Segunda-feira, 25 de março de 2024 - 08h00
O
pior que pode acontecer a um bioma é a destruição sem volta, que estudos
apocalípticos projetam para 2050 na Amazônia. Esse pior, entretanto, só virá
com a aceitação das ações que levam a normalizar o que é inaceitável. Uma construção
é feita tijolo a tijolo, uma floresta é formada pelas diversidades humana,
animal, mineral e vegetal que a constituem, mas a destruição será a soma de
pequenas ações irregulares com o conjunto das criminosas ações que a
prevaricação e a desestrutura do Estado favorecem.
O
elenco do que precisa ser feito é conhecido, mas precisa se tornar uma
ideia-força: a imposição da bioeconomia como o caminho nacional para o pleno
desenvolvimento e o combate implacável ao que se opõe a esse destino. Um ponto é
essencial para estancar a sangria e evitar o ponto sem retorno do apocalíptico
2050: vencer a polarização que tanto mal fez ao Brasil, levando-o a um passo da
destruição da democracia.
Em
1889, meses antes de ser deposto, o imperador Pedro II disse que não se opunha
à proclamação da República. Por isso em novembro ela veio sem violência, que só
aconteceu depois, na terrível briga entre a Marinha e o Exército. Isso, felizmente,
foi evitado em 2023. A monarquia caiu por não ter mais apoio de ninguém. Mas a
democracia, embora jovem, criada em 1988, virou o novo normal do país e o
fortaleceu. Normalizar é vencer, daí porque não se pode normalizar a devastação
nem o crime.
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As
escolhas
O
ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpriu agenda política em Rio Branco no
final de semana ao lado da sua esposa, a ex-primeira dama Michele já está
escolhendo seus candidatos as prefeituras na região Norte, uma das regiões mais
conservadoras do país. Em Manaus, a metrópole amazonense, dará seu apoio ao
capitão Alberto Neto, em Rio Branco ao recém filiado ao seu partido, PL, o
atual prefeito Tião Bocalon. Em Porto Velho, poderá ser o deputado federal
Fernando Máximo se ele ingressar no PL, como espera o senador Marcos Rogério.
É impressionante
Impressiona
a falta de prestigio da classe política rondoniense, seja pela esquerda ou a direita.
Nos tempos petistas, na era da esquerda, os presidentes Luís Inácio Lula da
Silva e Dilma Rousseff, pulavam Porto Velho, passavam por cima do território
rondoniense, para antes visitar Rio Branco, Marina Silva e os irmãos
Viana. Mais recentemente, na temporada a
direita, Bolsonaro faz a mesma coisa, evita Rondônia, passa por cima e antes de
desembarcar em Rondônia, visita Rio Branco. O político acreano seja à esquerda ou
à direita tem mais prestigio. E RO tem o dobro da população do AC.
Falta prestigio
Quando
falo da falta de prestigio da classe política rondoniense, alguns podem até
ficar revoltados. Mas é pura verdade, nem a questão da crise aérea foi
resolvida. Governo e oposição deveriam se unir, deputados estaduais, federais e
senadores, vereadores deviam empunhar esta bandeira buscando uma solução ao lado
das entidades representativas. Por isto nos próximos pleitos recomendo trocar
todo mundo, porque os atuais representantes não estão dando conta do recado, a
começar pelos vereadores de Porto Velho, verdadeiros cordeirinhos, que não
fiscalizam e só querem saber de benesses, negócios e indicações de familiares
para cargos polpudos.
Novas lideranças
Mas
não posso deixar de me referir ao surgimento de novas lideranças em Rondônia.
Um exemplo disto é o deputado federal Mauricio Carvalho. Ele começou como vereador,
logo escalou a presidência da Câmara de Vereadores de Porto Velho, foi eleito
vice-prefeito com Hildon Chaves, emplacou em 2022 uma cadeira a Câmara dos
Deputados e lá conquistou a liderança da bancada federal rondoniense. Mais
maduro, Mauricio Maninho vai conquistando seu espaço. Dizem que se Mariana foi
eleita prefeita de Porto Velho vai arriscar uma cadeira ao Senado em 2026.
As pesquisas
As
primeiras pesquisas eleitorais vão apontando uma eleição em dois turnos em Porto
Velho em outubro, com três nomes bastante próximos de ocupar as duas vagas: o
deputado federal Fernando Máximo (a caminho do PL), a ex-deputada federal
Mariana Carvalho (Republicanos) e o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos).
Nas minhas contas, impressiona a performance de Leo Moraes, já se aproximando,
quase num empate técnico com Máximo e Mariana. Só que ele não confirmou a sua
candidatura, evitando entrar em rota de colisão com o governador Marcos Rocha,
do União Brasil.
Via Direta
*** O início do ano tem
sido difícil para o comercio varejista na capital rondoniense. Temos muitos
comerciantes chiando ***
Está movimentado o garimpo regional nas proximidades de Jacy-Paraná. Pelo que
se constata, os garimpeiros têm obtido bons resultados faiscando o preciso
metal naquelas currutelas e adjacências ***
Nossos garimpeiros encontraram finalmente uma alternativa a migração para
Roraima e o Amapá para onde muitos deles se deslocaram nos últimos meses ***
É tanto viciado em Porto Velho que o crime organizado está formando um mercadinho
das drogas para atendimento, num importante conjunto habitacional.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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