Segunda-feira, 30 de janeiro de 2023 - 08h54
A
persistência do legado do presidente estadunidense John Kennedy, cujo
assassinato completa 60 anos em novembro, comprova que armas matam pessoas, mas
não ideias. Foi dele a mais patriótica sentença já pronunciada: “Não pergunte o
que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país”.
O mundo de Kennedy era um caos, mas foi simplificado pela Guerra Fria, que
tinha dois lados: bastava escolher um.
O
mundo ficou mais complexo por conta da internet, em especial a chamada Deep Web.
O inimigo não está mais a milhares de quilômetros de distância nem é visto por satélites.
Pode estar insuspeito no quartinho do Júnior, no celular que ele não larga e no
wi-fi que o permite acessar ideologias conspiratórias. Pode, também, estar em
enganosas fake news espalhadas por robôs em rede social, fazendo um decente pai
de família desgraçá-la comprometendo a renda dos seus e o futuro com seitas ou
milícias pseudopatriotas e falsamente religiosas.
A
complexidade do mundo atual obriga a desdobrar a sentença de Kennedy em um
sinal de alerta: não pergunte só o que você pode fazer por seu país, mas também
se não caiu em uma armadilha, levado a cometer ilegalidades passíveis de trazer
prejuízos incessantes para a família. Nos dias que correm, até o patriotismo
contém perigosos riscos, pois a Deep Web explora astutamente as frustrações,
medos e problemas das pessoas.
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Longa espera
Depois
de cinco anos fechado, como se sabe foi licitada, para efeito de exploração
comercial da empresa Amazon Fort, todo complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré,
mas existe ainda uma longa espera para seu funcionamento pleno, pelo menos mais
quatro meses. Reformada, a EFMM estava paralisada há quase um ano e ainda teremos
mais um tempão para que volte as atividades turísticas na orla do Rio Madeira.
Ressaltando que o centro histórico de Porto Velho depende muito desta obra para
ser revitalizado e a expectativa do comercio na região é que finalmente a
partir da abertura do complexo a coisa funcione devidamente.
O caso da onça
Depois
de muito tempo tive o prazer de reencontrar o promotor Jackson Abílio, amigão
desde os anos 80. Ele foi um dos protagonistas do famoso caso da onça, aquele em
que o felino teria devorado um passageiro da Eucatur ao descer para fazer suas necessidades
perto de Vilhena. Como não voltou ao ônibus e muitos juravam ter ouvido
esturros de onça no local, foi considerado morto, mas o sujeito apareceu “ressuscitado”
dias depois de caminhar uns 30 KM até Vilhena. Dado como morto pelos passageiros
o caso foi repassado para Abílio em Vilhena, que vendeu o peixe como tinha
comprado ao jornal Estado de São Paulo. Foi um bafafá danado!
Teixeirão bravo!
O
caso da onça foi manchete nos jornais locais e o episódio ganhou o mundo. Jornais,
revistas e redes de televisão abordaram o assunto. Era um caso pitoresco na
colonização rondoniense, idos do território. Como editor eu dei manchete do
assunto no Estadão de Rondônia e envergonhada pelo equivoco a imprensa local
não deu destaque a ressurreição. O então governador Teixeirão ficou tão bravo
na época que admoestou Jackson Abílio lhe acusando de prejudicar a luta do
Território para virar estado. Dei manchete – eu era editor na época – no
Estadão local. Da minha parte, também vendi o peixe pelo preço que me venderam!
Ninhos das facções
O célebre
narcotraficante Marcola, que durante algum tempo esteve hospedado na penitenciária
federal de Porto Velho, já voltou para o presídio federal de Brasília, mas
deixou um rastro do fortalecimento do esquema de tráfico de drogas e de armas
em Rondônia. Ocorre que quando foi deslocado para cá vieram com ele, familiares
e seus principais assessores do crime organizado em São Paulo e Rio de Janeiro.
Alguns tornaram os complexos habitacionais Orgulho da madeira, Morar Melhor e a
região do Cristal da Calama verdadeiros ninhos das facções criminosas em
Rondônia.
Pacheco x Marinho
Está
tudo pronto para a reeleição do deputado federal Arthur Lira (PP-AL) a presidência
da Câmara dos Deputados. Para garantir a rapadura aumentou os valores dos
penduricalhos dos parlamentares para a próxima legislatura além de ampliar a cota
de assessores por cada parlamentar. Confronto mesmo vai ocorrer na eleição da mesa
diretora do Senado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), candidato da coalizão
de Lula vai enfrentar o senador bolsonarista Rogério Marinho no aguardo de
eventuais traições para ganhar o cobiçado posto no Congresso Nacional.
Via Direta
*** Em vista da possível inelegibilidade
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PL já fala com clareza que seu novo projeto será lançar sua esposa Michele
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Hamilton Mourao, ex-vice-presidente e o ex-ministro e senador eleito Sergio
Moro *** É o bolsonarismo rachado desde
já para 2026 *** E impressiona o número
de vira-casacas deixando o bolsonarismo para aderir ao lulapetismo *** A coisa começa pelo Velho da Havan e
vai até Ratinho. Até políticos evangélicos expressivos e fidelíssimos e que que
diziam que Lula era coisa do capeta já trocando de lado.
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