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Carlos Sperança

No fio da navalha + Corrida maluca + Novela da 319 + Ganhando força


No fio da navalha + Corrida maluca + Novela da 319 + Ganhando força - Gente de Opinião

No fio da navalha

O Brasil – e, nele, a ansiosa Amazônia – tem algo a ganhar se houver uma guerra comercial (ou mais que isso) entre EUA e China? Temos que escolher um lado? Na complexa atualidade, as perguntas se acumulam, mas as respostas não podem ser dadas antes de criteriosa e profunda análise de cenários e opções.

Neste momento, e assim será até novembro, data das eleições presidenciais nos EUA, o cenário é de guerra. Um cenário até ridículo, a considerar a ofensiva sobre o TikTok chinês, moda nos EUA. Acuado pelas pesquisas negativas, o presidente Donald Trump aposta no nacionalismo básico.

Essa condição, entretanto, não impede uma resposta objetiva para a primeira pergunta. A resposta é que o Brasil perde com qualquer guerra. Precisa de um cenário de paz para resolver seus problemas, dentre os quais equacionar o processo de desenvolvimento da Amazônia e acertar o passo da economia nacional. As duas metas requerem bom trato com os clientes e os investidores, o que facilita a resposta para a questão da escolha de lado. O Brasil deve rejeitar as pressões para escolher um, porque até pode haver descrentes e ímpios, mas do Oiapoque ao Chuí ninguém rejeita o slogan “Brasil acima de tudo”.

Pode haver ganhos pontuais em caso de guerra ou de escolher um lado, mas na surpreendente dinâmica do mundo atual será sempre como se equilibrar em fio de navalha.

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Corrida maluca

Com tantos pretendentes, a eleição a prefeitura de Porto Velho em 15 de novembro já se assemelha a uma corrida maluca daquelas passadas pela TV. Já foram relacionados 21 pretensos pretendentes e muita gente já apostando em mais uma surpresa, como aquelas que projetaram sucessivamente Roberto Sobrinho (PT), Mauro Nazif (PSB) e Hildon Chaves (PSDB). Como se sabe, nenhum deles favoritos, mas chegando ao segundo turno e desbancando os concorrentes. Será que teremos surpresas novamente? E quem?

A desistência

O lançamento em Brasília da candidatura à prefeitura da capital do ex-secretário Thiago Tesari (PSD) pelo presidente nacional do partido, sinaliza o que até os jacarés do lago do Cuniã  e os sapos do Bairro da Lagoa já sabiam: o atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) está fora, desistiu do seu projeto de reeleição e se movimenta para apoiar o seu ex-secretário e fiel aliado. Agora cada partido da base aliada está por si com outros postulantes também lançados, como Lindomar Garçom (Republicanos).

Novo adiamento

Temos a ameaça de um novo adiamento do censo demográfico brasileiro pelo IBGE que seria realizado em 2020, chutado para 2021 e agora já cogitado só em 2022 para contingenciamento do orçamento da União visando compensar os gastos com a pandemia do coronavirus. Os municípios em crescimento, com mais habitantes, são os mais prejudicados, já que se trata do principal critério para o rateio de recursos do Fundo de Participação dos Municípios-FPM. Em Rondônia, Porto Velho, Vilhena, Candeias, Buritis e Machadinho deixam de ganhar mais do bolo tributário.

Novela da 319

Cada vez que se fala na pavimentação do chamado “meião” da BR 319, em torno de 400 quilômetros, lá vem pau dos organismos ambientais e da justiça federal. O ministro Tarcísio anunciou na semana passada o asfaltamento de mais um trecho de 50 quilômetros, segundo ele com tudo dentro dos conformes com o Ibama, entidades e órgãos do meio ambiente. Vamos ver se desta vez não teremos licitação embargada como já ocorreu uma dezena de vezes nos últimos anos numa novela interminável.

Ganhando força

O Patriotas rondoniense começa a ganhar força com adesões palacianas indicadas pelo próprio governador Marcos Rocha que caso fique sem o controle do PSL em Rondônia terá esta opção para pular de março no seu projeto de reeleição em 2022. O partido estuda inclusive lançar uma candidatura própria a prefeitura de Porto Velho, que pode ser o empresário Francisco Holanda, com grande vivência nos meios empresariais e decisivo na reaberta do comércio na capital. Pode ser o vigésimo segundo possível postulante ao Paço Tancredo Neves, transferido para o Prédio do Relógio.

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Via Direta

*** Que falta faz um Distrito Policial para a região portuária de Porto Velho na região do Cai N’Água *** Viciados, bebuns, prostitutas, traficantes, foragidos infestam os fura-buchos e os comerciantes e visitantes que transitam por lá ameaçados de assaltos *** Num contraponto daquele cartão postal as avessas, está surgindo, ao lado do terminal de passageiros do porto, o magnifico projeto Beira-Rio, com a urbanização de todo Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré sinalizando para novos tempos para o turismo e o lazer *** Com a base rachada e dividida entre três candidatos, o prefeito Hildon Chaves e seu aliado Expedito Junior estão facilitando as coisas para a oposição na eleição a prefeitura de Porto Velho em novembro *** Com um candidato único já seria difícil. Imagina-se com três como serão as coisas.    

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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