Quinta-feira, 19 de dezembro de 2024 - 07h15
“Não
podemos pegar uma fruta que está na floresta, coletar e vender. Isso está
contra a nossa regra. Você tem que pegar, trazer e dar para o outro, então ele
fará o mesmo por você. É menos sobre explorar, e mais sobre cuidar para ser
cuidado”. Esses conceitos de Francisco Piyãko, líder da comunidade Ashaninka e
coordenador da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá, são idealistas e levam
a refletir sobre a crueldade da civilização baseada no lucro, que justifica
matanças e destruição ambiental.
O
idealismo das afirmações de Francisco Piyãko não decreta a ultrapassagem do
sistema, mas isso não diminui a grandeza do pensamento dos povos originários ao
entender que o mundo seria melhor sem o predomínio da lógica do vale-tudo pelo
dinheiro. “Entendemos que a terra, as águas, e tudo que está neste planeta não
pode ser vendido, pois não somos donos de nada disso”.
É
claro que a humanidade não vai regredir ao passado em que as trocas eram
facilitadas por haver pequenas comunidades. Como se tornaram multidões e os
produtos se multiplicaram, o dinheiro surgiu naturalmente. Inegável, no
pensamento do líder indígena, é que a vida, o clima e a preservação da
biodiversidade são valores mais importantes que o lucro a qualquer preço, custo
e consequências. Meios de pagamento, financiar e lucrar são criações da
civilização que precisam se civilizar para não destruir direitos, hoje, e a
própria civilização no futuro.
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Divisão do Butim
Nos
bastidores já se sabe que a divisão do butim dos recursos desviados de cofres
da Sejucel, teria sido muito injusto. Coube ao titular da pasta, Junior Lopes,
atualmente preso por tentar eliminar provas dos seus malfeitos, o menor quinhão
do que foi desviado. Desde a idade média, quando os piratas rapinavam os navios
mercantes, que dá confusão na divisão dos valores das rapinas. Nos dias atuais
os piratas do Madeira brigam no rateio do roubo de combustíveis, tráfico drogas
e nas muambas obtidas nos assaltos as embarcações. Nos escândalos da Sejucel,
políticos graduados teriam ficado com a parte do leão, como circula nos
bastidores.
Pé na estrada
O
clã Carvalho não se afetou tanto com a derrota da ex-deputada federal Mariana
Carvalho (União Brasil) a prefeitura de Porto Velho. Com isto os manos Mariana
e Mauricio já estão com o pé na estrada com atenções voltadas para a disputa em
dobradinha com Mariana ao Senado e Mauricio à Câmara dos Deputados. Esta
articulação sinaliza, com o rufar dos tambores e machadinha de guerra empunhada,
que o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves vem mesmo armado até os dentes em
2026 para encarar a disputa pelo Palácio Rio Madeira.
Festa na roça
Com
o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil), o prefeito Hildon Chaves
(PSDB) e o deputado federal Fernando Máximo (Provavelmente pelo Podemos) mirando
o CPA nas eleições 2026, os postulantes do interior vão entrar em festa, com o
divisionismo do eleitorado da capital. Serão beneficiados com este racha na
capital, o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura),
Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) e Jaime Bagatolli (PL-Vilhena), além de Adailton
Fúria (PSD-Cacoal). Uma verdadeira regionalização de candidaturas, mas com o
eleitorado de Porto Velho bem rachado.
Injeção de recursos
Mesmo
com uma enorme injeção de recursos no comercio de Porto Velho as vendas ainda
não decolaram nas lojas neste final de ano. Tanto o governador Marcos Rocha
como o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves e o presidente da Assembleia Legislativa
Marcelo Cruz durante todo ano pagaram os servidores regularmente, no mesmo mês
trabalhado. Teve casos de abonos natalinos generosos, como ocorreu no Poder
Legislativo estadual, mas as vendas só cresceram com os domingões do CDL, já realizados
nos centros comerciais da Zona Leste e na Zona Sul. Neste final de semana será
a vez do centro histórico, com uma grande promoção na Av. Sete de Setembro. Os
comerciantes projetam aumentar então em 20 por centro as vendas em 2024.
Um formigueiro
É
tanta gente trabalhando nas obras de conclusão do novo terminal rodoviário de
Porto Velho, que a coisa até parece um formigueiro humano. A empresa contratada
para a obra, aumentou geometricamente o número de funcionários para adiantar a
coisa e permitir o cumprimento da promessa do prefeito Hildon Chaves que era
inaugurar o logradouro dia 20, contrariando as orientações do Tribunal de
Contas e da fiscalização do CREA. Dizem que até Hildão foi visto carregando materiais
nas costas para apressar a obra, como um operário dedicado. É coisa de louco!
Será que a inauguração sai mesmo ainda em 2024?
Os catimbeiros
Os
políticos que sabem catimbar o jogo nas pelejas eleitorais e em suas administrações
conseguem melhores resultados contra desgastes. O ex-governador Confúcio Moura
(MDB), atual senador é campeão no quesito. Vejam que ele sempre mantém suspense
em suas definições e nunca se sabe se será candidato ou não, até mesmo ao cargo
que pretende disputar. Um catimbeiro dos infernos, como os centroavantes
argentinos. Se El Carecon é o rei dos catimbeiros, Leo Moraes é o príncipe da
catimba e acertou em tudo nesta temporada. Retardou o lançamento da sua candidatura
o máximo possível e agora, eleito catimba a divulgação de todo seu secretariado
e segue fazendo suspense. Lembrando que
a divulgação dos secretários é um momento de desgaste já que quem fica de fora
começa a jogar pedras desde já.
Via Direta
*** O Instituto do Patrimônio Histórico-
IPHAM vetou a realização do monumental réveillon programado para acontecer no
último dia do ano no pátio da Estrada de Ferro Madeira- Mamoré em Porto Velho *** Ocorre que a empresa
Amazon Fort, detentora dos direitos para explorar o ponto turístico não tem
cumprido acordos para a preservação do patrimônio histórico *** A empresa tem sido um desastre na administração da EFMM cobrando até a entrada dos turistas e
uma fortuna dos pequenos comerciantes para se instalar no local *** A secretaria
da Saúde do município Eliana Pazini tem feito prestação de contas do seu
trabalho a frente da pasta na imprensa. Deixou uma boa impressão.
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