Segunda-feira, 28 de junho de 2021 - 10h18
As
tragédias causadas pelas crises simultâneas e combinadas – econômica,
ambiental, sanitária e climática – se prolongam pela falta de entendimento e
consensos quanto às formas de resolução. Brigas e insultos substituem as
exortações de confiança e fé. As utopias cederam terreno às distopias. Em lugar
dos pregadores que prometiam o paraíso, organizações como QAnon prometem o
Apocalipse.
Quando
foi idealizado, há dez anos, o filme Aqua Movie, de Lírio Ferreira, era a
utopia sobre água em abundância. Em 2016, quando começou a ser preparado,
mantinha a confiança na água como redenção e regeneração. Hoje, é visto como o
alerta da crise hídrica que viria e para a qual os líderes não se preveniram.
Como
é possível crise hídrica no Planeta Água e num país cujo subsolo é riquíssimo
em recursos hídricos, nos fantásticos aquíferos Guarani e Alter do Chão? Na
canção À Flor da Terra, Chico Buarque perguntava “o que será que todos os
avisos não vão evitar”. Com mais ou menos chuvas, três palavras e os conceitos
que implicam precisam ser valorizados para alcançar soluções corretas:
consenso, planejamento e governança.
Sem
isso, tudo que se alcança é uma reforma previdenciária que nunca se completa,
privatizações esquisitas como a da Eletrobrás, reforma tributária travada e
política regressiva. Apocalipses diários resultantes da falta de entendimento.
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Cotado para vice
Circula
nos meios círculos políticos que o líder governista na Assembleia Legislativa,
Luizinho Goebel (PV-Vilhena) é um dos nomes mais cotados para ser vice na
campanha de reeleição ao governo do estado do mandatário Marcos Rocha, que
ainda não escolheu um partido, depois que deixou o PSL. Não se sabe se a
informação foi espalhada para queimar ou projetar o nome do deputado para uma
guinada na sua carreira política. De qualquer forma, Luizinho já está na quarta
legislatura na Casa de Leis e é um os raros nomes pitocos na vida pública do
estado, nunca se envolveu em falcatruas.
Falta de decoro
Impressiona
a omissão da Assembleia Legislativa e dos partidos que abrigam os deputados
infratores. O representante Geraldo da Rondônia (Ariquemes), por exemplo está
cansado de faltar com o decoro parlamentar, assediando mulheres, insultando
funcionários públicos e causando confusão. É um representante do Partido Social
Cristão, que embora cristão no nome, não se posiciona a respeito. Outro caso de
legenda omissa é o MDB, com o deputado Lebrão filmado recebendo propinas e
perdoado pela Assembleia Legislativa. Seu partido, o MDB finge que nada
aconteceu. É coisa de louco!
Feiras e esgoto
O
município de Porto Velho peca há décadas com a questão sanitária nas feiras
livres. A maioria delas, cito os casos das feiras da Liberdade, a da Nova Porto
Velho e na região do Cai N’Agua são realizadas vizinhas a canais abertos de
esgoto, com as fezes pululando e um odor terrível. Fico me perguntando que
espécie de alcaides a capital rondoniense tem eleito –infelizmente votei em
vários deles e acabei me desiludindo - nas últimas décadas e constato que a
população tem optado nas urnas por gestores porcalhões negacionistas com
relação a questão sanitária.
Terceiro mundo
Num
contraponto ao moderno Centro Cívico de Rondônia onde estão instalados o Centro
Administrativo, a Assembleia Legislativa os tribunais de Contas, de Justiça e
outros importantes organismos públicos em Porto Velho, temos aspectos terceiro-mundistas,
afora as feiras livres já citadas. Quem desembarca na rodoviária de Porto Velho
já vê um cartão postal às avessas. Chegando pelo porto do Cai N’Água o
visitante terá imundícies a vista, além da cracolândia e refúgios de meliantes.
E tudo ao lado do moderno Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, onde os
urubus fazem morada nas caixas de água metálicas.
A flexibilização
Com
a recente aprovação das alterações da ficha limpa no Congresso Nacional já se
sabe que foi flexibilizada a questão da inelegibilidade dos gestores com contas
rejeitadas e nestes casos a penalidade é substituída por multas. Por conta
deste novo cenário dezenas de ex-prefeitos enrascados com a justiça estão de
volta ao jogo nas eleições do ano que vem e um dos casos pode ser do ex-governador
Ivo Cassol (PP) que foi condenado na época que foi prefeito de Rolim de Moura.
A medida também beneficia tantos políticos envolvidos na Operação Lava Jato.
Via Direta
*** Atiçando a oposição, o presidente
Jair Bolsonaro já está em campanha pela reeleição, com suas motociatas pelo
Brasil afora ***
Dentro em breve também o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva entra nas
paradas com visitações pelos estados numa eleição já claramente polarizada *** A terceira onda da covid está chegando
em território rondoniense, um dos
estados mais atrasados no Plano Nacional
de Imunização em todo País *** Se
constata uma sintonia de incompetência das esferas municipais, estaduais e
federais no combate a peste do
coronavirus ***A Assembleia Legislativa
e as câmaras de vereadores deveriam penalizar os prefeitos acomodados com a
vacinação. Trata-se de uma omissão imperdoável já que envolve a perda de vidas.
Retaliações ao ex-prefeito Hildon Chaves é uma perda de tempo
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