Quinta-feira, 28 de março de 2024 - 07h58
O
jardineiro inglês Eric Lawes procurava um martelo perdido em 1992 quando se
deparou com uma caixa contendo 15 mil moedas valendo US$ 4,3 milhões. Houve
tempo em que tesouros escondidos só poderiam ser descobertos por acaso ou com mapas.
Desde o detector de metal as tecnologias evoluíram até permitir indicações
seguras sobre onde cavar para achar riquezas. No que toca à Amazônia, ela é o
próprio mapa de riquezas que vão tirar o Brasil do atraso e juntá-lo ao time
das nações desenvolvidas.
Os
tesouros amazônicos ainda não são todos conhecidos, mas podem ser resumidos em
uma expressão: biodiversidade. Por falar em mapas, é preciso mapear as notícias
sobre a atualidade de ameaças apocalípticas e crimes ambientais para conjurar
os perigos unindo a sociedade e fortalecendo o poder público. É também urgente
mapear as riquezas já conhecidas e seu potencial em favor dos nossos povos e
dos países que compartilham a floresta e a partir daí traçar novos e melhores
mapas.
É
um caso de estratégia e tática: a primeira consiste em definir a bioeconomia
como o caminho brasileiro para o pleno desenvolvimento e a tática se desdobrará
em utilizar bem os mapas e cenários para obter o máximo de riquezas com um
mínimo de custos. Inclusive das vidas poupadas prevenindo assustadoras
epidemias que a ciência anuncia como consequência óbvia da destruição da
biodiversidade.
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A comemoração
Com
o lançamento de um livro biográfico, o presidente do grupo SGC, Assis Gurgacz,
abriu as comemorações dos 60 anos da Eucatur, em evento realizado em Ji-Paraná
na última quarta-feira. Transmitido também para o Paraná, através da CATV, com
sede em Cascavel, berço das empresas do clã Gurgacz e bem prestigiado por lideranças,
o ato revelou um dos momentos históricos mais importantes, ainda nos idos do
território, quando o então governador Humberto da Silva Guedes cobrou publicamente
do presidente Ernesto Geisel que interrompesse a migração para Rondônia. Isto
diante de centenas de migrantes, em plena inauguração do aeroporto de Vila
Rondônia, atual Ji-Paraná.
Contra migração
Se
dependesse do então governador Humberto Guedes, o crescimento de Rondônia seria
prejudicado. Ele promoveu intensa campanha contra o ingresso de migrantes em
discursos agressivos também em Vilhena e Ariquemes, chegou a cogitar a possibilidade
de montar barreiras na fronteira com o MT, no sul do estado para impedir o
desembarque de colonos, a maioria procedente do Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul. Alegava que a situação era difícil com o apogeu migratório.
Responsável pelo transporte dos colonos, a Eucatur quase foi a falência e teve
que lutar bravamente para reabilitar as suas linhas para transportar os
migrantes E Rondônia disparou.
As possibilidades
Aproximam-se
as convenções partidárias de julho que vão decidir as candidaturas dos postulantes
a prefeitura de Porto Velho e com isto o assunto começa a tomar conta do
cenário político. Cada um faz as suas contas, e eu também faço as minhas. É
possível admitir que o racha dos bolsonaristas em pelo menos três candidaturas
– Fernando Máximo, Mariana Carvalho e Leo Moraes – coloca a esquerda, unida a
centro esquerda com chances de conquistar uma vaga num previsível segundo turno
em Porto Velho. O requisito para a proeza é escolher bem o seu candidato - e se
unir.
Tem histórico
A esquerda
unida com a centro-esquerda tem um bom histórico nos pleitos em Porto Velho. Senão
vejamos: o primeiro prefeito eleito pelo voto direto na capital do estado,
Jeronimo Santana, um ex-guerrilheiro do MR-8, foi eleito pelo MDB. Também José
Guedes, com o perfil de centro-esquerda comandou o Paço Municipal Tancredo Neves
durante quatro anos, filiado ao PSDB. Pelo PSB, com perfil a esquerda, também Mauro
Nazif, derrotou candidatos conservadores. Mais recentemente, Hildon Chaves
venceu candidatos conservadores duas vezes (contra Leo e Cristiane Lopes), sendo
eleito e reeleito pelo PSDB.
Boas chances
Portando
não se pode descartar as chances de uma coalizão da esquerda e centro-esquerda
em Porto Velho. Mesmo porque é uma cidade não tão bolsonarista e com a menor
influência evangélica no estado. Enquanto os evangélicos proliferam no
interior, na capital o segmento não é tão relevante eleitoralmente, ainda mais
com o bolsonarismo dividido como está por aqui. Sempre que um candidato
governista disputa pleitos em Rondônia com a base dividida – seja a prefeitura
de Porto Velho ou ao governo do estado – tem grandes chances de levar bordoada.
Vamos ver como as coisas se configuram nas convenções partidárias.
Contas erradas
Os
governistas, sejam situacionistas municipais e estaduais, fazem as contas acreditando
que o apoio do prefeito Hildon Chaves conjuntamente com o governador Marcos
Rocha, significa uma grande vitória para a ungida Mariana Carvalho. Alguns
dizem que até ficam com pena dos adversários. Não é bem assim, o apoio do tucano
Hildon Chaves ajuda muito, já o comprometimento de Marcos Rocha nem tanto.
Porto Velho tradicionalmente vota contra os candidatos apoiados por governadores
e Marcos Rocha, baita governador no segmento econômico, deixa a desejar muito
na segurança púbica e na saúde.
Um retrospecto
Vejam
alguns retrospectos de governadores levando pau com seus candidatos nas
eleições municipais em Porto Velho. No governo Jeronimo Santana (MDB), ganhou
oposicionista Chiquilito Erse (PFL), no Governo Piana (PRN), deu José Guedes,
no governo Raupp (MDB) deu Chiquilito de novo, no governo Bianco, deu Carlinhos
(PDT), na gestão Ivo Cassol (PP), a supremacia duas vezes de Roberto Sobrinho
(PT), eleito e reeleito. O governador Confúcio também não emplacou prefeito do
MDB. Agora, Marcos Rocha vai tentar quebrar o tabu, emplacando um prefeito (a).
Seu apoio, no entanto, não colabora.
Via Direta
*** Todos partidos estão envolvidos nas articulações de chapas
competitivas para a Câmara de Vereadores de Porto velho*** Sabe-se que 19 dos
21 vereadores atuais vão a reeleição e buscam alternativas viáveis para sus
projetos e otimismo é enorme com o aumento de cadeiras de 21 para 123 na próxima
legislatura ***Os macacos velhos do
legislativo de Porto Velho levam vantagem no pleito mantendo estruturas de
campanha reforçadas e recursos no bolso *** O senador Confúcio Moura e o presidente
regional do MDB Lucio Mosquini ainda não encontraram um candidato competitivo
para disputar a prefeitura da capital ***A
garimpagem dos caciques do MDB continua.
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