Quinta-feira, 13 de abril de 2023 - 08h30
O
dinheiro é mais jovem que o roubo, mas desde que existem padrões de riqueza
seus lastros e garantias em papel e metal são alguns dos alvos principais dos
ladrões. Não tardou também para as autoridades cunharem o mantra “siga o
dinheiro” para achar os culpados. Com a tecnologia e as modernas técnicas de
investigação, segui-lo ficou mais fácil. Reavê-lo é a questão, pois demanda
tempo e é preciso juntar provas.
Só
a Operação Sisaque da Polícia Federal, investigando o contrabando de ouro na
Amazônia, mirou o bloqueio de mais de R$ 2 bilhões dos investigados. Se a fonte
secar, os criminosos não levarão mais vantagem em cometer crimes ambientais,
mas dinheiro bloqueado não significa exatamente dinheiro recuperado. Nem tudo que
um ladrão tem no bolso vem só do roubo e há sofisticados esquemas de lavagem
que maquiam a trajetória dos bilhões entre o veio mineral e o bolso final.
O
número aproximado de R$ 2 bilhões revela a limitação do alcance do braço da
lei, pois segundo os dados fornecidos pelas autoridades, do início de 2020 até
o final de 2022 as emissões de notas fiscais eletrônicas fraudulentas teriam superado
a marca dos R$ 4 bilhões, equivalentes a cerca de 13 toneladas de ouro levado
ilegalmente. Como todo caminho começa pelo primeiro passo, pôr tranca na porta
já é um bom começo. Vale o ditado popular de que a parte mais sensível do corpo
humano é o bolso.
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Tigres no capão
No
âmbito governista é muito tigre (e tigresas) no mesmo capão para a disputa da
prefeitura de Porto Velho no ano que vem e todo mundo com as garras afiadas.
Além do deputado federal Fernando Máximo, cantado em prosa e verso, tem a
deputada federal Cristiane Lopes e agora Junior Gonçalves, atual chefe da Casa Civil,
nome que tem crescido muito nos últimos anos e é considerado um baita
articulador, um dos principais responsáveis pela reviravolta do governador Marcos
Rocha em cima de Marcos Rogério no pleito do ano passado. Não bastasse ainda
tem Leo Moraes e Mariana Carvalho na base aliada.
Disputando apoio
Todos
os nomes citados disputam o apoio do governador Marcos Rocha (União Brasil)
para a peleja da prefeitura de Porto Velho no ano que vem. Com certeza Fernando
Máximo e Junior Gonçalves são os dois nomes favoritos para conquistar o apoio
do CPA e todo mundo já está de cabelo arrepiado diante da possibilidade do mandatário
Rocha apoiar Junior Gonçalves a prefeito e seu irmão, o vice-governador Sérgio
Gonçalves a governador no pleito de 2026, afiando o punhal da traição nos
demais candidatos e causando uma grande cisão nos meios governistas.
Buscando legenda
Nos
meios políticos, já não existem dúvidas que o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves
(União Brasil) vem forte para disputar a sucessão do governador Marcos Rocha.
Também nos bastidores já se sabe que para ser candidato ao governo deverá deixar
o União Brasil, sob o controle do governador Marcos Rocha que está inclinado a
apoiar Fernando Máximo ou Junior Gonçalves a prefeitura de Porto Velho no ano
que vem e seu vice-governador Sergio Gonçalves ao CPA em 2026. Por conseguinte,
Hildon Chaves se inclina para voltar ao PSDB, que ele já tem o controle ou
ingressar numa legenda bolsonarista.
O rompimento
Por
tudo o que está acontecendo a grande aliança formada pelo governador Marcos
Rocha se arrebenta ainda em meados do ano que vem, com tantos interesses
dispares entre os partidos integrantes da sua base aliada. Grandes amiguinhos,
pulando cirandinha, como Hildão e Rochão poderão se transformar em adversários,
de acordo com as circunstâncias e seus interesses daqui para a frente. Tem
alguns candidatos já com muita sede ao pote e o quanto antes colocarem seus
nomes na peleja, mais cacete vão receber desde agora. A palavra de ordem é
taca-lhe o pau nos favoritos. É só sair da toca e o pau vai cantar e quem tiver
rabo de palha que se cuide.
Pela esquerda
Neste
início de campanha para 2024 em Porto Velho se percebe que os nomes da esquerda
e centro esquerda estão em baixa e não figuram na lista de favoritos para a sucessão
de Hildon Chaves. O nome melhor posicionado, entre socialistas, petistas,
pedetistas, comunistas é o ex-prefeito Mauro Nazif. Os petistas Fatima Cleide, ex-senadora
e o dirigente Ramon Cujui, entre os esquerdistas e o eterno candidato Pimenta
de Rondônia patinam nas primeiras sondagens eleitorais. Mais provável que todos
se unam em aliança com Mauro Nazif.
Via Direta
*** A crise no União Brasil é mais um problema para ser administrado pelo presidente Lula para sua governabilidade. Enquanto isto foi buscar mais exportações de carne bovina e de frangos na China e nos países árabes *** O UB rachou de vez e se transformou numa casa da mãe Joana na esfera federal. Em Rondônia segue tudo nos conformes com o governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves pulando cirandinha e já tocando projetos para 2026 *** O governador Marcos Rocha criou um monte de secretarias com tantos cargos comissionados e ainda não conseguiu atender o apetite dos seus partidos da base aliada. É coisa de louco *** Haja dinheiro público para atender tantas nomeações pedidas por deputados e aliados.
Nosso folclore
Os
planos cebolinhas
Sabe-se
que a política não é uma ciência exata, portanto sujeita a tantas mudanças de
última hora contrariando estimativas e as vezes até institutos de pesquisas
honrados. Na política proliferam os planos cebolinhas, como dizia o mestre
Odair Cordeiro, já falecido, e as uniões consideradas imbatíveis acabam redundando
em poderosas alianças tombando gloriosamente para o deleite dos adversários
envolvidos nas pelejas. O risco de fracasso é maior ainda quando se juntam
forças adversárias, com cujas bases não se misturam.
Um
dos casos mais interessantes neste sentido foi a união do então prefeito de
Porto Velho Carlinhos Camurça com seu então adversário Mauro Nazif. Fizeram as
contas, tantos votos de um somados a tantos sufrágios do outro, se
contabilizavam cerca de 130 mil votos e uma consagradora vitória nas urnas para
Nazif. A aliança não deu liga, as bases se revoltaram brigando entre si e Nazif
acabou protagonizando um baita vexame nas urnas. O Dr. Mauro ainda se
recuperaria daquele insucesso em eleições futuras a prefeito e a deputado
federal. Camurça de lá para cá não ganhou mais nada, colecionando peias nas
urnas, mesmo tendo sido um prefeito eficiente.
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