Marcelo Cruz (Patriota), Leo Moraes (Podemos) e Mariana Carvalho (Progressistas).

Apoio de Hildão

Já, do lado do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, outra importante liderança rondoniense, todos os indicativos apontam para ele confirmar seu apoio a chapa Mariana Carvalho (Republicanos) tendo o supersecretário Fabricio Jurado (PSDB) para vice. Com estas composições em andamento, já é considerada certa a ruptura política entre o governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves para as eleições do ano que vem. Rocha interessado em disputar o Senado em 2026, Hildon Chaves em pleitear o governo estadual já caminhando em campos opostos.

Diretórios renovados

Com uma convenção nacional realizada na semana passada, o MDB começou a eleger seus diretórios visando as eleições municipais de 2024. Na presidência nacional foi reeleito o deputado federal Baleia Rossi (pupilo do ex-presidente Michel Temer) e o senador Confúcio Moura caindo para a segunda-vice-presidência nacional do partido. A partir de agora o MDB trata das convenções estaduais e municipais, sabendo-se que a homologação das candidaturas a prefeito com possíveis alianças será ratificada apenas no meio do ano de 2024. Em Rondônia o MDB perdeu vários prefeitos para o União Brasil.

Ponte binacional

Depois de acordo rompido pelos bolivianos e um desgaste natural causado pelo cancelamento do edital para a construção da ponte binacional sobre o Rio Mamoré em Guajará Mirim, as informações oficiais dão conta que um novo edital será lançado em novembro, depois de costuras firmadas entre os dois países pelos ministérios das Relações Exteriores. O vexame do cancelamento e o retardamento da obra seria evitado se a equipe do Dnitt tivesse ouvido as equipes técnicas bolivianas antes de divulgar o edital em setembro. Agora, com todo mundo pulando cirandinha, a ponte binacional poderá contar com seu curso normal.

As previsões

Se tudo transcorrer dentro da normalidade, antes de 2030 teremos a ponte binacional funcionando em Guajará Mirim. No entanto, como os bolivianos brigam pelo menos uma vez por ano fechando as suas fronteiras, sabe-se quando as obras serão iniciadas, mas jamais quando serão concluídas. Na certa, em cada peleja entre os índios bolivianos e seus descendentes com os caras-pálidas plantadores de soja em Santa Cruz de La Sierra, as obras da ponte binacional poderão ser paralisadas. Os bolivianos são mais divididos que os portovelhenses onde até a a escolha da localização de WC púbico dá confusão.

 

Via Direta

***Quem passar pela região do Belmont, em Porto Velho vai registrar as imagens históricas da maior estiagem de todos os tempos já vista no Rio Madeira  *** Os  imensos bancos de areia e montanhas de pedrais a vista proporcionam imagens jamais vistas *** Pensar que Manaus vivencia uma situação semelhante a de Porto Velho com escassez de agua nos seus rios e lagos, com o agravante da metrópole amazônica padecer com grossas camadas de fumaça nas últimas semanas *** A Amazonia está sangrando com a estiagem, em chamas com as queimadas e padecendo com um dos maiores índices de criminalidade de todos os tempos ***Acre, Rondônia e Amazonas,  padecendo todos na mesma toada nos quesitos estiagem, desmatamento e queimadas.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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