Terça-feira, 28 de dezembro de 2021 - 08h38
É
justa e correta a ampla divulgação dos dados do sistema Deter-B (Detecção do
Desmatamento em Tempo Real), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,
indicando que o desmate na Amazônia caiu 19%. Errada era a confusão criada pelo
governo ao contrariar os dados do Inpe, em prática negacionista que só fez
arruinar a imagem do Brasil no exterior.
Dados
positivos são sempre bem-vindos, mas é preciso evitar uma armadilha que turva o
efeito benéfico obtido pela divulgação: dormir nos louros, afrouxar o combate e
recair. Para que os bons efeitos perdurem e ganhem musculatura é preciso mantê-los.
Não se trata só de agradar aos investidores cautelosos, turistas assustados e
clientes exigentes, mas ter presente que o luto na floresta é uma arma que
destrói reputações. Quando o luto era causado pelas tragédias naturais, sempre
houve empatia com as famílias sofredoras, mas agora as tragédias e rigores
climáticos estão associados ao aquecimento global, por sua vez atribuído a más
práticas governamentais.
Hoje,
a solidariedade se tornou exigência e cobrança política. Há pouco, a Singularity
University advertiu que o desmatamento afeta a saúde dos povos da região. Se e
quando o clima piora por conta de descuidos ambientais uma palavra começa a ser
sussurrada e logo depois gritada: genocídio. É preciso cuidado com as palavras
e com a altura em que são pronunciadas.
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Pelo caminho
Como
ocorre em todas as eleições, algumas candidaturas ao governo estadual vão
ficando pelo caminho. Na jornada 2022, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves
tinha cotação elevada para disputar o Palácio Rio Madeira, mas aos poucos foi
desistindo da empreitada em vista de compromissos com aliados que lhe deram
apoio na reeleição em 2020. Neste momento o intuito do alcaide da capital é
indicar sua esposa Ieda Chaves como vice de algum candidato de ponta ou lançar
seu nome a Assembleia Legislativa ou a Câmara federal. Certo mesmo é apoiar seu
aliado Expedito Junior ao Senado.
Tem fartura
Mesmo
sem o tucano Hildon Chaves na lista dos governadoráveis, temos uma fartura de
postulantes ao Centro Administrativo de Rondônia. Vejam os nomes: 1- Governador
Marcos Rocha (União Brasil) 2- Ex-governador Ivo Cassol (PP) 3 –Senador Marcos
Rogério (PL) 4 – Senador Confúcio Moura (MDB) 5 –Ex-deputado federal Anselmo de
Jesus (PT). É certo que mais adiante teremos mais postulantes dos pequenos e
médios partidos que tradicionalmente lançam nomes na disputa. Pimenta de Rondônia
(PSOL) sempre tem se apresentado como candidato.
Os candidatos
O
presidente Jair Bolsonaro está escalando seus candidatos aos governos dos
estados para as eleições do ano que vem e onde existir mais de dois postulantes
esta acertado que ficará em cima do muro. Em São Paulo, o ungido é seu ministro
da infraestrutura Tarcísio de Freitas, no Rio Grande do Sul outro ministro,
Onix Lorenzoni, em Goiás candidato a reeleição Ronaldo Caiado, igualmente a
reeleição no Acre Gladson Cameli, em Roraima Antônio Denariun. No caso de
Rondônia, existem três candidatos bolsonaristas: o governador Marcos Rocha (a reeleição
pelo União Brasil), o senador Marcos Rogério (PL) e o ex-governador Ivo Cassol
(PP).
Os lulapetistas
Também
o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva está selecionando seus candidatos
pelos estados. Na região Norte, alguns nomes estão sendo especulados, como o
ex-deputado federal Anselmo de Jesus em Rondônia, o deputado federal José Ricardo
no Amazonas e o ex-governador Jorge Viana, no estado do Acre. Em estados de grande
densidade populacional a prioridade é São Paulo, com o nome escolhido o ex-prefeito
Fernando Haddad. Não se descartam também composições com outros partidos com a
cooptação do ex-governador Geraldo Alckmin para vice de Lula.
As pesquisas
No
âmbito nacional as pesquisas seguem indicando uma polarização para as eleições
presidenciais do ano que vem envolvendo o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente
Jair Bolsonaro (PL). Mesmo com números diferenciados todas sinalizam vitória do
candidato petista, algumas até com possibilidade de vitória em turno único. Em Rondônia
ainda não existem sondagens eleitorais confiáveis – como se sabe, por aqui
reina o charlatanismo em pesquisas – mas são considerados inicialmente como
favoritos o ex-governador Ivo Cassol (PP) e o senador Confúcio Moura (MDB).
Via Direta
*** Seguem as especulações em torno da
peleja a Câmara dos Deputados: Na região da Bacia Leiteira reina soberana a
candidatura à reeleição de Lucio
Mosquini e do ex-deputado Carlos Magno *** Já, no Cone Sul de Rondônia, polarizado por
Vilhena, a jornada é bem fragmentada, se digladiando Evandro Padovani (União
Brasil), Natan Donadon e Eduardo Japonês ***
As primeiras sondagens também indicam disputa renhida no Vale do Jamari, cujo
polo regional é Ariquemes, entre o ex-prefeito Thiago Flores, o ex-vice-prefeito
Lucas Follador e o ex-senador Ernandes Amorim
*** Também ex-deputados federais
decadentes em termos eleitorais vão se arriscar novamente em 2022: entre eles
Lindomar Garçom (Porto Velho) e Luís Claudio (Rolim de Moura) este último já
residindo na capital nos últimos anos.
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