Quinta-feira, 4 de julho de 2024 - 07h56
O
meteorologista Carlos Nobre cantou a pedra: “É crucial que iniciativas de
restauração florestal tenham objetivos para além do carbono e vislumbrem a
resiliência das florestas a longo prazo e a própria manutenção das áreas
restauradas em diferentes contextos climáticos”. A chave da afirmação, que
engloba um universo amplo de compromissos, atitudes e práticas, é ter
objetivos.
O
primeiro é contribuir para a salvação do mundo fazendo o que cabe a cada um. Só
o Butão decretar a felicidade não vai fazer o mundo inteiro feliz. Dificilmente
uma pauta abrangente como a defendida pelo cientista Nobre poderá ser aplicada
vitoriosamente em uma sociedade dividida em bolhas radicais que se agridem e
consideram qualquer tentativa de conciliar como traição.
Ter
objetivos significa, segundo ele, que iniciativas de restauração florestal
precisam se pautar em biodiversidade, adotar modelos que se diferenciam das
monoculturas e restaurar com espécies nativas, em vez de exóticas, permitindo
que ecossistemas locais se restabeleçam com base na sua própria biodiversidade.
Se
metade agir nesse sentido e metade negá-lo agressivamente o país vai continuar
com o freio puxado, arrastando-se adiante porque há gente trabalhando e o
empurrando. Restaurar a floresta é tarefa essencial e urgente. Os obstáculos
são imensos e exigem uma ação magnífica, impraticável sem a união da sociedade
em torno de objetivos comuns. Começando por ter objetivos.
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Congestionamento
A região
central pode vir com dois candidatos ao Senado em 2026. A capital da BR tem
Marcos Rogério considerado um candidato natural a reeleição, pelo PL, e agora a
deputada federal Silvia Cristina (PP) já centrada na mesma disputa fazendo dobradinha
ao governo estadual com o ex-governador Ivo Cassol. O que acontece em Ji-Paraná
é um congestionamento de candidaturas no mesmo segmento, num verdadeiro processo
de autofagia política, beneficiando candidatos de outras regiões. Uma situação
que pode deixar a região sem representante no Senado. Urge um nome que una a
todos na BR.
Cães de guerra
Numa
terra dominada pelo narcotráfico, como é o caso de Rondônia, só faltava esta, estimado
cara-pálida: Um confronto entre os traficantes e os selvagens cães de guerra
dos Piratas do Madeira. Expulsos de alguns rios do Amazonas e do Pará, onde se
investiu muito em segurança nos últimos meses, os piratas resolveram invadir currutelas,
roubar ouro e combustíveis dos garimpeiros em Rondônia. Não bastasse, também levam
cocaína já que muitos garimpos em igarapés secundários fomentam o tráfico de
drogas. É coisa de louco, caros aldeões! E ainda temos os Piratas em guerra nos
condomínios com as facções do tráfico.
Frente Democrática
Com
o PT e o PDT já fechados em torno da candidatura de Célio Lopes a prefeitura de
Porto Velho, formando a Frente Democrática, só resta agora esperar o apoio de
Vinicius Miguel (PSB) e Samuel Costa (Rede) para se completar a grande aliança
de esquerda. O PT que lidera a federação Brasil Esperança que une ainda o PC do
B e o Partido Verde já está em campo conclamando pela postulação do candidato
pedetista. São quatro partidos já envolvidos nesta coalizão. Vinicius Miguel
(PSB) e Samuel Costa (Rede) ainda consultam as suas bases a respeito de se
incorporar ao projeto.
Na beira do caminho
Muitos
candidatos à prefeitura de Porto Velho, por um motivo ou outro vão ficando pelo
meio de caminho nesta jornada 2024. O deputado federal Fernando Máximo, como se
sabe, porque levou uma rasteira do seu próprio partido, agora o jovem presidente
da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz (PRTB), impedido por norma legislativa.
A respeito de Marcelo Cruz, o colunista nunca o considerou uma candidatura para valer, ainda mais com o
surgimento do nome de Leo Moraes que devorou grande parte das suas intenções de
votos. Não tinha respaldo para seguir em frente e a primeira desculpa
encontrada, serviu como uma luva para cair fora da peleja.
Governo rachado
Todos
os indicativos apontando que o vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil)
ao assumir a titularidade do Centro Administrativo no lugar do atual,
governador Marcos Rocha no ano que vem sairá a reeleição, preterindo na aliança
o atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves. Sérgio Gonçalves já está
percorrendo os municípios, participando dos grandes eventos, fagueiro como um
futuro governador. Não tem mais como esconder o racha governista, pois
Gonçalves e seu grupo político não tem interesse na vitória de Mariana Carvalho
a prefeitura de Porto Velho, pois o sucesso da ex-tucana, fortaleceria as
pretensões de Hildão em 2026.
Via Direta
***
O governo de Rondônia segue reforçando
a segurança pública com armamentos e mais veículos, totens espalhados nos
pontos críticos pela periferia, etc. Mas não isto não tem impedido as mortes ocasionadas
pelas ações criminosas na capital rondoniense *** Com os dias escaldantes
de verão, o prefeito Hildon Chaves vai retomando a popularidade perdida no
inverno amazônico, quando chuvas torrenciais transformaram a região da Vila
Sapo numa verdadeira Porto Alegre tomada
pelas alagações *** Hildão também,
investe forte em drenagem para domar pontos desgastantes das alagações ***
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