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Carlos Sperança

Num País claramente dividido, como o Brasil, não se vê sequer indícios de pacificação pela frente


Num País claramente dividido, como o Brasil, não se vê sequer indícios de pacificação pela frente - Gente de Opinião

Quem venceu

Com o país assolado por atos antidemocráticos que exigiam ditadura em nome da liberdade com pressões sobre os quartéis para que traíssem os juramentos feitos à Nação e a Carta Magna, no primeiro dia de 2023 venceu a democracia, a maioria eleitoral e é preciso dizer claramente que venceram com honra os militares profissionais, dedicados à sua principal missão, que é servir à Nação, cuja defesa exige cumprir a Constituição.

A eleição e a posse do presidente Lula para o terceiro mandato são histórias vencidas. Aos eleitos cabe governar e a todos cabe trabalhar, pois a história que ora se abre é de uma crise mundial engatada na guerra da Ucrânia, quase a completar um ano. A tentativa de golpe da extrema direita fracassou.

Se a crise e a guerra não forem estancadas em breve, com o vale-tudo que podem gerar, a Amazônia será o mais valioso tesouro do mundo e crescerá exponencialmente a cobiça pelo controle da região. É um cenário que requer Forças Armadas coesas, unidas, bem estruturadas materialmente e disciplinadas.

Ao enxotar a política rasteira de seu âmbito, ao repelir o golpe, venceu a democracia.  Foi a maior vitória dos brasileiros democráticos protegendo a si mesmos, à democracia, à Constituição e se qualificando para os desafios que a conjuntura mundial delineia no nosso horizonte. Teremos agora, quatro anos pela frente na busca da conciliação nacional

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Veja o ranking

O Censo oficial 2022 foi cruel para muitos municípios. Só Porto Velho perdeu 54 mil habitantes. Contra a última estimativa com 548 mil habitantes, a capital ficou com 494.000, mas permanecendo em primeiro lugar entre os municípios mais populosos do estado de Rondônia. Em segundo lugar vem Ji-Paraná com 136 mil, na terceira colocação Ariquemes com 100.896, seguido de Vilhena na quarta posição com 95.599 habitantes, Cacoal em 5º lugar com 92.202, Rolim de Moura na sexta posição com 57.180 habitantes, Jaru em 7º com 52.090, Guajará Mirim na oitava posição com 39.396, Pimenta Bueno em nono lugar com 37.464 e em décimo lugar Ouro Preto com 36.753 habitantes.

O despovoamento

Não existem surpresas nas primeiras posições no ranking demográfico rondoniense. No entanto alguns municípios sofreram despovoamento com a expansão da pecuária que projeta grandes propriedades reduzindo os minifúndios antigamente bem povoados. Entre os municípios que mais perderam habitantes nas últimas décadas esta Ouro Preto, berço da migração rondoniense. O municipio que no passado chegou a ocupar posições importantes desabou para a décima colocação no censo atualizado do IBGE. E o município de Machadinho que estava empatado com Buritis descolou com uma diferença de pelo menos 2 mil habitantes.

Virando a casaca

Como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Marcos Rogério (PL-RO), derrotado no pleito de outubro para o governo estadual, deve estar sentindo as dores dos punhais da traição. Se no plano federal, a família Bolsonaro se ressente das novas posições adotadas pelo senador eleito Hamilton Mourão, ex-vice-presidente, em Rondônia Rogério deve estar sofrendo com o abandono do deputado estadual Laerte Gomes (PSD-Ji-Paraná), o mais votado no pleito de outubro e de outros apoiadores que já viraram a casaca para o governador eleito Marcos Rocha

Na BR-319

Em todo inverno amazônico, a estação das chuvas provoca grandes danos na estrada no trajeto Porto Velho-Manaus estimado em quase 900 quilômetros. O chamado “meião” da rodovia, com mais de 400 quilômetros sem asfalto se transforma num verdadeiro pantanal e repleto de lamaçais causando sérios problemas as viagens de ônibus e para os motoristas de caminhões e carros de passeio   que se arriscam na jornada. Mas só asfaltar o meião é pouco. Será necessário altear o leito da rodovia como aconteceu na BR-364 na região da Ponta do Abunã, depois da cheia do Rio Madeira em 2014.

País dividido

Num País claramente dividido, como o Brasil, não se vê sequer indícios de pacificação pela frente. A extrema direita bem organizada, com recursos dos garimpos, das madeireiras, do poderoso agronegócio e dos políticos conservadores já trabalham para desgastar a gestão que assumiu. Atitudes raivosas daqui e dali não vão levar o Brasil a conciliação, mesmo porque o bolsonarismo tem fortes raízes no Exército e nas Polícias Militares que colaboraram nas manifestações bolsonaristas pelos quarteis. Trata-se de uma situação difícil de se resolver e com possíveis novos rounds buscando golpe de estado nos próximos anos.

Via Direta

*** Deputado federal mais votado de Rondônia no pleito de outubro, o médico Fernando Máximo já percorre os municípios em busca de subsídios para seu trabalho na Câmara dos Deputados a partir de fevereiro ***O ex-secretário da Saúde sinaliza que está interessado em voos maiores para 2026. Foi bem votado em quase os 52 municípios do estado *** O deputado Alex Redano que deixa a presidência da Assembleia Legislativa em fevereiro para seu sucessor – possivelmente Marcelo Cruz – tem sido elogiado por sua administração *** Foi uma gestão da sua mesa diretora sem escândalos e ainda devolvendo recursos para o governo do estado salvar o IPERON falido e mal pago *** O que não funcionou e não funciona já décadas naquela casa de leis é a comissão de ética que catimba as punições para os parlamentares.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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