Quinta-feira, 12 de agosto de 2021 - 09h53
Com
o governo em eterno clima de comício e a oposição pensando mais no próximo
governo que em resolver os problemas imediatos, o país está preso ao fantasma do
livro “Brasil, País do Futuro”, de Stefan Zweig. O problema central, que se não
for resolvido já vai trazer mais problemas graves ao país, é a péssima imagem
no exterior, que desanima investidores, perturba clientes e espanta
turistas.
A
troca dos desastrados ministros das Relações Exteriores e do Meio Ambiente
deixou de piorar a má imagem, mas uma nova ameaça aparece no horizonte: o
previsível impacto dos documentos do Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) que começam a ser revelados, com foco na
Amazônia e forte cobrança ao governo.
Qualquer
erro de gestão, comunicação ou diplomacia vai piorar a imagem já deprimente.
Imobilismo do governo ou interesse da oposição em que o problema só seja
resolvido em futuro governo continuam causando prejuízos em cascata que talvez
se prolonguem ainda por muitos anos.
Credibilidade
é difícil obter e fácil perder. Desde que as obras de Belo Monte ficaram
irreversíveis, em 2010, a imagem do país só piora e nada de eficaz aconteceu em
uma década de desgaste. A polarização “ideológica” e a eleição interminável tendem
a custar muito mais caro que o famigerado e já descartado voto impresso.
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A terceira via
Discute-se
em todo o País, diante da insatisfação com a performance do atual presidente
Jair Bolsonaro e a grande rejeição do seu adversário, o ex-presidente Luís
Inácio Lula da Silva, a criação de uma terceira via capaz de enfrentar com
chances a polarização estabelecida no Brasil. Além do ex-ministro Ciro Gomes
(PDT) já em campanha, propala-se nomes do quilate dos ex-ministros Sergio Moro
(Justiça), Luís Henrique Mandetta (Saúde), do apresentador de televisão José
Luiz Datena, dos tucanos João Dória (SP), Eduardo Leite (RGS), entre tantos outros
nomes ventilados.
As cracolandias
Um
grave problema que vem atormentando Porto Velho nos últimos anos são as
cracolandias espalhadas por toda a cidade. Tanto o governo estadual como a
prefeitura de Porto Velho ignoram a existência de um drama social que tem aumentado
ano a ano. O tema também não é levado a sério pelos 21 vereadores da capital e
pelos deputados estaduais e federais com base na cidade. Os políticos só
enxergam o próprio umbigo enquanto os núcleos formados por noiados, bêbados e
mendigos em tantos quadrantes da capital geram situações de insegurança
chegando até causar o fechamento de uma agência bancaria nos arredores da
rodoviária.
As explicações
Nem
todos os oito deputados federais de Rondônia, que votaram a favor da PEC do
voto impresso são bolsonaristas. A votação em bloco tem algumas explicações:
Rondônia é um dos únicos estados bolsonaristas de raiz ao lado do Acre e Santa
Catarina, estados que deram as maiores vitorias ao atual presidente. Então, alguns
parlamentes temiam desgastes com suas bases.
Também existe o fato dos deputados de nosso estado proporcionar este
agrado ao Palácio do Planalto para a liberação de recursos de emendas
parlamentares importantes nos projetos de reeleição deles, no velho estilo toma-lá-da-cá.
Fogo com gasolina
Se
vê que o secretário de estado da saúde Fernando Máximo gosta de apagar fogo com
gasolina. Sua declaração dando conta que Rondônia está entre os piores estados
em vacinação do covid por causa das prefeituras é para caçar encrencas ao invés
de criar conciliações. Se algumas municipalidades não estão dando conta do
recado, que a secretaria estadual ajude, que desenvolva programas locais. O
jogo de empurra gera mais desgastes para o governo do estado e aos prefeitos
rondonienses, muitos já estão
trabalhando até nos finais de semana, como Hildon Chaves em Porto Velho.
Ainda inibidos!
Depois
que o atual governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e possível candidato
a presidência da República assumiu sua condição de homossexual acreditava-se
que os políticos de Rondônia adeptos do segmento assumissem a identidade de gênero
aproveitando o ensejo. No entanto, pelo fato do estado de Rondônia ser um dos
três estados contando com maior contingente de eleitorado evangélico – ao lado
do Rio de Janeiro e Espirito Santo – e, por conseguinte muito conservador, os políticos
(as) gays não tiveram coragem de se assumir. Mas nos bastidores da política
todo mundo sabe quem é quem...
Via Direta
*** A desaceleração da pandemia do Covid
reduziu sensivelmente os trabalhos dos coveiros no Cemitério de Santo Antônio
em Porto Velho ***
É a vacinação na capital rondoniense já fazendo a diferença em termos de
números de internações, intubações e óbitos pela doença *** Viajar pela BR 319, depois do trajeto asfaltado até Humaitá é
enfrentar poeira e fumaceira até o talo. É o calorento verão amazônico, torcida
brasileira *** As esferas de saúde de Porto Velho e do governo do estado
não se entendem a respeito dos números divulgados sobre a vacinação em Rondônia
*** A insegurança aumenta nos conjuntos
habitacionais da capital *** O índice de roubos, arrombamentos, assaltos e a disputa
pela venda de papelotes de drogas feita a balaços *** Aonde vamos parar com
tanta violência?
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