Segunda-feira, 5 de julho de 2021 - 09h56
A
campanha eleitoral antecipada (ou permanente) faz mal aos gestores. Os
relatórios sobre problemas, deficiências e entraves ficam ocultos ou são
maquiados para não armar a oposição. Fica sacramentado que obstáculos e falhas
são negados para que os adversários não usem as dificuldades como propaganda.
Negar,
porém, não desfaz os problemas. Ataques a adversários reais ou imaginários revelam
que a opção de negar a existência dos problemas provém da omissão ou incapacidade
para produzir soluções, mascarada com propaganda acusando demônios e inimigos
de atrapalhar os gestores bons e honestos.
Se
o governo é reeleito, os problemas já se tornaram cânceres. E se a oposição
eventualmente se eleger estará às voltas com sujeira acumulada sob os tapetes
dos palácios, a tal “herança maldita”. Sem ser reconhecidos nem sofrer ações
corretivas, os problemas permanecem e se agravam por inação.
No caso
do ministro do turismo, Gilson Machado, ele prefere negar os problemas a
apontar correções. Enquanto nega e deixa os turistas mais desconfiados, o mundo
se assombra com estudos apontando o alto poder de destruição da seca na
floresta, piorando o clima. O negacionista dirá que se há inundações não é
preciso se preocupar com seca. Quando ela voltar, basta dizer que mais
inundações logo virão. Como o cinismo não dá boa gestão, negar problemas resultará
em mais desastres.
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Um novo JK
Na busca
de uma terceira via para enfrentar o atual presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), o PSD acena com um
novo JK, aquele que construiu Brasília, abriu estradas integrando o País e
modernizou a indústria brasileira nos anos 60. Trata-se do senador Rodrigo
Pacheco (MG) da bancada federal mineira, mas rondoniense de nascimento, já que
nasceu em Porto Velho, nas dependências da antiga garagem da Eucatur (que
atualmente abrigam o jornal Diário e Rede TV) onde seu pai tinha residência
como diretor da empresa nos anos 70.
Clã Carvalho
Constato
o prestigio do Clã Carvalho (Aparício, Mariana e Mauricio) no plano político em
Porto Velho com as esferas nacionais. Os ministros que chegaram neste ano por
aqui, passaram antes de tudo em visitação pela sua Faculdade, A FIMCA, além da
recepção ao senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro em
recente visita à Rondônia. Os Carvalhos são tucanos, mas se aproximando muito
do clã Bolsonaro estimulando especulações políticas de toda ordem, até de uma
aliança regional para as eleições do ano que vem.
A confissão
A
recente confissão do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, sobre sua
homossexualidade, abre as portas para os políticos rondonienses - e são vários
e várias - atuando nos parlamentos municipais, estaduais e federais – saírem do
armário. Nos bastidores todo mundo sabe quem é quem e não adianta mais viver às
escondidas e fingir o que não é. No Paraná, o prefeito de Curitiba Rafael Grecca,
“acusado” de ser gay por alguns adversários, retrucou que não governa com a
bunda e sim com a cabeça. Ser gay não impediu Leite ser governador do RGS e
Grecca ser eleito prefeito três vezes de Curitiba.
E os petistas?
Animados
com a possibilidade de uma nova onda vermelha no País com o crescimento nas
intenções de votos do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, os ex-senadores petistas
Jorge Viana (Acre) e Fatima Cleide (Rondônia) estão recebendo a convocação do
Diretório Nacional para disputar os respectivos governos estaduais. Alianças
também estão autorizadas, desde que não sejam com partidos bolsonaristas, considerados
os inimigos diretos nas eleições presidenciais do ano que vem.
Mãos abanando
A
exemplo de outros ministros que desenvolveram visitações de recreação a Estrada
de Ferro Madeira Mamoré em Porto Velho e ao Forte Príncipe da Beira em Costa
Marques, o atual ministro do Turismo Gilson Machado Neto, compareceu a Rondônia
para uma reunião com secretários estaduais do segmento turístico de mãos
abanando. Lembro que nas gestões do tucano Fernando Henrique, dos mandatos dos
petistas Lula e Dilma foi a mesma balela de visitações sem nenhum avanço para
turismo regional, fato recorrente também no governo Michel Temer.
Via Direta
***
Já refeito de recente operação, o deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO) corre trecho,
voltando as atividades parlamentares que desenvolve com eficiência em todo o
estado *** Como presidente estadual do
PSB ele também articula as alianças do partido para as eleições do ano que vem
e a legenda pode projetar a candidatura do ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo
Pires ao Senado ou até ao governo estadual *** Uma medida que pode tranquilizar
a campanha da atual deputada federal Silvia Cristina (PDT-RO) mais confortável
a reeleição, já que com Jesualdo nas paradas sua base na região central poderia
ser afetada *** O ex-deputado federal
Nilton Capixaba organiza um blocão de candidatos à Câmara dos Deputados em Rondônia,
incluindo sua esposa na peleja, já que ele ainda está inelegível.
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