Terça-feira, 8 de novembro de 2022 - 08h27
Na
canção “Querelas do Brasil”, contraponto à Aquarela do Brasil, Aldir Blanc e
Maurício Tapajós ironizam que o Brasil colonizado culturalmente ignora o Brasil
real e inculto. Hoje, teriam versos extras para acrescentar ao SOS do refrão: metade
do país escolheu manter o Brasil como está e a outra metade preferiu mudar. Para
a metade que preferiu a continuidade é incompreensível como a outra metade optou
pela ruptura.
Cada
metade, pois, não entende como a outra metade faz uma escolha tão diferente da
sua, sendo a mesma nação e o mesmo povo. A realidade nacional, porém, não cabe
na propaganda eleitoral nem nos preconceitos ideológicos. Metade do país real é
o reino agroindustrial que distribui mais a renda que os antigos coronéis, como
no Sul e regiões onde o agronegócio prosperou nos últimos 50 anos. Nesta parte,
trabalhadores qualificados sonham virar classe média e está sonha ser rica.
No
Brasil real dos grotões e periferias das cidades, entretanto, há uma população
oprimida pelos mesmos grilhões paralisantes há séculos. Integrar os dois Brasis
será a missão civilizatória de um governo sem polarização que possa induzir a
modernização dos grotões e levar a redistribuição de renda ao conjunto do país.
Isso não se fará com gritarias, ofensas e tiroteios, mas com inteligência e
trabalho. Seu primeiro resultado será aumentar a produtividade, impossível sem
paz, educação e eficiência.
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Refém do Congresso
Preocupado
com garantir maioria no Congresso Nacional para garantir a governabilidade de
sua nova gestão, o ex-presidente Lula abreviou suas férias na Bahia para acompanhar
de perto o processo de transição para sua posse em janeiro. Buscando apoio da
maioria dos congressistas, os articuladores do novo presidente tratam de costurar
alianças com partidos – alguns deles que apoiaram Bolsonaro - aumentando sua coalisão
que já conta com uma carrada de agremiações. Como partidos hoje bolsonaristas já
foram lulistas no passado acredita-se num grande acordo.
Mesa Diretora
Entra
em cena a peleja pelo cobiçado cargo da presidência da mesa diretora da Assembleia
Legislativa de Rondônia com vários nomes cogitado. Acredita-se que o atual presidente
da casa de leis Alex Redano (Progressistas-Ariquemes) saia na frente, pois tem
a seu favor o reconhecimento do governador Marcos Rocha pelo apoio prestado por
ele e sua esposa, a prefeita Carla Redano no pleito passado. Como se sabe, a
eleição do presidente da casa de leis passa pela influência do governador. Outros
nomes também esperam o protagonismo: Laerte Gomes (PSD-Ji-Paraná), Jean Oliveira
(MDB-Porto Velho) e Ieda Chaves (União Brasil-Porto Velho).
Mais bloqueios
Ainda
está longe do bolsonarismo largar as manifestações em prol de um golpe militar
no País. Em Rondônia, por exemplo, novas manifestações pipocaram. Ainda no domingo era enorme a
concentração de revoltosos com a eleição do ex-presidente Lula, defronte da
sede da 17 Brigada de Infantaria de Selva em Porto Velho. Impressiona toda estrutura e aparato dos eventos, com muitos banheiros
químicos, dezenas de tendas enormes, churrasco e bebidas para os participantes,
dezenas de caminhões parados nas proximidades dos bloqueios. Quem estaria
financiando tudo isto? É coisa dispendiosa.
Baita estrutura
A impressão que se tem
sobre os últimos acontecimentos envolvendo as manifestações inconformadas com a
vitória de Lula é que de um lado muitos acreditam ainda num golpe de estado
estimulado pelo silencio dos quarteis que permitem o fechamento de suas
entradas de acesso. A omissão do ministro da Justiça quanto a tentativa de
golpe estimula a continuidade das manifestações Brasil afora. Ao mesmo tempo
temos uma estrutura caríssima, sob as bênçãos governamentais estaduais e
federais, que só não evoluiu para o golpe militar por falta de apoio popular
nas ruas.
Com gasolina
Parece
que o PT quer apagar a fogueira da polarização no País atiçando gasolina para
aumentar o fogaréu. São pelo menos 16 ações no Supremo parta tornar o atual presidente
Jair Messias Bolsonaro inelegível para as eleições de 2026. Na verdade,
tratando-se de petistas e bolsonaristas, ninguém quer pacificar o País já que
os bolsonaristas rebeldes seguem com seus bloqueios e propagando ódio aos
petistas e já se preparando para um novo confronto Lula contra Bolsonaro nos
próximos anos. E os brasileiros padecendo com os reflexos destes conflitos.
Via Direta
*** Ao final das eleições restaram 19 dos
32 partidos existentes no País e alguns já sem direito aos recursos do fundão
partidário ***
Acredita-se que nos próximos anos sobrem apenas 12 legendas com representação
no Congresso Nacional *** A criação de
vagas temporárias neste final de ano vai vitaminar a economia. Lojas de
calçados, supermercados, atacadistas, casas de moveis de vendas de aparelhos
eletrônicos estão contratando. Quem se habilita? *** O STF está julgando
casos de políticos envolvidos com as celebres rachadinhas. Uma pratica reiterada
nas câmaras municipais, assembleias Legislativas e no Congresso Nacional *** A modalidade de rachadinha – que é a
divisão dos salários dos servidores pela metade com os políticos - vem desde o
descobrimento do Brasil. O português que casava com uma índia tinha direito gratuitamente
a mão de obra de dois guerreiros. É coisa de louco!
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