Quinta-feira, 11 de julho de 2024 - 07h41
Depois
de décadas de avisos da “esquerda” ambientalista de que o descuido com a
natureza levaria ao caos climático, seu prêmio foi ter a extrema-direita, onde estão
os mais declarados destruidores do meio ambiente, vitoriosa nas eleições
francesas.
Que
fenômeno levou os verdes e associados, com seu discurso comprovado pela
realidade, amargar uma derrota tão flagrante nas urnas, a ponto de ter que retirar
seus candidatos da disputa para fortalecer o centro do também fracassado
presidente Emmanuel Macron? Enquanto análises geniais não explicarem o que
aconteceu, resta continuar fazendo perguntas assustadas.
Os
verdes estavam certos: a Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas
sobre a Biodiversidade concluiu que um milhão de espécies de plantas e animais
correm risco de extinção. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
revelou que a temperatura global subiu 1,2°C, resultando em eventos climáticos
extremos: tempestades, calor, secas e incêndios, piorando a perda de
biodiversidade.
Será
que a derrota os pegou no contrapé por ter conquistado milhares de cargos na
política tradicional sem converterem seus avisos em práticas corretivas? O
eleitor achou melhor deixá-los na oposição, onde sabem fazer denúncias com
qualidade. Talvez o problema oculto seja que a política e as eleições, como
elas são feitas, pouco ou nada resolvem para mudar a realidade de fato.
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Ultimas definições
A
poucos dias das convenções partidárias que vão decidir as candidaturas a prefeitos,
vices e vereadores em Porto Velho, ainda existem algumas indefinições no
cenário da eleição de outubro. Depois das desistências de Fatima Cleide (PT),
Marcelo Cruz (PRTB), do recuo de Fernando Máximo barrado no baile do União Brasil,
a formação da coalizão envolvendo o PDT de Celio Lopes com os partidos da federação
Brasil Esperança (PT, PC do B e Partido Verde), ainda não foram anunciadas as posições
do deputado federal Fernando Máximo, que já perdoou o que considerava traição
do União Brasil e de Vinicius Miguel (PSB).
As situações
Do
lado de Fernando Máximo, o que se sabe, é que já teria se acertado com o clã
Carvalho para apoiar Mariana. Aguarda-se o anuncio do acordo, não se sabendo se
seria um apoio direto a postulante do União Brasil, ou referendando um outro
candidato em condições de tirar votos do principal rival da candidatura de Mariana
que é Leo Moraes (Podemos). No caso de Vinicius Miguel (PSB) o que se vê é que
o socialista está mais perdido do que cachorro em mudança. Prospecta até possibilidade
de se converter num neocassolista em Rondônia, numa união com Valdir Vargas.
São coisas ainda embaçadas, mas que vão clarear com as convenções que começam
neste próximo final de semana.
A grande largada
A
largada das convenções começa no próximo sábado, dia 20, com a homologação da
candidata do MDB, a ex-juíza Euma Tourinho, na sede do diretório estadual em
Porto Velho. Lideranças de todo o estado e convidados nacionais estarão
presentes. Acredita-se nos meios políticos, que ela desponta como uma espécie
de terceira via para os dois candidatos que polarizam o pleito, que são Mariana
Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos). Nas minhas primeiras sondagens,
ela atinge mais o eleitorado de Mariana, causando perdas a representante chapa
branca no segmento feminino. Uma esfera onde a ex-juíza floresce mais por
enquanto.
As dificuldades
Mesmo
com tantos apoios anunciados e outros a serem anunciados como “surpresas”, caso
de Fernando Máximo, não se vê a candidata em condições de se eleger em turno
único, como acreditam o prefeito Hildon Chaves, o governador Marcos Rocha, os
magos da articulação dos partidos aliados. Mariana tem dificuldades perante o
eleitorado evangélico, tem elevada taxa de rejeição já aferida em pesquisas,
seu comportamento no episódio da rasteira em Fernando Máximo foi reprovada
e verifiquei que nem todos os hildistas
votam em Mariana, quase a metade dos devotos ao prefeito, considerado um novo
Chiquilito, preferem Euma Tourinho ou Leo Moraes. Tudo isto pesa na balança
para acontecer um pleito em dois turnos.
Bons motivos
Mas
existem bons motivos para se votar em Mariana e que ela ao fim do primeiro
turno desembarque na ponteira. Foi a deputada federal que mais destinou recursos
para Porto Velho em todos os tempos e até a construção da nova rodoviária foi possível
através das suas emendas parlamentares. Avenidas importantes foram urbanizadas
por conta de suas emendas na capital. Lembrando ainda que ela foi uma baita
vereadora, uma grande deputada federal. Tem passado limpo e sua eleição representa
a continuidade da administração Hildon Chaves, o que considero um importante
indicativo de boa governança.
Via Direta
***O aumento das taxas de navegação por
conta da estiagem na região amazônica já afeta os negócios nas hidrovias, encarecendo
o custo de transportes. Uma situação que preocupa os empresários ***A falta de água em Porto
Velho tem sido uma constante desde junho e até a região central tem sido
afetada. A incompetência da Caerd fica mais clara nos meses de verão *** Se a população de Porto Velho está assustada
com o fechamento de lojas e pontos comerciais na região do centro histórico, não
tem acompanhado o que está acontecendo na Zona Leste. Quadras inteiras em avenidas
ligando a Vila Mariana ao Ulysses estão fechadas.
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