Sexta-feira, 3 de janeiro de 2025 - 07h20
A atriz
libanesa Wafa’a Celine Halawi, ao final das filmagens de “Retrato de um Certo
Oriente”, obra do cineasta Marcelo Gomes, decidiu tatuar em seu corpo a palavra
que ela afirma representar o que é a Amazônia para ela: “Liberdade”. Quando se
pensa que essa palavra é só um sonho nas regiões em guerra, onde as pessoas se
veem obrigadas a abandonar os lares e se sentir prisioneiras do medo, da
política e da indústria armamentista, entende-se por que a talentosa atriz
disse ter encontrado esse inestimável valor humano durante as filmagens na
floresta.
“No
Brasil, senti uma liberdade que eu não conhecia”, disse ela. “Uma liberdade em
termos de energia. Senti que almas eram livres. Me marcou muito e a Amazônia te
oferece isso. Ali, passei a ser apenas um ser humano. O espírito da Amazônia
não quer saber se você é muçulmano, cristão. Com o poder do amor, podemos
superar todas as divisões que, num lugar como a Amazônia, são apenas ilusões”.
Ela,
que nasceu em Dubai e morou na França e em Beirute, fez de sua presença no
Brasil uma síntese do que viu pelo mundo. Para ela, a guerra pelos recursos
naturais na floresta é a face local dos conflitos que atualmente incendiam o
Oriente Médio. O filme conta uma história romanceada pelo escritor Milton
Hatoum, que tem como pano de fundo o choque sentido pelos imigrantes libaneses
ao penetrar na Amazônia e participar de seu progresso.
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Uma nova era
O
prefeito Leo Moraes assume o compromisso de uma nova era na capital
rondoniense. Na cidade que ele denomina a “Princesinha do Norte”, ainda existem
as fezes pululando nas ruas, abastecimento de água precário (menos da metade da
população de Porto Velho é atendida) e coleta de esgoto quase inexistente. Terá
que trabalhar intensamente para combater as alagações e já no primeiro temporal
levará pedradas nos bairros da Zona Leste. Temos a capital lascada, com
elevados índices de criminalidade, tomada pelas facções criminosas, muitos
feminicidios, e de fumaçarada insuportável no verão. Muito a fazer na regularização
fundiária, mobilidade urbana, etc.
100 dias
Sobre
os primeiros 100 dias de gestão, Leo Moraes enfatizou todos esforços dedicados
a recuperação da saúde pública em vista do caos instalado no município,
faltando até medicamentos nos postos de saúde. Também anunciou toda mobilização
para enfrentar a questão das alagações em Porto Velho nos bairros mais
atingidos, unificando os trabalhos de várias pastas. Reclamou das fake News
para intrigar a nova gestão com a população, como ocorreu no caso da
“desinauguração” da nova rodoviária noticiada por alguns setores da imprensa. A
intriga foi grande e houve uma revolta generalizada por conta disto na
cidade.
Boas medidas
Leo
começou bem sua gestão extinguindo a taxa de entrada no Complexo da Estrada de Ferro
Madeira Mamoré, corrigindo um equívoco legado por Hildon Chaves. Também tem
como meta urgente instalar a Guarda Municipal. A Guarda é uma necessidade
urgente para unir esforços com as esferas estaduais e federais para dar um jeito
nesta segurança pública que enfrenta duros confrontos com as facções criminosas
que se adonaram da capital rondoniense. Leo abriu sua gestão com ações do
programa cidade limpa com drenagem e limpeza dos canais e igarapés.
Eleições 2026
Já
se fala nas eleições 2026, com pretensos candidatos à Presidência da República,
governadores, senadores, deputados estaduais e federais. Todo mundo se
movimentando já esquecendo rapidamente a posse dos prefeitos nos 52 municípios
rondonienses. Também temos alguns nomes em alta para 2026. É o caso do ex-governador
Ivo Cassol (PP) considerado favorito para a corrida do Centro Administrativo em
2026, caso regularize sua situação com a justiça. Em Porto Velho não tem tanta
força, mas no interior do estado, onde estão concentrados dois terços do eleitorado
rondoniense, é o cara. Ivo está entrando em cena e já correndo trecho.
Lideranças históricas
Das
lideranças históricas ainda em atividade, poucas estarão disputando as eleições
em 2026. Uma delas é o ex-deputado estadual e ex-senador Amir Lando, o único
rondoniense que conseguiu galgar o cargo de ministro por Rondônia. Já setentão,
lúcido e com uma larga folha de serviços ao estado Amir teria muito a oferecer
a Rondônia no Congresso Nacional como deputado federal, melhorando a qualidade
da atual bancada. Afinal, urge melhorar nossa representatividade em Brasília.
Vamos ver se consegue sua ressurreição política, já que muitos acham que ele
está decadente no campo político.
PL reforçado
Com
a volta de Eyder Brasil a Assembleia Legislativa de Rondônia, beneficiado pela
posse do deputado Afonso Cândido na prefeitura de Ji-Paraná, o bolsonarismo se
reforça ainda mais na casa de Leis de Rondônia. Eyder foi empossado na última
quinta-feira, no gabinete do presidente da casa, Marcelo Cruz que, por sua vez,
no mês que vem, será substituído pelo deputado Alex Redano (Republicanos) que
vem com força renovada depois da vitória da esposa Carla Redano a prefeitura de
Ariquemes já empossada. Eyder já volta pensando na reeleição no ano que vem.
Dois périplos
O
prefeito que saiu, Hildon Chaves e o que entrou, Leo Moraes peregrinaram pelos
meios de comunicação nos últimos dias. O primeiro para destacar suas obras,
enfatizar 800 quilômetros de pavimentação, a nova rodoviária inaugurada, que
deixou muitos milhões em caixa para seu sucessor, etc. O segundo, percorreu as
emissoras de rádio e televisão, para falar dos seus primeiros 100 dias, reclamar
que a herança financeira não é tão boa, e que os recursos recebidos são ínfimos
e não os quase R$ 500 milhões falados pela gestão anterior. É previsível o
início de uma guerra entre as duas administrações. Leo se diz vítima de fake
News que provavelmente são oriundas de gente ligada a gestão anterior.
Via Direta
*** O MDB de Confúcio Moura e o PSB de
Mauro Nazif participam da administração do novo prefeito Leo Moraes. O MDB, com
a ex-juíza Euma Tourinho, o PSB com Vinicius Miguel *** Muitos petistas presentes,
prestigiando a posse do novo prefeito em busca de alguma boquinha. Com certeza
alguns deles serão escalados ***
Presente ao evento de posse de Leo, o deputado federal Fernando Máximo (União
Brasil) disse que ainda não definiu seus rumos para 2026. Inicialmente é
candidato a reeleição *** Coube ao advogado Canedo dar em primeira mão a decisão
de Leo Moraes em cancelar a taxa de cobrança de entrada ao museu a Estrada de
Ferro Madeira Mamoré. Bem prestigiado.
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