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Carlos Sperança

Marcos Rocha bem na foto + Jogar no ataque + Interesses díspares + A volta dos ex


Marcos Rocha bem na foto  + Jogar no ataque + Interesses díspares + A volta dos ex - Gente de Opinião

Jogar no ataque

O Brasil será ridicularizado se chegar a Glasgow para a COP26 mantendo posturas negacionistas nas quais só teorias da conspiração malucas acreditam. Para reverter a péssima imagem que o país ainda tem lá fora será necessária uma “goleada” de argumentos poderosos para silenciar os grandes líderes e tomar deles a liderança no esforço pela preservação ambiental, segurança alimentar, climática, hídrica e energética.

O primeiro “gol” seria a definição da bioeconomia como a chave para o ingresso do Brasil no Primeiro Mundo, redenção dos povos amazônicos e sua definitiva inclusão social, com base na sustentabilidade, democracia e segurança jurídica. Mais dois gols podem ser, de um lado, a prioridade ao projeto de lei que regulamenta o mercado de créditos de carbono, favorecendo projetos de redução ou remoção de gases de efeito estufa. De outro, o Tec Amazônia, aplicativo da Embrapa que oferece 131 soluções tecnológicas para 50 produtos agropecuários.

Para lacrar a cúpula, bastaria iluminá-la com uma afirmação do coordenador do Projeto Amazônia 4.0, climatologista Carlos Nobre: “Um hectare de sistema agroflorestal rende, em média, mil dólares por ano. Isso é cinco vezes mais o rendimento da soja e dez vezes mais o do gado”. Quem quer a volta dos investimentos e do respeito que o mundo deve ao Brasil tem que jogar no ataque e não eternamente na defensiva.

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Interesses díspares

A poderosa coalizão colocando no mesmo palanque o candidato ao governo Marcos Rogério (DEM), sua provável vice Ieda Chaves (PSDB), Expedito Junior ao Senado (PSD) caminha para se tornar um balaio de gatos depois da criação do União Brasil, sigla que vai unir o PSL e os Democratas. Senão vejamos: O candidato a presidente do senador Marcos Rogério é Jair Bolsonaro. O presidenciável do PSDB de Hildon e Ieda Chaves possivelmente será Eduardo Leite, governador do RS ou o paulista João Dória e o presidenciável do PSD local que tem como mentor Expedito Junior é o presidente do Senado Rodrigo Pacheco. Conciliar todos estes interesses dos seus presidenciáveis é um desafio.

Bem na foto

O governador Marcos Rocha (União Brasil) toca seu projeto de reeleição reforçando suas paliçadas em regiões densamente povoadas. Tem forte apoio no Cone Sul rondoniense onde terá fortes nomes disputando cadeiras a Câmara dos Deputados como Evandro Padovani e o prefeito Eduardo Japonês e tem como seu esteio na articulação na região de Vilhena o competente deputado estadual Luizinho Goebel, diga-se de passagem, indo para o quinto mandato e sem rabos na sua carreira política. No Vale do Jamari terá o apoio dos deputados estaduais da região, do presidente da Assembleia Legislativa Alex Redano e da prefeita Carla Redano.

Da velha guarda

Das lideranças políticas expressivas nas décadas passadas, poucos nomes estarão disputando cargos eletivos nas eleições do ano que vem. Caso do ex-senador e ex-ministro da Previdência Amir Lando – eleito estadual em 1982 pelo MDB - e do ex-deputado federal Francisco Sales, eleito também em 1982 pelo extinto PDS, por Ariquemes e Vale do Jamari. Os ex-governadores José de Abreu Bianco e Oswaldo Piana penduraram as chuteiras, assim como os ex-prefeitos de Porto Velho Sebastião Valadares (PSD) e José Vieira Guedes eleito pelo PSDB. Também os ex-prefeitos Assis Canuto (Ji-Paraná) e Divino Cardoso (Cacoal) se aposentaram na política.

Múltiplas opções

Como se sabe, o presidente Jair Bolsonaro se prepara para a escolha de um partido para disputar a eleição do ano que vem. Já lhe foram oferecidas alternativas como o PP, legenda que lidera o famigerado “centrão” o PTB e mais recentemente o PL, no entanto existe entendimentos para que ele ingresse no União Brasil, legenda recentemente criada através da fusão entre o PSL, seu antigo partido e os Democratas de ACM Neto. Esta última opção é a mais apetitosa, possui mais recursos do fundo partidário para sua campanha à reeleição e a nova legenda já está tomada de bolsonaristas. 

A volta dos ex

Depois que deputado perde eleição dificilmente consegue reverter a ladeira abaixo, mas alguns se salvam quando os titulares são cassados, caso dos suplentes de Aelcio da TV, Ribamar Araújo e Saulo Meira que era suplente do cassado Edson Martins, mas tem casos diferenciados de políticos que sobem ao pódio, como do ex-vereador Alan Queiroz que assumiu depois que o deputado Fúria se tornou prefeito de Cacoal no ano passado. Mas no pleito de 2022 uma cambada de ex-deputados estaduais está voltando a cena para a peleja. Vejam: 1-Herminio Coelho (Porto Velho) 2- Só na Bença (Pimenta Bueno) 3- Francisco Sales (Ariquemes) 4- Ezequiel Junior (Machadinho) 5 –Airton Gurgacz (Ji-Paraná). 

 

Via Direta

***Está difícil a renovação de cadeiras á Assembleia Legislativa por Vilhena e no Cone Sul rondoniense *** Ocorre que os deputados estaduais da região, Luizinho Goebel (PV), Rosangela Donadon (PDT) e Ezequiel Neiva (PP) estão bem na foto e não dão sopa para o azar para os novatos *** Já no Vale do Jamari, a história é outra: o genioso Geraldo da Rondônia será presa fácil para a concorrência. Também Saulo Moreira que assumiu na cadeira recentemente do cassado Edson Martins terá que se espichar para se reeleger *** Tratando-se da representação da capital na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados a questão é a concorrência com fortes predadores. Com isto a renovação das cadeiras vai acontecer naturalmente *** Aliás, a renovação dos quadros políticos é necessária para oxigenar os partidos e expurgar pilantras. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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