Sexta-feira, 6 de janeiro de 2023 - 08h35
Parte
do eleitorado não aceitou a derrota nas urnas. Ao contrário, acredita que
venceu. Os acampados diante dos quartéis festejaram várias vezes, entre lágrimas
e abraços, fake news que anunciavam a prisão de Lula e do ministro Alexandre de
Moraes e outras farsas despejadas sobre patriotas sinceros que acreditaram na
manipulação feita nas redes sociais.
No mesmo
dia da posse de Lula, os crédulos estavam certos que o general Augusto Heleno havia
assumido o governo. A faixa da posse era falsa, tanques russos e navios do
Qatar vieram para não se sabe o quê, as tropas estavam nas fronteiras para impedir
uma improvável invasão e outras maluquices foram levadas a sério no Metaverso
dos boatos até virar desilusão.
No
Manifesto Surrealista, de André Breton, que fará cem anos em 2024, foi proposta
“a adoção de uma realidade superior”, maravilhosa, em que o imaginado se tornaria
real. Na época, era só um apelo romper os limites da arte convencional, mas
agora, com a tecnologia, o Metaverso já realiza aquele propósito.
É o
caso do MetAmazonia, ambiente virtual apresentado pela Empresa Brasileira de
Conservação de Florestas na feira de tecnologia Gitex Global, em Dubai. Com
ele, pessoas de todo o mundo podem passear pela floresta e sentir as emoções
despertadas pela observação. Não muda eleições, porque nada muda a realidade,
mas permite conhecer e sentir nossa floresta.
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A mesma língua
Com
tantas correntes políticas dispares em seu governo, os ministros do presidente
Lula fizeram anúncios a opinião pública não autorizados pelo mandatário do
Planalto causando problemas e desgastes nos primeiros dias da gestão petista. A
necessidade de falar a mesma língua foi identificada, com o chefe da Casa Civil
Ruy Costa autorizado a desmentir os ministros mais afoitos. É sempre assim,
ainda mais numa gestão de coalizão com uma mistura frankstenica. Vai uns seis
meses para os ministros se entrosarem, isto quando as rivalidades tribais não
falarem mais alto
Com govenadores
O
presidente Luís Inácio Lula da Silva terá seu primeiro encontro com os governadores
eleitos e reeleitos no próximo dia 27, recebendo reivindicações, trocando ideias
e discutindo pautas econômicas, principalmente no tocante a tributos. Em março será
a vez do presidente se reunir com os prefeitos na Marcha a Brasília já em preparativos
pela federação municipalista. Mesmo com o cobertor curto, orçamento diminuto e
arrecadação insuficiente, o presidente vai se espichar para atender os reclamos
dos governadores e prefeitos cujo chororô é pelo aumento de recursos.
A despedida
Depois de três mandatos
consecutivos na Assembleia Legislativa e uma carreira política profícua, que
começou como prefeito de Cacaulândia nos anos 80, o deputado estadual Adelino
Follador (PL-Ariquemes) deixa a casa de leis no final deste mês. Ele e seu filho, Lucas Follador, que
foi vice-prefeito de Ariquemes na gestão de Thiago Flores e assumiu a cadeira da
deputada federal Mariana Carvalho, não lograram eleição no pleito de outubro. A
próxima legislatura perde muito com a ausência de Follador. Era um parlamentar
diligente, um dos raros deputados que exerciam fiscalização do executivo.
Taissa estreia
Primeira
parlamentar feminina eleita por Guajará Mirim, a deputada estadual eleita
Taissa Souza (PSC) será uma das novatas na casa de leis, representando também
Nova Mamoré e toda a região do Vale do Guaporé. Anteriormente predominavam os
machos da região no Legislativo estadual, desde Francisco Nogueira Filho, Dedé
de Melo e outros parlamentares sobejamente conhecidos. Mas será o União Brasil
com três deputadas na Casa de Leis, casos de Ieda Chaves (Porto Velho), Gislaine
Lebrinha (São Francisco do Guaporé) e Rosane Donadon (Vilhena) o partido com
mais representantes sexo feminino.
Minirreforma
O governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto
Velho) confirma o propósito de uma minirreforma administrativa com a troca de secretários
e de cargos do primeiro escalão nos seus primeiros 100 dias de governo para se
ajustar com as alianças celebradas nas duras eleições de outubro, quando
derrotou Marcos Rogério numa virada histórica. Jamais vi um candidato perder
todos os debates, e com uma gestão devendo eficiência nas esferas de segurança
pública e saúde conseguir uma reviravolta tão expressiva numa eleição. Sem dúvidas,
uma vitória da articulação, com as alianças celebradas.
Via Direta
*** Confirmada a minirreforma na gestão
Marcos Rocha já se especulam alguns nomes para este seu segundo governo *** Um deles cogitados
é o deputado federal Leo Moraes (Podemos) que deixa o cargo de parlamentar dia
1º de fevereiro e pode assumir o Detran ***
Também deve entrar na aliança até o PL, que elegeu dois representantes e mais o
virar casaca Laerte Gomes, que de fiel escudeiro de Marcos Rogério pulou para
os braços do mandatário do CPA ***
Trocado em miúdos: Rocha se transformou num domesticador de serpentários e vai
governar com boa maioria na Assembleia Legislativa *** Precisava era sobrar pelo menos uns dois deputados estaduais
oposicionistas para fiscalizar o Executivo já que a bancada governista geralmente
não presta para fiscalizar nem a construção de WCs públicos.
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