Terça-feira, 15 de outubro de 2024 - 08h08
A
determinação do ministro Flávio Dino, do STF, de que os seis estados da
Amazônia expliquem a concentração de 85% dos focos de queimadas em apenas 20
municípios da região pode ser chover no molhado, já que as autoridades
estaduais são as principais interessadas no diagnóstico da realidade do
desmatamento e do fogaréu. Em todo o caso, a providência faz parte da
concatenação entre União, estados e municípios em torno de medidas adequadas de
enfrentamento às queimadas na Amazônia e no Pantanal.
É
preciso que não só os seis estados, mas toda a nação, tomem conhecimento amplo
do que realmente acontece, no mínimo para escapar da irritante boataria
disseminada ora por governistas, ora por oposicionistas, que nas redes sociais
não são exatamente poços de verdade e decência. A guerra suja nas redes sociais
transforma verdade em mentira e mentira em verdade, semeando a confusão na base
da lei da selva, segundo a qual grita ou rosna mais – ou seja, viraliza suas
próprias fake news – tem mais razão.
O conhecimento
da realidade das queimadas é necessário até para saber a quem responsabilizar
pelas grandes perdas que o agronegócio sofre com a destruição ambiental:
culturas altamente valorizadas abortando, gado morrendo e o futuro
comprometido. As perdas por eventos climáticos extremos somaram ao redor de R$
300 bilhões em uma década – volume similar ao previsto para aplicação no
desenvolvimento industrial do país até 2033
.........................................................................................................
Fazendo as contas
Vamos
aos dois lados da campanha eleitoral em Porto Velho. Do lado da candidata
Mariana Carvalho (União), com os recentes apoios de Célio Lopes (PDT) e Benedito
Alves (Solidariedade), mais os 40 mil votos de vantagem do primeiro turno, a
fatura será liquidada até certa facilidade neste segundo turno, programado para
o próximo dia 27. Os marianistas estão confiantes que o adversário, no caso Leo
Moraes (Podemos) sequer terá tempo suficiente para reverter uma situação que é
claramente favorável a candidata chapa branca, já que temos poucos dias de
semana e que Mari já estará afiada para os debates não cedendo terreno ao
adversário..
Efeito manada
Do
lado de Leo Moraes, a adesão do deputado federal Fernando Máximo, o mais votado
de Rondônia, que era considerado favorito para a prefeitura da capital é
decisiva e vale mais do que todos os apoios recebidos pela adversária. Garantem
que a virada já aconteceu, a onda Leo rola solto, como um verdadeiro efeito
manada. Em clima de otimismo, o comando de campanha do candidato oposicionista acelera o passo
para colocar uma boa diferença sobre Marina Carvalho, que pilota uma aliança de
12 partidos, mas segundo eles está rachando em pedaços como uma melancia.
Guerra de pesquisas
O
segundo turno em Porto Velho prossegue com uma guerra de pesquisas entre as
campanhas de Mariana Carvalho (União) e Leo Moraes (Podemos). Ambas com resultados
dispares e vai se saber quem está mentindo, ou se todas as pesquisas são
mentirosas. Da minha parte, nem pão, nem queijo. Se forem somados os resultados
das duas sondagens que acompanhei (uma de cada lado) e dividir por dois, vai
dar um equilíbrio de forças. Se for levado em conta o crescimento de Leo,
também vamos chegar a um certo equilíbrio entre as duas candidaturas. Vamos ver
os próximos rounds da campanha com os debates em sequência.
Tem conspiração?
Nos
bastidores políticos na capital já se respira as eleições estaduais de 2026.
Isto pode colocar os grupos políticos do prefeito Hildon Chaves com o vice-governador
Sergio Gonçalves em lados opostos desde já. Não há como negar que lideranças
ligadas ao vice-governador estão mudando de orientação e se alinhando ao candidato
oposicionista Leo Moraes (Podemos). Porque isto estaria ocorrendo? Existem interesses
dispares destas duas lideranças para 2026. Hildon ganhando a eleição com Mariana
se torna um poderoso concorrente ao CPA e isto não interessa ao grupo político
do vice-governador interessado ao mesmo cargo.
Entenda o conflito
Está
difícil de esconder o conflito de interesses entre as duas lideranças acima.
Uma derrota de Mariana prejudica a possibilidade de uma candidatura vitoriosa
de Hildon Chaves (PSDB) em 2026 ao governo estadual. No campo da estratégia, seria
um belo golpe no alcaide. Hildon
tornando Mariana vitoriosa, o tucano voará alto com favoritismo no confronto
contra Sérgio Gonçalves. Portanto é preciso aparar as asas do tucano ainda que
é tempo. Se acredita que Sergio Gonçalves já tem sua chapa pronta para 26: ele
ao governo, Marcos Rocha e Silvia Cristina ao Senado.
Vitória de Mariana
Numa
vitória de Mariana, com Hildon Chaves como candidato ao governo estadual ele
vem para as eleições de 2026 com o atual senador Marcos Rogério (PL) a
reeleição. O alcaide ainda teria o direito de lançar mais um candidato ao Senado,
já que são duas vagas em disputa, mas a preferência ficará centrada em Marcos Rogério
para a peleja da reeleição. Havendo o enfraquecimento de Hildão, com uma eventual
derrota de Mariana, Rogério seria o candidato ao governo estadual, Hildon ao
Senado e viria para a eleição estadual com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Se Hildão é o bicho na capital, Bolsonaro é o cara no interior de Rondônia,
Fazendo as contas
Hildão
é imensamente mais popular que o governador Marcos Rocha na capital. Havendo um
embate direto entre os dois, numa eventual disputa ao Senado, com certeza o tucano
levaria a melhor. Mas existe o jogo de conveniências entre os grupos Hildon/Mariana
contra Rocha/Gonçalves para as eleições municipais na capital. Pergunta-se até
que ponto poderá ser encenada uma harmonia entre estes agrupamentos, se o
punhal da traição já está meio escancarado. Afinal, junto com Fernando Máximo
(União Brasil) estão vindo muitas lideranças ligadas ao atual vice-governador
na campanha de Leo Moraes.
Via Direta
*** Nossos vizinhos: Em Rio Branco, o
prefeito Tião Bocalon foi reeleito com boa vantagem ratificando a força do
bolsonarismo. Em Manaus a briga também acontece entre dois bolsonaristas, para
o segundo turno: o prefeito David Almeida e o capitão Alberto Neto *** Como se vê, o
bolsonarismo segue forte na região Norte, já que em Porto Velho também colocou
sua candidata Mariana no segundo turno ***
Expectativa de uma grande final no pleito em segundo turno na capital
rondoniense. Grande mobilização dos candidatos antagonistas Mariana e Leo
Moraes *** Nem a campanha eleitoral turbinou o comércio em PVH. Muitas
queixas no comércio lojista.
O atraso no anuncio do corpo de secretários do prefeito eleito Leo Moraes
Dólar golpista Nos tempos em que as pessoas não tinham o celular como extensão das mãos e dos olhos se dizia que a imprensa era o “quarto poder”, d
Governador Marcos Rocha anuncia novos investimentos para manter a segurança e a paz social
Delicado e complexoFoi uma longa operação: 136 horas de voo, cobrindo 89 mil km, equivalente a duas voltas na Terra, entre dezembro de 2022 e janei
Hildon Chaves desistiu da inauguração do terminal rodoviário
Belos discursosNo Brasil, em que narrativas tortas são forjadas sem nenhum pudor para livrar a cara de notórios malandros, até dizer o óbvio soa co
Nos escândalos da Sejucel, políticos graduados teriam ficado com a parte do leão
Vida e lucro“Não podemos pegar uma fruta que está na floresta, coletar e vender. Isso está contra a nossa regra. Você tem que pegar, trazer e dar pa