Segunda-feira, 10 de junho de 2024 - 07h55
Como
o Rio Grande do Sul sofreu a mãe de todas as enchentes, os climatologistas
estão prevendo para a região Norte pelo menos a “tia” de todas as secas. Para
não ser tomada de surpresa, a Secretaria Nacional de Mudança do Clima já supôs
que ela será pior que a anterior. Os governos da União, dos Estados e
Municípios, portanto, não podem alegar ignorância porque o aviso está dado. Com
isso, há uma grande chance aberta para o poder público e a sociedade: sepultar
os ódios produzidos pelas bolhas radicais, unir a população em torno de
propósitos maiores e começar um ciclo de prevenção.
A
julgar pelo noticiário, o governo federal já encaminhou as providências
necessárias. Não poderão interferir no termômetro, mas evitar as habituais tragédias
que decorrem do descuido. Dentre as medidas cabíveis para amenizar o ataque do
calor, por exemplo, estão o monitoramento dos registros de 2023 e as lições
fornecidas pelo conjunto de ações desenvolvidas no Sul.
Se
a prevenção de fato funcionar, minimizando os rigores do clima, também estará fechado
o ciclo do negacionismo, visão baseada no “deixa como está pra ver como é que
fica”. Os negacionistas convenciam alegando que a natureza já conseguiu se
equilibrar depois de sofrer tragédias. No entanto, a humanidade vive hoje uma
história jamais vivida antes, com consequências também inéditas. Diante disso,
o caminho correto é a prevenção.
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Garçom e Aparício
O domingo
foi marcado pela eleição a prefeito do ex-deputado federal Lindomar Garçom na
eleição suplementar de Candeias do Jamari, que vai ocupar o poleiro num mandato
tampão, já que em outubro teremos nova eleição, com a posse do eleito em 1 de janeiro.
Outro fato marcante do final de semana foi a entronização do cacique Aparício Carvalho,
líder do clã, na presidência do Partido Republicanos em Rondônia. Não existe
mais eleições nos diretórios e as escolhas são feitas no sistema “goela baixo”,
com a nomeação pelas instâncias superiores, no caso do presidente nacional,
Marcos Pereira.
Eleições 2024
Quando
6 de outubro chegar, dia da eleição a prefeito, vice e vereadores em todo o
País, Porto Velho estará assistindo, conforme as previsões dos cientistas, a
mãe de todas as secas já ocorridas em Rondônia, especialmente no Rio Madeira, a
grande fonte hídrica da capital rondoniense. O caro aldeão de Porto Velho, sob
um sol escaldante, vai comparecer a sua zona eleitoral para escolher o sucessor
do prefeito Hildon Chaves (PSDB), compadecido com aquela metade da população
que não tem água encanada e com a cidade tomada pelas facções criminosas e
assediada pelos piratas do Rio Madeira.
Bem servidos
Se
um lado estaremos enfrentando mais um fenômeno climático afetando frontalmente
nossa economia, temos a comemorar as boas opções apresentadas ao nosso
eleitorado na eleição 2024. Deixando de lado os antagonismos e as polarizações,
constato que estamos bem servidos em termos de opções. Dois nomes saltam na frente,
largando bem para uma eleição que presumivelmente acontecerá em dois turnos,
tanto é o fracionamento do eleitorado que tradicionalmente também oferece
surpresas nas urnas. Tem rolado verdadeiras zebras, reviravoltas empolgantes
para a população.
Baitas
desempenhos
Eleger
a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil), significa apoiar a
continuidade do excelente desempenho do atual prefeito Hildon Chaves, que posso
considerar um dos melhores da capital rondoniense desde 1985 quando Jeronimo
Santana – o primeiro eleito pelo voto direto - usou o Palácio Tancredo Neves,
como trampolim para governar Rondônia em 1986. Eleger o ex-deputado federal Leo
Moraes (Podemos) significa premiar um político que foi o melhor vereador da sua
geração, o melhor deputado estadual da sua legislatura e o melhor deputado
federal rondoniense em Brasília.
Largada polarizada
Nesta
largada com 12 nomes para serem referendados nas convenções partidárias em
julho, temos um início de campanha já polarizada entre Mariana Carvalho e Leo
Moraes. É possível a capital se rachando ao meio, com eleição em dois turnos,
com ambos expoentes sacramentados para a fase seguinte do certame eleitoral.
Mas este é um cenário pintado sem zebras, sem as reviravoltas históricas que
tem ocorrido numa cidade aonde a eleição vira de cabeça para baixo da noite
para o dia. Leo já foi vítima de uma zebra, que foi Hildon Chaves. Mariana,
alvo de outra zebra recente ao Senado, Jaime Bagatolli. Sofreram virada nos
últimos dias.
Com otimismo
Com
este retrospecto “zebrástico” nas costas, Mariana e Leo causam otimismo aos
quase dez adversários. São bons nomes, íntegros, preparados e com esperança de reverter
um quadro neste momento, ainda mais que os dois candidatos favoritos já foram vítimas
de zebras de última hora. “Não custa acontecer de novo”, teorizam, voduzando os
dois da ponteira. Uma zebra deixaria esta eleição mais empolgante. Eu, da
minhas parte, garanto que ela já está trotando pelos campos, tem as listras já
definidas, é esperta, esperando vacilos de Leo e Mariana. É numa disputa acirrada
entre estas duas candidaturas, como é costume em Porto Velho, com desgastes de
ambos os lados de tanto cacete que vão receber dos antagonistas, ela pode
despontar toda fagueira.
Via Direta
*** Preocupado com as queimadas que no
ano passado atormentaram a população metropolitana de Manaus, o Ministério Publico
Ambiental já está tomando providências para impedir que a situação no verão de
2024 ***Dificilmente
a metrópole da Amazonia vai escapar das grossas camadas de fumaça, já que a
seca deste ano será muito maior do que a de 2023, conforme as previsões
vigentes *** Ainda tratando de estiagem
o DNITT esta antecipando a dragagem dos rios na região amazônica, inclusive no
Rio Madeira, cuja hidrovia liga Rondônia ao Amazonas *** Os processos de licitação
das empresas já começaram e as ações
devem começar em agosto.
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