Terça-feira, 22 de março de 2022 - 08h06
A
insanidade das guerras desperta instintos reprimidos, como fetiches e o desejo
de combater seja lá o que (ou quem) for. Há pouco, um homem vestido com roupas
militares assaltou turistas que visitavam o Museu da Amazônia, em Manaus.
Capturá-lo é urgente, mais que pelo crime em si, pelo abuso e desfaçatez de
simular ser militar, disseminando más notícias sobre o Brasil.
Voluntários brasileiros que seguiram à Europa
na intenção de combater em favor da Ucrânia, ansiosos por notoriedade, postaram
nas redes sociais selfies que permitiam facilmente detectar sua localização.
Com isso, foram ingenuamente usados pela atenta espionagem russa para
identificar áreas de concentração de mercenários. Aos primeiros disparos
russos, os “bravos” voluntários partiram logo para se proteger na Polônia.
Não
se requer muitos argumentos para demonstrar que não perceber o óbvio é uma
falha de raciocínio que pode causar vergonha ou prejuízo. Quem percebeu o óbvio
foi a pesquisadora Ane Alencar, que depois de 26 anos estudando as queimadas e
suas consequências obteve reconhecimento pela dedicação. Seu conceito de
“cicatrizes de fogo” lhe valeu ser agraciada pelo prêmio da Fundação Radiant Earth, que chama a atenção
para o conjunto do que ela estudou. Parecia um assunto óbvio, mas há muito mais
além dele. Uma ação forte como incendiar pode matar ou deixar cicatrizes, como
são as guerras em geral.
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A
criminalidade
Perante lojistas da Av. Sete de Setembro e do centro
histórico de Porto Velho, as autoridades policias prometeram no final de semana
uma atitude para coibir a escalada de arrombamentos, assaltos e roubos nos principais
centros comerciais da capital cuja criminalidade está infernizando toda
população. O pano de fundo para tantas estatísticas criminais –e aí também
estão mortes por execuções na periferia por facções - está relacionado ao tráfico
de drogas. Por conta dos entorpecentes e os seus reflexos os presídios
rondonienses estão lotados
Forças
antagônicas
Tenho alertado que forças antagônicas nas mesmas
alianças se anulam e geralmente comprometem as eleições de candidatos majoritários,
seja ao governo estadual ou as prefeituras. Temos alguns exemplos para serem
lembrados, vou citar um deles, a nível estadual, na formação da aliança Rondônia
com Fé, que no papel era favoritíssima em 1994 (Chiquilito x Raupp) e que ruiu
pesadamente. Vou lembrar também um exemplo na esfera municipal, em Porto Velho:
a união entre Carlinhos Camurça e Mauro Nazif, que desmoronou perante o petista
Roberto Sobrinho.
É
recorrente
Mas na história política rondoniense a mistura de grupos
antagônicos é recorrente. Na campanha atual, o governador Marcos Rocha está colocando
no mesmo palanque o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e a ex-vereadora Cristiane
Lopes (União Brasil), que protagonizaram acirrada polarização no pleito da capital
em 2020. São duas correntes dispares cujos eleitores tiveram até reações
belicosas perante este acordo. Também temos ameaça de uma união juntando forças
antagônicas na campanha de Leo Moraes botando no mesmo balaio os
ex-governadores Ivo Cassol (PP) e Confúcio Moura na peleja contra o governador
Marcos Rocha neste ano. Outra ameaça de coquetel explosivo em 2022.
Mais
exemplos
Vamos a mais um exemplo de políticos que não
respeitaram as rivalidades tribais em Porto Velho. A grande maioria dos
eleitores que votaram em Vinicius Miguel a prefeito da capital em 2020 eram formados
de eleitores anti-Hildon Chaves, alguns até empedernidos. O que aconteceu: Sem
consultar suas bases a jovem liderança resolveu se aliar ao atual alcaide,
assumindo uma secretaria municipal. Embora um dos raros políticos honestos e
bem-intencionados em Rondônia, ao contrariar sua base, Vinicius reduziu suas
chances de prosperar politicamente em embates futuros. A conferir no pleito
2022.
Foi
precipitado
Constatamos que o prefeito de Porto Velho Hildon
Chaves (PSDB) foi precipitado em desistir pela peleja do CPA Rio Madeira no
momento em que vivencia o melhor momento de sua carreira política em Rondônia.
Sem a presença dos favoritos Ivo Cassol (PP) e Confúcio Moura (MDB), teria
todas as condições de polarizar o pleito, já que Leo Moraes nem entraria na
parada depois de duas lambadas do tucano - a própria eleição a prefeito e a reeleição
- onde Leo apoiou Cristiane Lopes e naufragou junto. É recorrente na história
que aqueles que não aproveitam o cavalo encilhado, perdem a oportunidade de
ouro que geralmente não volta mais.
Via
Direta
*** Com as últimas mudanças do troca-troca partidário
o PL do presidente Bolsonaro já tem a maior bancada de deputados federais no
Congresso Nacional, seguido do União Brasil e depois o PT de Lula *** O
candidato ao Senado do Solidariedade em Rondônia, o ex-governador Daniel Pereira espera o apoio
do PSB de Mauro Nazif *** Fora da disputa sucessória estadual em Rondônia o
ex-governador Ivo Cassol (PP) prepara o lançamento de Leo Moraes (Podemos) para
polarizar com o governador Marcos Rocha *** Unindo o eleitorado evangélico,
o senador Marcos Rogério (PL) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa
Maurão de Carvalho, agora nos quadros do PTB, organizam uma aliança para o
pleito de 2022 *** O entrave neste
acordo é a indicação do candidato ao Senado, já que Marcos Rogério quer
Expedito e os irmãos Bolsonaro Jayme Bagatolli.
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