Segunda-feira, 16 de outubro de 2023 - 08h20
O
famigerado complexo de vira-lata – mania que brasileiros desnaturados têm de
menosprezar nosso país, sua gente e seus valores – tende a cair na lata de lixo
quando se compreende que o Brasil é uma potência ambiental, grandeza assegurada
pela Amazônia. A partir desse conceito, o empresário David Feffer, da Suzano,
afirma que a nossa floresta é o foco do mundo.
Mas
o foco maior é a guerra. Ela deveria estar abolida deste planeta desde as
bombas atômicas de 1945, mas após quase 600 dias de combates na Ucrânia se abre
uma nova escalada de matança no Oriente Médio. Será cruel demais se for
comprovado que as armas usadas para atacar Israel chegaram ao Hamas via Kiev.
Ou seja: seriam armas fornecidas pelos EUA e Europa.
Quando
se compreende que só com a guerra na Ucrânia a Rússia torra por dia R$ 4,84
bilhões e segundo a OCDE o conflito vai custar ao redor de US$ 3 trilhões à
economia global seria interessante perguntar aos povos que pagam esses custos se
não preferiam investir na Amazônia, em proteção ambiental, assentamento de
refugiados e financiamento de suas atividades.
Só
conter o desmatamento custaria cerca de módicos US$ 100 bilhões, valor igual
aos prejuízos materiais sofridos pela Ucrânia com os caríssimos bombardeiros
russos. É preciso dizer ao mundo que é melhor investir aqui que em guerras,
transformando a floresta preservada em riqueza e paz.
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Da conveniência
Não
é da conveniência do governador Marcos Rocha e tampouco do prefeito Hildon
Chaves –ambos do União Brasil – falar em rompimento político – que vai criando
perna a cada dia –em vista de parcerias firmadas para pavimentação em alguns
bairros de Porto Velho, compromissos assumidos pelo mandatário Rocha durante a
campanha 2022. No entanto, os interesses de ambos são dispares já para as eleições
municipais quando eles não terão mais condições de negar a ruptura. Mesmo
porque terão candidatos à prefeitura diferentes e com isto estarão em palanques
opostos.
Portas fechadas
Não
bastasse, o prefeito Hildon Chaves terá as portas fechadas para disputar o
governo do estado em 2026 pelo União Brasil. Existe um movimento para que a
base governista apoie o vice-governador Sergio Gonçalves que assumiria o cargo
de govenador um ano antes para Marcos Rocha se desincompatibilizar e disputar
uma cadeira ao Senado. Com tantas lideranças e asas crescidas, o União Brasil ficou
pequeno para contornar as fogueiras de vaidades e rivalidades tribais. Lembrando
que o próprio bolsonarismo está rachado em Rondônia entre o União Brasil do governador
Marcos Rocha e do Partido Liberal do senador Jaime Bagatoli.
A voz da oposição
O
senador Jaime Bagatoli (PL-RO) vai se firmando como a voz da oposição ao
governo Marcos Rocha (União Brasil). No episódio da aprovação pela Assembleia Legislativa
do aumento da cobrança do ICMS em Rondônia ele convocou a população a reagir a
medida e cobrou pressões em cima dos deputados estaduais que aprovaram o projeto
para voltarem atrás. A medida adotada é muito impopular e até deputados que
aprovaram o projeto estão negando antes que o galo cante que aprovaram. Alguns
parlamentares nem leram o projeto. Aprovado a noite, foi sancionado no dia
seguinte.
Manaus comemora
Com
desafios muitos semelhantes aos de Porto Velho, mas numa magnitude muito mais
ampla, Manaus comemora seus 354 anos de criação no próximo dia 24 de outubro.
Abastecimento de água, coleta de esgoto, queimadas com densas camadas de fumaça
na região metropolitana, criminalidade em alta e mobilidade urbana são alguns
problemas, como conflitos por invasões de áreas ocupadas, para serem resolvidos
ao lado do quadro de saúde, também caótico. O governador Wilson Lima anuncia inaugurações
de obras conjuntas com a prefeitura de Manaus nas festividades.
Causas rondonienses
A
bancada federal tem que ficar atenta ao cumprimento de alguns compromissos da
União nos últimos anos. Vejam: 1-Dragagem no Rio Madeira 2-Nova licitação para
a ponte binacional de Guajará Mirim 3- Obras da Usina Hidrelétrica de Tabajara
em Machadinho do Oeste 4-Água e esgoto para Porto Velho 5 –Resolver as
pendencias para a inauguração das reformas do complexo turístico da Estrada de
Ferro Madeira Mamoré, das barreiras de proteção no Rio Madeira, na Zona Urbana
da capital, elevação dos leitos das ruas e avenidas atingidas pela cheia em
2014.
Via Direta
*** Foram mais de 140 dragas destruídas
nos garimpos ilegais de Porto Velho e região pela Policia Federal e Ibama. E
tem outras operando de forma renitente na mira das autoridades. O chororô é
enorme entre os proprietários *** Com as dragas andam juntos o tráfico de drogas
e a prostituição *** Finalmente a Câmara
dos Deputados aprovou um projeto sobre a prevenção de desastres naturais. O
Brasil tem sofrido muito nas últimas décadas com enchentes, desmoronamentos e
grandes queimadas *** Que os recursos não fiquem apenas nas promessas como
tem acontecido em seguidos governos. Porto Velho, por exemplo, desde a cheia de
2014 ainda está na espera de recursos para a reconstrução dos distritos de
Calama e São Carlos.
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Fazendo contasO desmatamento é um processo cheio de facetas. A natureza faz a sua parte, com a morte de árvores por variadas causas. Desmatar trech
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Abrangente é melhorSe nas demais regiões as estradas são as veias por onde corre o sangue da economia, na Amazônia são os rios que cumprem esse pap