Sábado, 31 de outubro de 2020 - 11h50
No fim de agosto veio a público uma
guerra aberta entre o general Hamilton Mourão e o ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles. Naquele momento se revelou uma qualidade ainda pouco vista no
presidente Jair Bolsonaro: a habilidade para contornar ruídos internos. Mais
recentemente, sentindo-se novamente pressionado pelos militares, Salles abriu
uma nova guerra, desta vez com o general Luiz Eduardo Ramos, que faz a
coordenação política do governo com os demais poderes e as representações da
sociedade civil.
Salles percebeu que extrapolou ao
chamar Ramos de “Maria Fofoca”, mas logo a habilidade de Bolsonaro mais uma vez
tratou de prestigiar Ramos sem hostilizar Salles. O próprio presidente jogou o
general Eduardo Pazuello contra a parede no caso da vacina CoronaVac mas em
seguida o elogiou.
A acusação que os “ideológicos”
fazem a Ramos é que não teria “jogo de cintura”, virtude que o presidente
demonstrou ter, com os olhos postos no calendário eleitoral: sempre que há
críticas pesadas a medidas do governo, ele cancela decisões. Quando algum
ministro de confiança é hostilizado, ele o prestigia. De qualquer forma, depois
das eleições haverá uma minirreforma ministerial. Por ora, e até às eleições, o
“técnico” Jair põe todos os ministros no aquecimento. Quem se sair bem no apoio
à conquista de prefeituras importantes levará vantagem.
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Os esqueletos
Nos QGs de campanha de Porto Velho
existem preparativos para os debates que começam agora e todo mundo buscando os
“esqueletos” dos adversários para exposição de todos os ossos publicamente. Nos
bastidores já se sabe que foi identificado um candidato a prefeito como
espancador de mulheres, com Boletim de Ocorrência na Polícia e tudo, num outro
caso será questionada a opção sexual de um outro postulante, num outro que o
cara é apoiado pelo esquema do pó. Tem caso até de candidato beneficiado pelo
recebimento de propinas e por aí vai. Vem muita lama por aí.
Últimos dias
Como as eleições em Porto Velho se
decidem nos últimos dias com o chamado “efeito manada”, desmentindo pesquisas
para todos gostos e credos é imperativo que os candidatos que acham que estão
brigando pela ponteira, se cuidem e se benzam. Não quero voduzar ninguém, mas
já voduzando, já tem uma zebra trotando desde as plantações de hortaliças no
setor chacareiro, até o progressista Jardim Uirapuru na região do Aeroclube - e
como de costume ela (a zebra) chega chegando nas últimas 48 horas do pleito. É
coisa de louco!
Pódio e vexames
Nos formadores de opinião o que se
viu foi muita incredulidade sobre as pesquisas divulgadas em Porto Velho na
temporada. É tradição na capital rondoniense forjar pesquisas para vitaminar aliados
e tentar desacreditar a concorrência. Mas independentemente de pesquisas, nos
formadores de opinião alguns candidatos já foram descartados no que tange as
possibilidades de chegar lá. São os casos de Pimentel (MDB), Cajui (PT), além de
Pimenta de Rondônia (PSOL), Edvaldo Soares (PSC), que estão mais perto de
vexames do que do pódio.
Peso do desgaste
Mas para fazer justiça, vejo dois
candidatos com bons programas, com boas propostas, mas ainda sem indícios de decolagem
nesta reta final. Certamente Willians Pimentel (MDB) e Ramon Cajui (PT) devem
ser mais prejudicados nesta campanha com o peso do desgaste dos apoiadores.
Pimentel, por exemplo, carrega nas costas a rejeição de Maurão de Carvalho, de
Valdir Raupp e Confúcio Moura na capital. Cajui, por causa dos escândalos petistas
do mensalão ao petrolão, além da prisão dos seus principais dirigentes.
Os Bad boys
Os bad boys desta campanha, os
malvados, os que mais atacam os adversários não se deram bem ainda. Falo do
deputado estadual Eyder Brasil (PSL) e do advogado Breno Mendes (Avante). A
estratégia agressiva em busca de polarização com o prefeito Hildon Chaves
acabou não funcionando até agora. Se deram melhor aqueles que projetaram a
imagem de bonzinhos, como Hildon, Vinicius. Neste segmento dos bonzinhos e
afáveis incluo também o coronel Ronaldo Flores (Solidariedade).
Via Direta
*** O covid tomou conta das campanhas eleitorais com tanta formiguinhas
e bandeirolas se espalhando pelas capitais brasileiras. Em Porto Velho é um
festerê danado, até candidatos a vereança e a prefeito já tiveram a doença *** A situação é tão grave que, como já foi noticiado,
em algumas cidades brasileiras a campanha eleitoral na rua foi suspensa para
tentar controlar a pandemia se alastrando de vez como foi em Macapá *** Macacos velhos da política rondoniense
ficaram de fora da disputa em 2020. Caso dos ex-prefeitos Carlos Magno (Ouro Preto
do Oeste), Ernandes Amorim (Ariquemes), Sueli Aragão (Cacoal), Milene Mota
(Rolim de Moura), José Guedes e Carlinhos Camurça em porto Velho entre outras figurinhas
carimbadas *** Boa parte deles ainda inelegíveis, com problemas na justiça
eleitoral.
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