Terça-feira, 27 de julho de 2021 - 14h04
Os
filósofos argumentaram sem contestação, tantas vezes aconteceu, que a história
se repete. Para Hegel, apenas se repete. Para Marx, repete-se uma vez como
tragédia e outra como farsa.
A
iniciativa dos governadores da Amazônia Legal de captar recursos para a
proteção da floresta repete de certa forma a velha política dos governadores,
tentativa de comprometer os Estados com o governo federal. Com ela, o governo
federal fechava os olhos para os desmandos dos coronéis nos estados em troca do
compromisso dos chefes estaduais de eleger deputados dispostos a apoiar o presidente
no Parlamento.
Sendo
um arranjo artificial, porém, estreitou-se até virar a política do café com
leite, derrubada pela revolução de 1930. A nova política de governadores tem
sinal trocado: sem cunho eleitoral nem o objetivo imoral de matar a oposição, sequer
chega a ser política. A rigor, está mais para pragmática e objetiva: o Plano de
Recuperação Verde elaborado pelos governos dos nove Estados só pretende ir
direto à fonte de R$ 1,5 bilhão travados por equívocos, intransigências,
bate-cabeça ou, resumindo tudo, má gestão do governo federal.
Se
der certo, a nova política dos estados não será tragédia nem farsa, mas a
conquista de quatro objetivos: reprimir o desmatamento ilegal, acelerar a
produção sustentável, apoiar a tecnologia verde e a infraestrutura pró-bioeconomia.
A conferir.
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Obras federais
Algumas
obras federais em Rondônia já estão andando. Na BR-319, que conecta Porto Velho
a Manaus, são vários canteiros de obras e o Dnitt trabalhando na recuperação de
trechos arrasados no período do inverno amazônico. No entanto, outras obras
dificilmente serão iniciadas em 2021, como a ponte internacional de Guajará
Mirim, na fronteira com a Bolívia e a Usina Hidrelétrica de Tabajara, no
município de Machadinho do Oeste, encravada no Vale do Jamari, repleta de
percalços causados pelos entraves ambientais e protestos das comunidades
indígenas da região.
Feiras e fezes
Até
parece que governador, prefeito, deputados e vereadores não tem conhecimento do
que se passa na capital rondoniense. As feiras livres são realizadas ao lado de
canais com as fezes pululando e neste calor dos diabos com uma fedentina
semelhante aos negócios dos políticos que só pensam no próprio umbigo. As
autoridades locais fazem vista grossa a um grave problema sanitário que já vem
de longe e que, pelo que se vê, só deverá ser resolvido em futuras administrações
mais comprometidas com a saúde pública. As atuais deixam a desejar.
O mais jovem
De
todos os presidentes da Assembleia Legislativa de Rondônia até hoje, o mais jovem
eleito foi Marcos Antônio Donadon (MDB-Colorado do Oeste), o campeão de
votos na legislatura eleita em 1994. Na época, seu irmão Melki Donadon que
tinha sido prefeito em Colorado do
Oeste e exercia mandato em Vilhena, tinha grande influência política e já se
projetava em busca da eleição ao governo do estado em 1998. O clã Donadon
dominou a política na região do Cone Sul rondoniense por três décadas e hoje perde
importância perante outro clã local, o clã Goebel.
Grandes traições
Das
grandes traições políticas ocorridas em Rondônia, uma das mais dolorosas foi
praticada contra o governador Jorge Teixeira de Oliveira (PDS) nos anos 80. Foi
graças ao seu prestigio, que o PDS emplacou três senadores e cinco deputados federais
nas eleições de 1982. Anos depois a maioria dos eleitos pelo PDS, que tiveram
as bênçãos de Teixeirão, se voltariam contra ele participando ativamente do
processo de deposição do então governador em 1985, quando foi substituído pelo
emedebista Ângelo Angelim, nome aprovado pela Assembleia Legislativa e
ratificado pelo Congresso. Angelim foi o último governador nomeado.
Os predadores
Raros
predadores políticos se deram bem em Rondônia desde as eleições gerais de 1982.
O modus operandi aqui até hoje, é o predador mostrar as caras, saindo da toca,
e logo em seguida é abatido a pauladas por quem está no poder. Quem não abateu
seu predador natural na política em tempo se deu mal, caso de Jerônimo Santana,
devorado por Valdir Raupp que ascendeu politicamente e tempo depois teve embate
direto com o popular homem da Bengala levando a melhor nas urnas. A eleição
2022 vai opor lideranças emergentes como força predadora.
Via Direta
*** Aumentar a representatividade na Assembleia
Legislativa é a palavra de ordem das lideranças políticas nos polos regionais
mais importantes de Rondônia como Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal e Vilhena *** Ocorre que em algumas
regiões do estado, exceto as de Ariquemes e Vilhena, tem ocorrido grande fragmentação de votos causando prejuízos as
representações locais *** O ex-deputado
Ribamar Araújo assume a cadeira de Aelcio da TV no mês que vem e já está aprontando
a fatiota *** Foi preciso a intervenção da justiça para o Poder Legislativo
estadual aceitar a substituição ***
Sobre as demais punições previstas na Casa
de Leis sabe-se lá para quando *** Rouba-se de tudo em porto Velho.
Depena-se casas, leva-se nas costas pela madrugada de janelas, portões de ferro
e tudo que for possível *** Carece de
patrulhas policiais noturnas, patrulhas corujas que a coisa degringolou!
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