Quarta-feira, 12 de junho de 2024 - 07h27
Diariamente
espécies ainda desconhecidas de plantas e animais se incorporam ao conhecimento
geral sobre a Amazônia. São descobertas que maravilham pelo ineditismo e pela
promessa de possibilidades ambientais, propriedades curativas ou ótimo
rendimento industrial. No entanto, ao mesmo tempo trazem mais preocupações,
pois não raro se encontram em áreas para as quais o desmatamento avança,
ameaçando extinção.
Ainda
há muito a ser descoberto, o que requer muita proteção para a biodiversidade. A
proteção cabe aos poderes públicos, descontaminados do negacionismo e dos
interesses antinacionais infiltrados no aparelho governamental. As descobertas
precisam ser protegidas da extinção, o que requer mais apoio à pesquisa.
No
final de abril, o grupo de trabalho de pesquisa e inovação do G20 (as maiores
economias do planeta) aprovou proposta para criar um edital internacional de
pesquisa sobre a Amazônia e florestas tropicais. O Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação indicou que o grupo tende a aprovar a chamada pública em
parceria com o Belmont Forum para financiar projetos de pesquisa e inovação em três
eixos: redução do desmatamento, desenvolvimento sustentável e economia local;
ciência para o clima; e justiça e governança ambiental. É preciso que o máximo
de possibilidades sejam apresentadas até setembro, quando haverá em Manaus uma
reunião decisiva do grupo nesse sentido.
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É coisa de louco!
Os
prefeitos rondonienses vivem em Brasília, os deputados estaduais com o tal
Parlamento Amazônico também frequentam a capital federal. Temos oito deputados
federais no Congresso, contamos com três senadores e um deles preside a
poderosa Comissão de Infraestrutura. Então porque não conseguem sequer a
reforma do terminal fluvial danificada no porto cai n’Agua há quase um ano? É
desleixo, é omissão, é falta de prestigio? As lideranças garantem que sai a
ponte binacional em Guajará-Mirim, a duplicação da BR 364, mas não conseguem
sequer reparos no terminal portuário. É possível então acreditar que estas melhorias
vão sair do papel?
Situação difícil
Estive
no final de semana no Porto Cai N’Agua e constatei as dificuldades dos passageiros
embarcarem nos navios para Manaus. Os riscos que enfrentam ao se verem obrigados
a descer ladeira abaixo, assim como os operários com cargas nas costas. As
embarcações de turismo são prejudicadas com a situação. A região está infestada
de drogados, prostitutas e meliantes na espreita para assaltar eventuais incautos.
Um cartão postal às avessas que exige união política de todas as instâncias
para reverter. O Dnitt é um órgão federal e não funciona sem pressão. Que a classe
política se uma em torno da reabilitação portuária.
A coisa mudou
Como
as campanhas eleitorais estão mudando. Lembro que antigamente quem vencia os
debates, lascava mais cacete no adversário e mostrasse uma imagem de mais
competente levava a melhor. A coisa não é mais assim. Já na campanha ao governo de Rondônia em 2022,
o senador Marcos Rogério (PL) sapateou em cima do governador Marcos Rocha (União
Brasil), venceu todos os debates, massacrou o antagonista com denúncias verossímeis
sobre a construção do Heuro Hospital e a necessidade de milhares de cirurgias
eletivas, cujos pacientes estavam abandonados. Mas com imagem de meiguinho, da
paz e devoto da bíblia, Rocha levou a melhor. Rogério passou a imagem de
malvado, de maltratar o adversário.
Muito cuidado
Cum
tudo que tem acontecido, muito cuidado nos debates e durante esta campanha. Com
certeza os favoritos Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos) vão
levar mais bordoadas nesta jornada, já que os adversários precisam quebrar está
polarização. Ainda tem eleitor querendo ver lama em campanha e o clima de
eleição em Porto Velho também passa por pesquisas fajutas, algo bastante
corriqueiro na capital rondoniense. Me parece que apresentar propostas
exequíveis, não mentir tanto, pode ser uma boa estratégia, já que o eleitor está
atento. Quem for arrogante terá que fingir que é meiguinho!
Caros marqueteiros
Queria
alertar aos marqueteiros de plantão nesta campanha a necessidade de se levar em
conta as tendências das Zonas Leste e Sul bem como as suas diferenças. Na Zona
Sul, fruto de invasões comandadas pela então vereadora Raquel Cândido, está
concentrada a população mais “minhoca”, famílias da terra, aquelas que saíram de
bairros tradicionais da capital em busca de um cantinho. São mais rondonienses e amazônicos, onde o boi-bumbá e
os arraiais e carnaval são mais fortes. Na Zona Leste predominam os migrantes,
uma miscelânea de paranaenses, gaúchos, goianos, mineiros, baianos, capixabas, nordestinos
etc. E tem muita gente que veio de Ji-Paraná, Rolim de Moura, Humaitá, Guajará
Mirim, Vilhena, Ariquemes e Rio Branco
Via Direta
*** As fazendas rondonienses já padeciam
com o roubo de gado, caminhonetes e maquinário, agora enfrentam o roubo de
caminhões de soja e milho na balsas graneleiras *** A gestação da
Frente Democrática Popular com os partidos da esquerda mal começou e já projeta uma candidatura única pra enfrentar
a direita na capital *** Os nomes
cogitados pra encabeçar a chapa são Celio Lopes (PDT),Vinicius Miguel (PSB) e
Fátima Cleide (PT) *** Na centro direita os alquimistas da campanha da ex-juíza
Euma Tourinho (MDB) garimpa um vice que some na sua campanha. A procura está gerando
conversações com vários partidos interessados em alianças.
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