Sábado, 6 de maio de 2023 - 08h11
Provavelmente
a CPMI mais inútil da história, todas as esperadas gritarias e trocas de
ofensas previstas para ser o filé das sessões para investigar o golpe de 8 de
janeiro poderiam ser trocadas pela maratona de assistir às 4.400 horas de
gravação do desastrado golpe cometido por vândalos extremistas.
São
cenas tão criminosas quanto ridículas: os agressores dos palácios do governo,
do Congresso e do STF foram doutrinados pelos tios do Zap a pensar que seriam
apoiados por ETs e pelo Exército e se surpreenderam ao ser presos por aqueles
que acreditavam ser seus salvadores. Nem reclamar da comida na cadeia podem,
pois as condições carcerárias foram determinadas por um dos presos: o
ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
Se
a CPMI do Golpe for esvaziada de sua inutilidade talvez seja possível centrar
forças no principal: uma reforma tributária que leve o Brasil a evitar as
armadilhas do subdesenvolvimento, os percalços da crise mundial e estimule o
dinamismo das forças econômicas. Para a Amazônia, a reforma tributária talvez
seja ainda mais necessária e importante que para o restante do país.
Se,
como já tentaram nos últimos quatro anos, a Zona Franca de Manaus for
desmobilizada, é ilusão pensar que as indústrias iriam migrar alegremente daqui
ao Sudeste e ao Sul do país, onde terão mixas vantagens. Vão ao Paraguai, que é
perto, cujos líderes sabem que seu futuro está atrelado ao Brasil.
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Jogo de estratégiaJogo de estratégia
O
prefeito de Porto Velho Hildon Chaves já tem estratégia definida para ficar em
evidencia depois de deixar seu mandato no Prédio do Relógio. Foi eleito para
comandar a Associação Rondoniense dos Municípios-AROM nos próximos anos. Assim
sendo, em janeiro de 2025, quando deixar o cargo ficará até 2026, quando vai disputar
o governo de Rondônia na sucessão do govenador Marcos Rocha (União Brasil).
Ex-presidentes da entidade, como Waldir Raupp, ele foi o primeiro eleito, se
tornaram governadores, justamente o sonho de Chaves.
A interiorização
Com
a AROM nas mãos Hildon Chaves vai tratar de interiorizar seu nome. Ele já
residiu em Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena, onde não terá dificuldades de se
expandir, mas em Ji-Paraná e Ariquemes, dois grandes centros bolsonaristas do
estado, terá problemas para crescer, onde seu possível adversário, o senador
Jaime Bagatolli tem reinado nos últimos pleitos e obtido grandes vitórias até
batendo candidaturas locais. Também será obrigado a trocar de partido, pois o
União Brasil é controlado pelo governador Marcos Rocha e pelos dois irmãos
Gonçalves - e um deles deve entrar também na peleja do CPA em 2026.
Mãos abanando
Enquanto
vários candidatos se apresentam com as mãos abanando em termos de recursos
destinados a Porto Velho, a ex-deputada Mariana Carvalho (Republicanos) tem a
seu favor o fato de ter se constituído a parlamentar que mais destinou recursos
para a capital em seus dois mandatos e se não fosse da sua cota de emendas –
algo em torno de 22 milhões – sequer a cidade poderia contar com uma nova
rodoviária. De qualquer forma, de autoria de Mariana temos creches,
pavimentação, infraestrutura e até reforços de verbas para a saúde pública. A
nova pupila de Edir Macedo vem com tudo.
O bolsonarismo
Não
bastasse a trajetória de Mariana em favor de Porto Velho, o forte apoio da
Igreja Universal (nesta parte um equívoco, pois as outras igrejas rivais como a
Internacional, Mundial e Assembleia de Deus vão acabar se alinhando a outras
candidaturas), ela tem grandes laços com o bolsonarismo. É amiguinha do senador
Flavio Bolsonaro e demais manos do clã e com isto dificilmente será preterida.
Vamos ver como se posicionará o candidato ao governo Jaime Bagatoli, que domina
o PL e ainda não tem candidato a prefeito na capital e que certamente nãos será
Mariana, alinhada do concorrente Hildon Chaves. Talvez Leo Moraes?
União de esforços
Em
Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral do estado e o mais importante polo
regional de Rondônia, tem sido cogitada a união de esforços entre o ex-prefeito
Jesualdo Pires (PSB) com o deputado estadual Laerte Gomes, o mais votado no pleito
de 2022, para a disputa do Palácio Urupá, sede da prefeitura da capital da BR.
Jesualdo pilotaria a candidatura a prefeito e Laerte indicaria o vice, reforçando
as paliçadas para o enfrentamento do favorito, o atual prefeito Esaú Fonseca
candidato à reeleição. As costuras seriam através dos ex-senador Expedito, que
pula cirandinha com Jesualdo desde o peito de 2022.
Via Direta
*** Ameaçado de uma CPÌ da Saúde,
Fernando Máximo já estaria recuando do propósito de disputar o Prédio do Relógio.
E nem deve ter culpa em cartório *** Sem funcionar e a prefeitura de Porto
Velho se eximindo até da limpeza e da vigilância, o Complexo Turístico da Estrada
de Ferro Madeira Mamoré vai se tornando refúgio de urubus e drogados *** A empresa que ganhou a licitação para explorar o complexo não deu as
caras e assim a maior atração turística de Rondônia relegada a um segundo plano
como tem acontecido a décadas *** A miséria se agrava em Porto Velho.
Padarias, restaurantes e mercadinhos adotaram uma cota mínima de ajuda. O número
de pedintes se alastra nas principais avenidas da capital rondoniense.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
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