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Carlos Sperança

Mesa farta + As dobradinhas + A regionalização + As coalizões


Mesa farta + As dobradinhas + A regionalização + As coalizões - Gente de Opinião

Mesa farta

Sem novidades, ano de eleição parece comercial de margarina: família feliz, nenhum boleto à mesa, ninguém tosse ou reclama do desemprego. A proximidade do pleito geral faz do ano um manancial de grandes planos, as promessas mais encantadoras e os homens públicos mais gentis e honestos, cuja máscara só cairá depois que os marqueteiros forem liberados para voltar às propagandas de margarina e os eleitos tomarem posse.

Uma das tarefas principais dos patriotas vigilantes, na sociedade civil, na imprensa e também nos bons meios políticos é não aceitar que as promessas de um futuro maravilhoso atropelem o andamento dos programas e planos anteriores já em curso. De resto, zelar pelo cumprimento das leis vigentes, a começar pela Constituição, fará a diferença quando o nome de cada um passar à história para honra ou vergonha de seus netos.

Programa que merece zelo e foco permanente é o Plano de Recuperação Verde, elaborado pelo Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, que tem como integrantes os estados de Rondônia, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima e Tocantins. Zerar o desmatamento ilegal até 2030, combater as desigualdades, gerar empregos em floresta e cidades, completando com a transição a uma economia verde com tecnologia de ponta e boa imagem no mundo são um prato cheio. A missão de todos é levá-lo de fato à mesa dos eleitores.

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Eleições 2022

O que se especula por aí é que as chapas em dobradinhas de presidenciáveis e governadores já vão se formando para as eleições do ano que vem. Em Rondônia, o presidente Jair Bolsonaro deve ficar em cima do muro no primeiro turno, entre as candidaturas do atual governador coronel Marcos Rocha (Aliança Brasil), do ex-governador Ivo Cassol (PP) e do atual senador Marcos Rogério (PL). No MDB, o postulante ao CPA Confúcio Moura tem como sua candidata a presidência a senadora Simone Tebet (MS). Sendo candidato, o tucano Hildon Chaves, prefeito de Porto Velho, terá João Dória, atual governador de São Paulo como seu presidenciável.

As dobradinhas

No caso do lançamento ao Palácio Rio Madeira do deputado federal Leo Moraes (Podemos), que depende de uma decisão do seu padrinho político Ivo Cassol, temos o juiz Sérgio Moro, que diga-se de passagem é odiado por petistas e bolsonaristas. O PT diz que ele é um juiz venal, os bolsonaristas o consideram um “traidor”. O presidenciável Luís Inácio Lula da Silva terá como seu candidato a governador em Rondônia, o ex-deputado federal Anselmo de Jesus, uma liderança política criada na BR, com domicilio eleitoral em Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral do estado.

A regionalização

Nestas dobradinhas formadas por presidentes e governadores nos estados também existem os candidatos ao Senado no mesmo pacote. Em Rondônia, o candidato ao Senado do presidente Bolsonaro é Jayme Bagatolli (Vilhena). Do presidente Lula, o postulante a vaga do senador é Ramon Cujui (Porto Velho), da emedebista Simone Tebet, o ex-governador Valdir Raupp. Do presidenciável do PSD, Rodrigo Pacheco, o ex-senador Expedito Junior, do candidato a Presidência do Podemos, Sergio Moro pode ser o atual deputado federal Leo Moraes (no caso de Ivo Cassol confirmar sua candidatura ao governo estadual), do presidenciável tucano João Dória Expedito (Rolim de Moura) ou Hildon Chaves (Porto Velho).

A configuração

Como se sabe, na configuração acima largam na frente em polarização a presidência da República o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula. Se pintar uma terceira via, o que se vê crescendo Brasil afora é o juiz Sérgio Moro (Podemos). Ao governo estadual o favoritismo para uma eleição em dois turnos são os ex-governadores Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) e Confúcio Moura (MDB-Ariquemes). Ao Senado acredita-se que Valdir Raupp (MDB-Rolim), Expedito Junior (PSD-Rolim) e Jayme Bagatolli (PL-Vilhena) tenham a ponteira na disputa da única cadeira disponível. Amir Lando (Porto Velho) e Daniel Pereira (Cerejeiras) estão órfãos de candidatos a presidência e a governadores por enquanto.

As coalizões

Nas coalizões em federações de partidos a peleja das oito cadeiras a Câmara dos Deputados de Rondônia, me parece que o agrupamento em apoio ao governador Marcos Rocha (Aliança Brasil) desponta com a maior força, em condições de eleger até três representantes. Para tanto ele está lançando uma carrada de secretários do seu primeiro escalão que já começam a se desincompatibilizar em janeiro. Entre eles, o astro da atual gestão Fernando Máximo (Saúde) que pinta entre os mais votados no estado. Na capital, os tucanos têm na mão um diamante a lapidar, Ieda Chaves fazendo frente a Mauro Nazif, Mariana Carvalho e coronel Crisóstomo.

Via Direta

*** Os rios da Amazônia começam a subir já causando preocupação aos ribeirinhos dos estados do Amazonas, Acre e Rondônia *** Depois de um verão com uma estiagem brava que reduziu os níveis dos lençóis freáticos na região Norte, está chegando o auge de um inverno amazônico (período de chuvas) de arrepiar *** Uma caçamba de entulhos a  R$ 200,00 ou uma carga de aterro a R$ 360,00 em Porto Velho. O ferro tem dobrado de preço. As vidraças em blindex em alta *** É o custo da construção civil, já que um milheiro de tijolos passa dos R$ 550,00 e o de telhas de barros razão de R$ 4.500,00 *** Tudo isto encarecendo os custos e pode jogar os preços dos imóveis lá em cima no decorrer de 2022 *** Vamos ver como o mercado imobiliário vai se comportar com esta nova realidade de preços a partir do ano que vem.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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