Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024 - 08h40
Com
as frequentes notícias de bombas caindo e tiros disparados sufocando os gestos
humanitários, as razões para contentamento se reduzem. O líder russo Vladimir
Putin desafiou seu colega americano, Joe Biden, para um duelo de mísseis na Ucrânia,
como se estivessem em pleno faroeste, no papel de pistoleiros que se enfrentam
ao pôr-do-sol.
Melhor
fariam se usassem os bilhões de dólares investidos em tecnologia assassina para
entregar alimentos, remédios e abrigo aos que sofrem nas áreas de conflito, mas
causar dor e desconforto continua a prioridade dos líderes políticos que
preferem ser temidos como guerreiros a ser amados como benfeitores.
Raro
momento em que a satisfação vence a tristeza vem do filme curta metragem “Amazônia,
nosso Bem Viver” (https://x.gd/GBRV8),
lançado pelo programa Amazônia Bem Viver: Comunidades Resilientes, desenvolvido
em parceria com a Cáritas Alemanha e financiamento do Ministério Federal de
Cooperação e Desenvolvimento Econômico do governo alemão.
O
sentimento que brota dos depoimentos, celebrando conquistas das comunidades
ribeirinhas, é o da vocação para a solidariedade e invencível disposição para
reivindicar e obter conquistas. O foco do filme é o Acordo de Pesca obtido pela
ampla mobilização dos ribeirinhos. Sem bombas, sem tiros, apenas com diálogo e
boa vontade.
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O enfrentamento
As
forças de segurança de Rondônia, se uniram as autoridades do Ministério Público
de Rondônia, seguindo com novas operações para desentocar o PCC das suas tocas,
montadas nos grandes complexos habitacionais de Porto Velho. Na quinta-feira
foi a vez de atacar de rijo, uma das facções mais bem montadas em Rondônia
instalada no conjunto Morar Melhor, onde os traficantes operavam um escritório
do crime que foi desmantelado. Lá, como nos morros do Rio de Janeiro, nas baixadas
fluminense e santista, nos morros de Salvador e de Belo Horizonte, estava tudo
dominado pelo crime. Dezenas de moradores chegaram a ser expulsos para os
criminosos venderem seus apartamentos. Os imóveis estão sendo devolvidos para
os verdadeiros proprietários,
As bandeiras
Importantes
causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos. As lideranças políticas
locais têm fracassado sucessivamente. Senão vejamos: a bandeira dos
rondonienses por mais oferta de voos e redução das tarifas aéreas? A peleja
pela pavimentação da BR 319? A duplicação da rodovia 364, que corta Rondônia de
ponta a ponta, de Porto Velho a Vilhena? A implantação da rede de abastecimento
de agua e sistema de coleta de esgoto na capital? Início das obras da Usina hidrelétrica
de Tabajara, em Machadinho do Oeste? A construção da rodovia, paralela à BR 364
em Rondônia, que é a Estrada Norte Sul?
E por aí vai.
A regionalização
Se
as contas das principais causas rondonienses forem regionalizadas, chegamos à
conclusão de que a região mais prejudicada pela falta de ação da classe
política seria Porto Velho. É a capital rondoniense a grande prejudicada pela
crise aérea, pela falta do sistema de águia e esgoto, pelo fracasso da
construção do Heuro Hospital, entre tantas outras providências cobradas pela
população. Nossos representantes só pensam no próprio umbigo como nomear
parentes, compadres para cargos públicos, rachar recursos de emendas parlamentares
com empreiteiras, sem contar as rachadinhas que funcionam a todo vapor em todo o país.
A novidade
A
Câmara de Vereadores de Porto Velho resolveu inovar nesta temporada na posse dos
seus 23 vereadores que será realizada
com pompa e circunstância nas dependências do Complexo da Estrada de Ferro Madeira
Mamoré, logo no primeiro dia do ano. Medida elogiável, não só pelo contexto histórico
– afinal a cidade nasceu ali – mas como pelo prestigio atribuído ao necessário
resgate da região que perdeu força nos últimos anos. A decisão mostra que os vereadores
estão bem antenados com os anseios daquela população sofrida já abrindo 2025
com o pé direito.
Grandes desafios
Vem
aí um novo ano repleto de desafios para os rondonienses. Temos a comemorar, de
um lado o sucesso das gestões do governador do Marcos Rocha (União Brasil) e do
prefeito Hildon Chaves (PSDB) no campo da economia. Tiveram uma travessia
difícil com a pandemia da covid no segundo estado mais atingido pela moléstia
no País, mas souberam segurar o rojão. Tanto o governo estadual como a esfera
municipal concluem o ano de 2024 com as contas em dia, o pagamento do
funcionalismo rigorosamente em dia e com muitas obras conjuntas. Mas a bancada
federal ficou devendo.
Novo hospital
Com
a tentativa de construir o Heuro hospital na Zona Leste de Porto Velho frustrada,
depois de anos de enrolação, o governo de Rondônia estuda agora a compra de um
hospital para atender as demandas do tão criticado João Paulo II. A primeira
aquisição de hospital, na gestão do governador Marcos Rocha renderam denúncias
– lembram do caso do Regina Pacis? - e existem pendencias até hoje na justiça
sobre os valores pagos naquela época. Sabe-se que o estabelecimento hospitalar
escolhido agora fica na região central, na contramão da maioria da população
da capital que reside nas zonas Leste e Sul. Mais dias de confusão pela frente...
Via Direta
*** A prefeitura de Porto Velho concedeu
justa homenagem ao popular Bedin, como nome da revitalizada praça da nova
rodoviária. Falecido durante o ano de câncer, ele era uma pessoa extremamente
querida na capital rondoniense *** Os principais rios do Amazonas e do Acre
estão subindo já indicando a normalidade tão esperada depois de um verão
sofrido nestes dois estados com secas angustiantes *** Que os interessados fiquem de barbas de molho, cabelos em pé e suas
antenas bem ligadas com estas promoções de vendas com grandes descontos da
Caixa Econômica Federal *** Muitos imóveis arrematados nos últimos anos
tiveram decisões judiciais revertidas. Além destes muitos imóveis retomados
pela CEF ainda estão ocupados.
Localidades rondonienses sonham com a autonomia
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