Quarta-feira, 25 de agosto de 2021 - 08h24
Para
os místicos, agosto é um mês azarado para o Brasil. Vários exemplos na história
mantêm o preconceito. Os mais assustadores foram o suicídio de Getúlio Vargas
em 1954 e a renúncia de Jânio Quadros em 1961. Seja como for, verifica-se neste
mês uma movimentação incomum de ministros. Felizmente, parecem inclinados a
apaziguar os ânimos exaltados.
Bombeiros
dos incêndios alimentados pelos radicais do governo e da oposição, os ministros
procuram ajeitar o cargueiro na difícil viagem das crises sanitária, econômica,
climática e ambiental. A fogueira, neste caso, deixa de ser figura de linguagem
com a projeção de que se as emissões de gases do efeito estufa não forem reduzidas
o aquecimento vai piorar o clima em todo o país, situação que não pode mais ser
negada.
O
ministro Ciro Nogueira desde a primeira hora busca harmonia entre os poderes. O
general Braga Netto, ministro da Defesa, revelou paciência de Jó ao ser
inquirido no Congresso, evitando lenha seca nas fagulhas. O ministro Tarcísio
de Freitas, da Infraestrutura, quer respostas adequadas aos problemas
ambientais que afetam a imagem do país. Para assombro de muitos, a volta
abrupta do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, antes de cumprir
importantes missões nos EUA, virou sua agenda pelo avesso. Será ótimo se o
fogaréu diminuir até setembro, pois incendiários irresponsáveis não faltam.
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Eleições 2022
O
Cone Sul de Rondônia não conta com eleitorado suficiente para eleger tantos
candidatos a Câmara Federal já lançados na região e fazendo barulho. Seria melhor
as lideranças políticas de Vilhena e região refazer as suas contas. Depois de
eleger Arnaldo Lopes Martins, Reditário Cassol e Natan Donadon aquela região
deixou de produzir representantes na Câmara dos Deputados nas legislaturas
seguintes e agora, impulsionada pela soja, seu grande vetor econômico, o Cone
Sul vem com tudo para o pleito 2022. Mas está exagerando no número de
candidatos, fragmentando o segmento.
A representatividade
Ainda
sobre as pelejas para a Câmara dos Deputados, com eleitorado equivalente ao do
Cone Sul, a Zona da Mata Rondoniense tem obtido melhores resultados nas urnas.
Atualmente conta com dois deputados federais: Jaqueline Cassol (PP) e Expedito Neto
(PSD). Não é o caso do Vale do Jamari
com maior número de eleitores que o Cone Sul e Zona da Mata. A região tem
fracassado na disputa por representantes à Câmara Federal. A grande Ariquemes quer descontar os atrasos agora na eleição de
2022 projetando candidaturas competitivas, como as do ex-prefeito Thiago Flores
e do ex-deputado Tziu Jidaias.
As manifestações
A
base ruralista do presidente Jair Bolsonaro pretende gerar uma grande demonstração
de força nas solenidades alusivas ao Sete de Setembro em Brasília. Caravanas
rondonienses estão em formação para o acompanhamento das manifestações no
Distrito Federal, algumas ao custo de R$ 1 mil reais por cabeça. Fica combinado
entre as lideranças bolsonaristas no estado que as lideranças dos municípios
que não conseguirem montar os comboios de manifestantes para Brasília, devem se
posicionar nas suas próprias cidades.
A antecipação
A
antecipação do processo sucessório presidencial não interessa ao país, já que
acirra os ânimos, é mais dispendiosa para as esferas federais que trabalham na
reeleição do presidente da República e causa os mesmos efeitos desgastantes nos
governadores dos estados interessados em pleitear o Palácio do Planalto
adotando medidas politiqueiras também. Numa polarização danosa, a classe
política acaba se esquecendo das grandes causas nacionais, como o combate ao covid
que ameaça fugir do controle novamente, a fome, a pobreza, a inflação e ao desemprego
alarmante que toma conta do País.
Dupla afinada
O
prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) e sua esposa Ieda formam uma dupla
afinada na administração de Porto Velho. São eficientes, contam com uma
avaliação positiva da população e se prepararam para enfrentar as urnas no pleito
de 2022. Hildon aguarda definições dos aliados Expedito Junior e Marcos Rogério
e dependendo da situação pode disputar o governo do estado, uma exigência do
Diretório Nacional. Por sua vez, Ieda tem tudo para ascender politicamente e
desbancar lideranças tradicionais em disputa a cadeira da Câmara dos Deputados.
Via Direta
*** A representação feminina de Rondônia
na Câmara dos Deputados, que tem Mariana Carvalho (Porto Velho), Jaqueline
Cassol (Cacoal) e Silvia Cristina (Ji-Paraná) terá forte concorrência de
predadoras com garras afiadas para o pleito de 2022 *** Na Região do Café
e Zona da Mara, a volta de Marinha Raupp (MDB), na região de Porto Velho Ieda Chaves (PSDB) e Cristiane
(Podemos) *** Silvia Cristina não tem
concorrentes femininas fortes na capital da BR, mas pode enfrentar um osso duro
de roer na disputa: o ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires que ainda estuda
o cenário político para se posicionar *** Precavida, a parlamentar da capital da BR está ampliando seus redutos eleitorais para Porto
Velho e Bacia Leiteira e já corre trecho
pelo estado na batalha pela reeleição.
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