Quinta-feira, 3 de novembro de 2022 - 08h16
Países
com regimes autoritários que reprimem e censuram dão vitórias eleitorais fáceis
a “donos” que controlam as instituições pela força. Não há divisão eleitoral
com o povo esmagado pelas elites e sem canais livres para expressar apoio ou
rejeição. Em nações democráticas sempre há equilíbrio entre forças políticas. Em
outubro, assim, as instituições e o eleitorado disseram ao mundo em letras
garrafais: o Brasil é uma democracia. Aliás, o governo federal se chama União e
não “briga de rua”.
O futuro
governo, que o eleitorado entrega ao ex-presidente Lula, não será como qualquer
mandato anterior. O próprio presidente Jair Bolsonaro começou governando por
bancadas temáticas e acabou submisso ao Centrão. Lula não terá como contrariar
as leis do mercado nem evitar as reformas necessárias.
O
nó está na divisão do país em dois blocos, repetindo um passado vivido em duas
ocasiões anteriores: em 1573, com o Governo do Norte e o do Sul, e 200 anos
antes da Independência, dividido entre o Estado do Maranhão e o Estado do
Brasil. Nas duas o povo sofreu e continuará sofrendo agora se a inteligência
não vencer a desunião. O papel de unir cabe às duas casas do Congresso. Parlamentar,
debater e aprovar as reformas necessárias para aprimorar o Estado e melhorar a
vida do povo são tarefas urgentes nesta época em que o mundo está um caos e o
Brasil só poderá se ajustar se houver união interna.
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Ratos traidores!
Num
momento desfavorável, com os ventos soprando para a oposição naquele estagio da
campanha houve uma debandada nas fileiras do governador Marcos Rocha, que depois
seria revertida com adesões importantes como as de Leo Moraes na capital e Clã
Cassol na Zona da Mata e região do Café. Aqueles que traíram a causa governista
foram classificados de “ratos traidores” pelo articulador da jornada chapa branca,
Junior Gonçalves, presidente estadual do União Brasil. Mas aos poucos, depois
da vitória de Rocha, meio sem jeito, os ratos e traidores querendo voltar,
inclusive o rato branquelo do Cone Sul. Serão perdoados?
Com abundancia
Com
a grande vitória no pleito de domingo, a base de sustentação e os novos aliados
do govenador Marcos Rocha (União Brasil) está repleta de opções para disputar a
prefeitura de Porto Velho daqui a dois anos. Vejam só algumas das alternativas:
Mariana Carvalho (Progressistas), Leo Moraes (Podemos), Fernando Máximo (União
Brasil). É uma fartura de opções. Também bem na foto com base aliada na Assembleia
Legislativa, com mais de dois terços dos deputados eleitos. E na bancada da Câmara
dos Deputados, seis dos oito parlamentares são seus devotos. Mas nem tudo serão
flores para o mandatário rondoniense.
Senadores hostis
No
entanto, no Senado teremos um clima hostil para o governador Marcos Rocha.
Tanto Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), como Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e
Jayme Bagatolli (PL-Vilhena) dificilmente serão seus coleguinhas. Confúcio está
rompido com Rocha, Marcos Rogerio ressentido pela derrota e Bagatolli que financiou
a primeira campanha de Rocha foi abandonado e tratado a pão e água. Por
conseguinte, Rocha não poderá contar com tantos recursos de emendas, elas serão
preferencialmente destinadas diretamente aos municípios.
Bom relacionamento
Os
governadores eleitos pelo bolsonarismo sinalizam para um bom relacionamento com
o futuro presidente Luís Inácio Lula da Silva. São os casos de Wilson Lima
(Amazonas), Tarciso de Freitas (São Paulo). Na verdade, não se vê nenhum com
disposição de se confrontar com a União, porque dependem muito de recursos federais
para atender suas demandas sociais de saúde, educação, segurança pública e
infraestrutura. Independente de bom relacionamento com Lula, os governadores podem
contar com uma maioria de deputados federais e senadores bolsonaristas no
Congresso Nacional.
Plano falhou
Com
um plano em curso para golpe de estado, o presidente Bolsonaro demorou para
aceitar a derrota a Lula e durante dias esperou que o bloqueio das rodovias e
as manifestações defronte aos quarteis resultasse em grande apoio das ruas o
que acabou não acontecendo. Um plano arquitetado dias antes da eleição e
executado à risca, mas que falhou como tantos outros desde o início da sua
gestão para se perpetuar no poder. O desbloqueio demorou e foi desgastante e
mesmo com o Centrão já acenando apoio a Lula o bolsonarismo segue forte e nomes
como os de Tarciso de Freitas e Sérgio Moro ganhando espaço no segmento a direita
nos próximos anos, caso Bolsonaro fique inelegível.
Via Direta
*** Como se esperava, o prefeito de Porto Velho
Hildon Chaves, um dos principais responsáveis pela vitória do governador
Marcos Rocha a reeleição, se mudou de mala e cuia para o União Brasil **** Possivelmente será
o candidato ao governo na sucessão de Marcos Rocha tendo Mariana Carvalho na
chapa ao Senado *** O alcaide deixará o
PSDB falido, por culpa de gestões anteriores e quem pegar o comando tucano vai
sofrer muito para colocar ordem na casa *** Acredita-se que o ex-prefeito de
Porto Velho José Guedes poderá aceitar o desafio de assumir o tucanato e terá
que fazer muita vaquinha entre os tucanos mais fiéis e empedernidos em Rondônia
*** Espera-se que até o Natal o Complexo
da Estrada de Ferro volte a funcionar atraindo turistas para a região central
da capital rondoniense.
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