Sexta-feira, 15 de outubro de 2021 - 14h50
A
vigilância sobre a Amazônia por meio das artes não é coisa nova. Desde a
inauguração do Teatro Amazonas, em 1896, a região estabeleceu sólidas relações
com artistas do mundo todo. Mas não deixa de ser surpreendente a informação de
que a orquestra brasileira BIO (Burned Instruments Orchestra, Orquestra de
Instrumentos Queimados) promove apresentações na Europa que se destacam pela
originalidade: o uso de madeira queimada na região na composição dos instrumentos.
A
estreia se deu no Festival Culturescapes 2021 Amazonia, com eventos
distribuídos pela Suíça, França e Alemanha. É mais um reforço ao batalhão de
cientistas e ambientalistas que por satélites ou pesquisas de campo se somam à
mídia e às redes para manter a Amazônia em evidência pelo planeta. Pode-se
gostar ou não da música feita pela orquestra de instrumentos queimados, ouvi-la
ou evitá-la, mas será impossível fugir de um novíssimo instrumental de
vigilância sobre a região que não depende de gosto ou preferência e não se pode
simplesmente refutar como opinião contrária: os modelos matemáticos.
Mais
um torpedo da ciência contra o descuido com o clima, começaram avisando que
multidões amazônicas estão sob risco de calor extremo nas próximas décadas. Quem
preza os filhos e netos não pode ignorá-lo. É o tipo da aposta em que pagar pra
ver custará muito caro. Quem apostou contra a pandemia perdeu.
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Eleições 2022
Teremos
uma eleição em Rondônia no ano que vem repleta de incertezas. O cenário
político estadual está todo nublado para o pleito de 2022 por conta das novas
regras eleitorais, do racha do bolsonarismo envolvendo pelo menos três candidatos
alinhados com o presidente na busca do CPA Rio Madeira. Não bastassem tantas
incógnitas ainda temos a janela partidária que se abre em março, permitindo aos
parlamentares a troca de siglas, sem a justa punição definida pela legislação
eleitoral. Com tantas indefinições fica muito difícil apontar caminhos, definir
pesquisas. São tantas as indagações ainda sem respostas e algumas só devem
ocorrer nas convenções de julho.
Terras caídas
O
fenômeno das terras caídas – erosão com desbarrancamento dos rios – cresceu 67
por cento com relação aos anos anteriores na calha dos rios Madeira, Purus, Solimões
e Amazonas. Os municípios mais atingidos pelo evento no Amazonas são Parintins,
Amaná, Tabatinga, Amaturá e Tonantins. Em Rondônia, os distritos da zona ribeirinha
de Porto Velho, como São Carlos e Calama tem sido as maiores vítimas do evento.
Novos núcleos urbanos foram projetados para atender suas populações por orientação
do Ministério das Cidades ainda em 2015, mas até gora não saíram do papel,
assim como as prometidas barreiras de contenção na orla do Rio Madeira..
Ciro x PT
Na
busca de se firmar como uma terceira via viável, o presidenciável do PDT Ciro
Gomes desferiu ataques estratégicos aos petistas despertando a ira de Lula,
Dilma e cia. Mas não tem nada de transloucado no ato, como se propalou em
alguns círculos de esquerda. A medida é respaldada em pesquisas criteriosas e é
interessante para ele (pelo menos neste momento) se colocar como um antipetista,
pois quem tem reinado neste segmento é apenas o presidente Jair Bolsonaro.
Portanto o marketing de Ciro apontou um caminho, ou seja, atrair um naco dos
antipetistas para seu balaio pode fazê-lo crescer nas pesquisas. Se fazer
amiguinho do PT, seria ficar a reboque de Lula e estacionar nas sondagens
eleitorais. E no segundo turno são outros quinhentos.
A imigração
Só
no primeiro semestre deste ano os americanos barraram cerca de 21 mil brasileiros
na fronteira do México com os Estados Unidos, numa clara demonstração que
estamos diante de uma nova corrida migratória para a terra do Tio Sam. Menos
rígido que seu antecessor Donaldo Tramp com relação a questão imigratória, o atual
presidente dos EUA Joe Biden se verá obrigado agora a reforçar as paliçadas do
País para conter a explosão de indesejáveis brasileiros, haitianos, cubanos,
venezuelanos. Algumas providências já foram tomadas: Biden tem enviado de volta
diariamente aviões lotados de imigrantes expulsos ao Brasil.
No controle
Depois
de dominar fronteiras importantes entre o Brasil e o Paraguai – regiões de Foz
e Ponta Porã – controlando o contrabando, a venda de drogas e de armas pesadas
para os morros do Rio de Janeiro e São Paulo, as facções criminosas voltam suas
atenções para as fronteiras brasileiras com a Bolívia, Peru e Colômbia. Neste
contexto, as facções transformaram Porto Velho numa grande Ceasa do abastecimento
das drogas. A capital rondoniense recebe
cocaína dos países vizinhos abastecendo a região e fomentando uma forte conexão
de drogas com o Nordeste, assim como também remete o pó ao Sul maravilha,
recebendo de lá a maconha paraguaia. É coisa de louco!
Via Direta
*** Voltam os debates sobre a
legalização dos cassinos no Brasil. Caso forem liberados, as viagens de
apostadores com destinos como Assunção (Paraguai), Punta del Leste (Uruguai) e
Las Vegas, nos Estados Unidos vão sofrer uma grande queda *** O ex-senador da
República Amir Lando e o ex-prefeito de Porto Velho Carlinhos Camurça estão
ensaiando volta ao cenário eleitoral no pleito do ano que vem. Já estão na fase
de visitações aos correligionários *** O
ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires (PSB) segue catimbando o jogo sobre sua
participação nas eleições do ano que vem *** Tem sido especulado para disputar
novamente uma cadeira ao Senado, ser candidato a vice de algum postulante ao
CPA de ponteira e até mesmo para disputar uma cadeira à Câmara dos Deputados.
Segue o mistério...
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