Quarta-feira, 29 de novembro de 2023 - 07h21
Profecias
apocalípticas
Sempre
em demorada construção, o país real confronta a arrogante propaganda oficial
que se refere a uma ilusória “reconstrução”. Riscos sobram no horizonte
nacional depois que a imagem do Brasil chegou ao pior momento, acusado de
preparar o apocalipse climático destruindo a Amazônia.
A
ótica externa sobre o país deixou de ser tão dramática por conta da esperança
que sempre acontece no início de todos os governos, mas qualquer escorregada
quanto ao cumprimento de metas internacionais nos quesitos meio ambiente e
clima pode ser desastrosa. Quando a imagem externa do Brasil era melhor, o país
chegou a ter a sétima maior economia do mundo, entre 2010 e 2014. No entanto,
em 2020 foi apontada como a 12ª economia, uma queda que fez em frangalhos a
autoestima nacional.
Há
uma “profecia” questionável segundo a qual a próxima epidemia assustadora que
trará terror ao mundo virá como consequência dos crimes ambientais cometidos na
Amazônia, agravados pelo descontrole do clima.
O
futuro costuma enterrar profecias apocalípticas, mas não se pode fugir ao
cenário causa-efeito: a destruição ambiental piora a desnutrição, que significa
predisposição a qualquer doença, como cólera, hepatite e rotaviroses. Antes de
pensar em voltar a ser a sétima economia do mundo é preciso assegurar que a
saúde do povo brasileiro não tenha perspectivas tão assustadoras.
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Uma síntese
O
Estado de Rondônia chegou ao topo no índice de feminicidios, mantendo a
liderança nacional nesta modalidade de violência, com números realmente
assustadores. Como explicar esta
situação num dos três estados com maior percentual de evangélicos no País e
onde se vê nos presídios seus inquilinos se declarando evangélicos? Se constata,
pela fantástica migração dos anos 70 e 80, que Rondônia é uma síntese do
Brasil. Foi colonizada por paranaenses, gaúchos, catarinenses, baianos,
capixabas, mineiros, paraenses, amazonenses, acreanos, além dos nordestinos com
grande influência em Porto Velho. Na violência, refletimos uma síntese
brasileira.
A manutenção
O
deputado estadual Pedro Fernandes, eleito pelo PTB cujo partido se uniu ao Patriota,
cobrou um planejamento do DER e do governo do Estado no tocante a manutenção
das estradas no período do inverno amazônico, a estação das chuvas que já está
começando em algumas regiões do estado. Ele lembrou que todo o ano a economia rondoniense
é prejudicada pela precariedade causada pelas chuvas, cujos atoleiros impedem o
transporte do leite, da produção agrícola, da entrega dos bovinos aos
frigoríficos, etc. De fato, a cobrança do Pedrão tem tudo a ver. Todo ano pagamos
o preço pela falta de planejamento.
Mãos abanando
Territorialista
como as onças, o senador Jaime Bagatolli (PL-RO) aumenta sua presença na
capital, onde estão concentrados dois terços do eleitorado rondoniense e por
aqui festejou na sua passagem por Porto Velho a vitória da sua bancada de
advogados contra os tucanos que desejavam sua pele para fazer tamborim. Salvo
da degola do seu mandato, ele amplia os contatos em Porto Velho, mas até agora,
depois de quase um ano de mandato não destinou uma ruela para a capital e sempre
aparece por aqui de mãos abanando. Se quiser o governo do estado em 2026 vai
precisar contribuir com mais obras e menos papo furado.
Cargos federais
O
senador Confúcio Moura (MDB-RO), hoje considerado um dos principais caciques do
MDB nacional, está nadando de braçadas na indicação de cargos federais no
estado de Rondônia. Nas próximas semanas, vai indicar o ex-secretário de Saúde
e ex-deputado estadual Willians Pimentel para um cargo relevante no Ministério
da Saúde visando investir mais neste setor no estado. El Carecon vai reforçando
as paliçadas do partido e a sua mais recente conquista foi retirar o deputado
estadual Ismael Crispin que já tinha deixado o PSB e se filiando ao União
Brasil.
A dobradinha
O
governador Marcos Rocha e seu vice Sergio Gonçalves tiveram bons motivos para
comemorar as recentes vitórias na justiça. Se safaram da cassação e com isto
seus projetos para 2026, com Rocha disputando o Senado em dobradinha com o
atual vice Gonçalves ao governo do estado, podem rolar de vento em popa. Mesmo
com projetos diferentes do aliado Hildon Chaves que também pretende disputar o
governo estadual, ninguém pode reclamar de Rocha, tem cumprido todos os
compromissos com os aliados na coalizão formada na peleja de 2024 quando ele
virou a peleja em cima de Marcos Rogério.
Via Direta
*** A atual legislatura da Assembleia Legislativa
conclui as comemorações alusivas a promulgação dos 40 anos da Constituição de
Rondônia pouco lembrando dos dois principais artífices e protagonistas, que foi o presidente
da Constituinte, José Bianco e o relator Amizael Gomes da Silva *** Numa legislatura onde também brilharam os parlamentares Amir Lando e Tomás Correia anda
vivos, fortes e atuantes que estiveram
na sessão solene *** Trocando de saco
para mala, projeta-se uma grande aliança em Ji-Paraná para eleger o deputado
estadual Laerte Gomes (PSD) ao Palácio Urupá *** Laerte tem experiência de
Executivo, já que foi também prefeito em Alvorada do Oeste.
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