Segunda-feira, 20 de dezembro de 2021 - 11h39
Nas
prévias do PSDB, raríssimo processo transparente de definição de candidatura,
Arthur Virgílio, ex-senador e três vezes prefeito de Manaus, sabia ser difícil
superar a polarização entre João Dória e Eduardo Leite, mas persistiu na
campanha para induzir os presidenciáveis a voltar seus olhos para aspectos da
Amazônia que vão além de minérios e pastos. As prévias passaram, mas suas
ideias merecem ser avaliadas com cuidado por todos os que se preocupam com o
futuro do Brasil e não só pelos candidatos, em geral limitados nas campanhas a
obedecer aos marqueteiros e focar só no barulho que dá votos.
O
ex-prefeito de Manaus propõe que com a soberania e a proteção da biodiversidade
o Brasil crie um Programa Nacional de Uso Sustentável dos Recursos Naturais da
Amazônia, “com ampla aceitação do mercado internacional, seja pela indústria
farmacêutica, cosmética e alimentícia, seja pelos serviços que prestamos ao
meio ambiente e ao equilíbrio do planeta”.
Ninguém
no mundo questiona a soberania dos nove países que compartilham a Amazônia e só
malucos poderiam ser favoráveis à destruição da biodiversidade na grande
floresta tropical. A pergunta que salta aos olhos é por que os líderes
brasileiros são ágeis tão ágeis ao se agredir e se vangloriar mas lerdos quando
se trata de formular um projeto de nação baseado em consensos. O programa
proposto por Virgílio seria um bom começo.
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PT nas paradas
Seguindo
orientação do Diretório Nacional, o PT entrou em campo no final de semana em
Rondônia para definir suas candidaturas ao governo do estado e ao Senado.
Agora, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva tem um candidato a governador
para chamar de seu em Rondônia: uma boa escolha, o ex-deputado federal Anselmo
de Jesus, com base eleitoral em Ji-Paraná, um nome limpo e pitoco. Para o
Senado, foi selecionado Ramon Cujuí. A ex-senadora Fátima Cleide puxa a
nominata de candidaturas à Câmara dos Deputados dos petistas. Hermínio Coelho
lidera a lista dos estaduais.
As definições
O
quadro das candidaturas ao governo do estado de Rondônia vai se definindo. Já
se sabia que o governador Marcos Rocha (Aliança Brasil) disputaria a reeleição.
Agora o PT anunciou como seu candidato e ungido de Lula em nosso estado, o
ex-deputado federal Anselmo de Jesus. O final de semana também serviu para
confirmar a candidatura do senador Marcos Rogério que está ingressando no PL do
presidente Jair Bolsonaro. São três definições importantes. Também é
considerada certa a candidatura do senador Confúcio Moura (MDB) que já percorre
o estado.
A confirmação
Neste
cenário da disputa do Palácio Rio Madeira, o grande favorito da peleja anda
meio quieto. O ex-governador Ivo Cassol (PP), também na raia do bolsonarismo,
aguarda o sucesso de recursos jurídicos para confirmar sua candidatura. Ele tem
conversado com outros candidatos, mas se sabe que caso impedido de entrar na disputa
seu favorito seria o deputado federal Leo Moraes (Podemos). Sendo candidato ao
governo, especula-se que Leo Moraes seria seu nome ao Senado em dobradinha, uma
aliança poderosa, diga-se de passagem para fazer frente a outras postulações em
andamento.
A festa de Lang
Ainda
no final de semana o prefeito Celio Lang – que diga-se de passagem realiza uma
gestão produtiva – foi reeleito na presidência da Associação Rondoniense de
Municípios. Uma vitória suada, por dois votos, já que seu opositor professor Ribamar,
prefeito de Colorado do Oeste, contava com a máquina do governador Marcos Rocha
para se dar bem. Imagine um cara com a torcida, 11 em campo contra nove, dono
da bola, com auxílio do juiz e do bandeirinha perder a eleição? Foi quase assim
que Ribamar e o Palácio Rio Madeira caíram para a segunda divisão em termos de
articulação. Coisa de louco!
E a regularização?
Ainda
sobre o novo terminal rodoviário anunciado pelo prefeito Hildon Chaves na
semana passada, lembro que o também prefeito Roberto Sobrinho começou a
construção da nova rodoviária no mesmo local e foi impedido pela justiça de dar
seguimento pela falta da regularização da área em litigio com o ex-proprietário.
Será que a atual gestão lembrou de tratar desta regularização para não protagonizar
novo vexame? Sobre o prazo estipulado em dois anos para a construção, vejo como
uma peça de ficção da municipalidade diante de tantos projetos que terão que
ser apresentados e depois as licitações onde os perdedores sempre bloqueiam
tudo na justiça. Inaugurar na gestão tucana, muito difícil.
Via Direta
*** Com as festividades do final de ano,
multiplicaram-se as fugas nos presídios rondonienses *** Seja serrando as
grades e esburacando o solo, como homens tatus, os presidiários vão dando um
jeitinho de passar o Natal Ano Novo com os familiares *** Petistas e bolsonaristas estão voduzando o concorrente Sérgio Moro.
Consideram ele um estranho no ninho e sem condições de alcançar o segundo turno
das eleições presidenciais no ano que vem ***Serão dias difíceis para os
supermercados neste final de ano se a moda dos movimentos sociais envolvendo as
comunidades organismos pedindo comida tomar vulto maior nas captais *** O xerife do povo anda meio sumido da
mídia depois de se lançar candidato a Câmara dos Deputados *** Será que
cortaram as asinhas do cara?
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