Quarta-feira, 21 de setembro de 2022 - 10h29
Nesta época de fake news e teorias
da conspiração, sempre que se aproxima o dia 24 de setembro de cada ano, malucos
de vários tipos infestam as redes sociais com novas profecias sobre um suposto vez
“fim do mundo”, apoiados por milhões de crédulos e medrosos que as repassam
para semear pânico.
Quando os boatos começaram, em
2010, o mundo chegaria ao fim naquele 24/9. O castigo por destruir a Amazônia e
arruinar a economia mundial com a crise na Zona do Euro viria pela colisão de
um asteroide com a Terra em Porto Rico, detonando uma série de terremotos e
tsunamis que deixariam como rastro a destruição do Leste dos EUA, o México e as
Américas Central e do Sul. A Zona do Euro estaria poupada...
Em 2011, a data foi assinalada por
um antiApocalipse: o Moving Planet, um dia sem combustíveis fósseis. Foi bonito
e exemplar, mas o tsunami de consciência ambiental que previa também não aconteceu
naquela ocasião. Para o bem ou para o mal, os profetas estão em baixa, mas não
desistem de fazer suas assustadoras previsões. Para o 24/9 deste ano, o temor
(ou expectativa) da vez é que o debate entre os presidenciáveis possa decidir
de uma vez as preferências dos eleitores ainda indecisos para as eleições de
outubro, sepultando as chances daqueles que não demonstrarem coerência nas
ideias e propostas. Provavelmente nada mais “apocalíptico” que isso vai
acontecer.
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Festa do bolsonarismo
Se no plano nacional existe a
possibilidade até de uma vitória em primeiro turno do ex-presidente Luís Inácio
Lula da Silva (PT), em Rondônia temos uma verdadeira festa do bolsonarismo. Os
candidatos mais votados em todos os níveis, conforme as pesquisas vigentes, vem
deste segmento. Impressiona como viceja o bolsonarismo na disputa ao governo
estadual. Os três principais colocados rezam a cartilha do mito, pela ordem,
Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho), Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e Leo
Moraes (Podemos-Porto Velho). Nada indica a presença do candidato da esquerda
no segundo turno.
Barba, cabelo ....
Se não pintar algum efeito manada
em direção dos candidatos da Frente Democrática o bolsonarismo faz barba,
cabelo e bigode no estado no pleito 2022. A única diferença é que o bolsonarismo
raiz de extrema direita não tem colado na capital nesta temporada, e na
verdade, isto vem desde Eyder Brasil que ficou na rabeira na disputa da prefeitura
de Porto Velho em 2020 e Jaime Bagatolli atualmente com seu discurso extremista
encontra uma rejeição braba. Bolsonarismo mais suave cola e tem sido o tom do
governador Marcos Rocha. Nem tanto de Marcos Rogério.
Fora do normal
Mas tem coisas fora do eixo, contexto
usual neste pleito. O normal seria galgar ao segundo turno em Rondônia, como
tem sido em eleições passadas, candidatos de segmentos opostos, no caso em 2022,
seria um candidato bolsonarista (neste momento Marcos Rocha) e um candidato do
segmento de Lula, representando esquerda e centro esquerda. Não se pode,
portanto, descartar uma guinada de Daniel Pereira nestas duas semanas, já que
Lula tem 26 por cento de intenções de votos em Rondônia e sua vitória em primeiro
turno ou até mesmo indo para um segundo ajuda seu candidato local. Nesta altura
do campeonato poucos acreditam nesta possibilidade, mas ela existe e tratando-se
de Rondônia nada pode ser descartado.
Dois turnos
Outra caraterística marcante nas
eleições rondonienses é que os institutos tradicionalmente vendem as pesquisas iniciais
para quem está no poder, mas na última pesquisa, para não passar vergonha e perder
mais ainda a credibilidade, capricham
para um resultado mais próximo da realidade. Por isto, olho na última sondagem
das empresas do ramo, elas estarão mais próximas da realidade e com certeza
apontando um pleito em dois turnos. Lembrando que o líder na corrida Marcos Rocha
não é nenhum Ivo Cassol ou Confúcio Moura para se reeleger em primeiro turno e
no segundo ele deve sofrer com a união das oposições bombardeando suas
paliçadas no Palácio Rio Madeira.
Campo
de batalha
Porto Velho se transformou nos últimos
dias num verdadeiro campo de batalha entre os candidatos a governadores e ao
Senado. O senador Marcos Rogério, com Bagatolli instalou seu quartel general na
capital para reduzir a diferença, por enquanto ainda favorável ao governador
Marcos Rocha. Leo Moraes está bem situado nos distritos e percorre a BR 364,
escoltado por seu candidato ao Senado Expedito Junior. A Frente Democrática com
Daniel Pereira ao governo e Acir Gurgacz ao Senado triplicou as caminhadas
pelas principais avenidas apostando numa campanha olho no olho, de grande
visibilidade, como é a tradição portovelhense nestes eventos.
Via Direta
*** Com a contagem regressiva já correndo para o pleito de 2 de outubro
já é possível prever muitas surpresas nas eleições a Assembleia Legislativa e
Câmara dos Deputados *** Quanto a
disputa pelo governo do estado já está mais do que configurada a tendência de
eleições em dois turnos com os dois Marcos se enfrentando cara a cara, fuça a
fuça *** Por falar do atual governador ele tem fugido dos debates:
fugiu do confronto na Bandeirantes e no SBT *** Foi aconselhado pelos
assessores a pular fora dos eventos em vista da sua atuação desastrosa no primeiro
debate realizado pela Rede TV para todo estado *** Os números comprovam: o candidato
Leo Moraes até então considerado o favorito pra vencer a eleição na capital,
despencou com a aliança firmada com Expedito.
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