Sexta-feira, 16 de outubro de 2020 - 09h30
Para
o deputado Francelino Pereira, a Arena, agremiação que sustentava a ditadura
nos chamados anos de chumbo, era “o maior partido do Ocidente”. Vencia quase todas
as eleições nas capitais e estados, sobretudo nordestinos, até 1976, quando o país
já mergulhava numa crise sem volta.
Acusado
de todos os problemas do país, seu partido decidiu se extinguir, deixando
filhotes que hoje se distribuem entre os partidos do Centrão. Depois de vencer
facilmente eleições no Nordeste por mais de uma década, o PT vive agora um
processo de decadência que poderá levar a sigla à derrota eleitoral em regiões
metropolitanas nas quais sempre foi muito forte.
O
enfraquecimento petista até driblou o Mensalão, mas piorou com o Petrolão e a
Operação Lava Jato, que minaram seu capital político. O desprestígio se deveu a
três causas que foram suas virtudes: pressionado pela sociedade, fortaleceu a
apuração de crimes de corrupção, não limitou a liberdade de imprensa e preferiu
se manter na esfera da democracia, aceitando a alternância no poder.
Beneficiado
pela velha corrupção do “maior partido do Ocidente”, à qual se rendeu ao chegar
ao poder, o PT também sucumbiu a ela e só não vai morrer, como a Arena, se suas
qualidades prevalecerem. Isso inclui vencer o negacionismo: negar os erros
cometidos só vai manter as tendências ao declínio.
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A comprovação
A
pesquisa Ibope comprovou o que foi relatado nesta coluna ainda na semana
passada. O prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) com teto muito baixo
(23 por cento de intenções de votos) e elevada taxa de rejeição, beirando os 34
por cento. Embora liderando a corrida sucessória, estes são indícios, que
desembarcando no segundo turno pode se dar mal contra a oposição. E ele ainda
tem as chuvas e alagações pela frente, pau dobrado dos oposicionistas nas
próximas semanas.
Revertendo o jogo
O
prefeito tucano da capital vai precisar de suar a camisa para melhorar a situação
até o pleito de 15 de novembro. Tem alguns trunfos que precisam ser melhor explorados
pelo seu marketing: Nas tendências e projeções de campanha, constato que se
fala de tudo do alcaide, mas ninguém diz que seja ladrão ou desonesto. Para este
colunista, isto vale mais do que ganhar a eleição. Vamos ver se a inauguração
de obras importantes podem reverter o quadro. Os ingredientes iniciais, no entanto,
são de sofrência até para chegar ao segundo turno.
Voto útil
Já
estamos a um mês da eleição de 15 de novembro. A partir da semana que vem o
eleitorado começa a pensar no chamado voto útil, que seria a escolha do
candidato oposicionista em melhores condições de enfrentar o prefeito Hildon
Chaves (PSDB) no segundo turno. Nesta corrida, Vinicius Miguel (Cidadania)
largou bem e tende aumentar a vantagem sobre os oponentes. Ainda teremos pela
frente o efeito manada nos últimos dias de campanha podendo avariar as asas
tanto de Hildon como de Vinicius para o segundo turno cada vez mais previsível.
Pau canta
O
pau começa a cantar na cabeça do oposicionista Vinicius Miguel, mostrando que realmente
é um nome em ascensão. Ninguém chuta cachorro morto, tampouco acende vela para
defunto ruim. Breno Mendes e cia já no início da campanha tentaram alijá-lo com
uma impugnação repleta de fakes e se deram mal. Os adversários exploram a juventude
do candidato, sua possível inexperiência, taxando ele de cabaço. Mas no currículo
ele é o candidato mais preparado da atual campanha, até com mestrados no
exterior.
Linha de frente
O
pelotão de frente listado pelo Ibope vem com Hildon Chaves (PSDB), Vinicius
Miguel (Cidadania), Cristiane Lopes (Progressistas). E até aí nada de surpreendente.
Mas entendo, que apesar da elevada rejeição o Ibope se equivocou com Garçom
(Republicanos), bem cotado nas Zonas Leste e Sul. Macaco velho, Garçom não está
fazendo feio, apesar de mal afamado perante os formadores de opinião.
Via Direta
*** Manaus que foi a primeira grande
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cuecas, em sacos, em malas e até em
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estão soltos, perambulando por aí. É coisa de louco!
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