Terça-feira, 5 de março de 2024 - 08h25
É
difícil avaliar o que de fato significa haver na Amazônia mais instalações
religiosas que hospitais e escolas. Como deve haver mais pontos de venda de
drogas que templos religiosos, qualquer impressão de cunho moral ou prático
precisa ser relativizada.
Com
a ampla liberdade religiosa assegurada no Brasil, abrir uma igreja ou espaço
para a reunião de crentes depende apenas da fé e do dízimo dos convertidos.
Para abrir uma escola, entretanto, não basta o espaço: são necessários recursos
humanos e financeiros contínuos. Abrir um hospital é ainda mais difícil: cada
pessoa, instalação ou insumo requer qualificação, critérios técnicos e recursos
amplos à disposição.
Todos
os países possuem diversas confissões religiosas e elas não podem ser
responsabilizadas pela vitalidade ou pobreza de cada nação. Muitos países
possuem uma infinidade de igrejas e vivem na miséria, enquanto outras nações
igualmente repletas de templos e catedrais são prósperas. O que estabelece as
diferenças entre as pobres e as ricas não é o grau da crença espiritual, mas as
condições materiais de cada uma.
A
fé e as crenças religiosas pertencem ao reino privado, espiritual. Não podem
ser confundidas com os assuntos materiais e políticos, para os quais se exige a
consciência laica e o bom senso de que a mobilização do conjunto da sociedade
deve estar acima de crenças, partidos ou preconceitos e focar prioridades.
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Crime organizado
Unidos
em consorcio, os governadores das regiões Sul/Sudeste querem combater o crime
organizado com mais rigor. Está mais do que claro que a União, responsável
constitucional pelas questões de segurança no tocante ao narcotráfico não está
dando conta desta missão e os traficantes já dominaram fronteiras do Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, havendo situações críticas em estados como do Rio de
Janeiro e Bahia. E em São Paulo, na baixada santista, a situação já está fora
do controle, como já ocorre há décadas no Rio de Janeiro.
Grandes conexões
O
consórcio formado no Sul para melhorar a segurança seria um bom exemplo para
que o Amazonas, Acre e Rondônia também se unissem em torno desta causa comum. A
grande verdade é que os traficantes dominaram o Norte e mesmo com os presídios
abarrotados de traficantes a criminalidade ficou sem controle. Unir esforços
com a União na proteção das nossas desguarnecidas fronteiras já seria um importante
passo inicial para asfixiar os carteis colombianos, peruanos e bolivianos que
tomaram de assalto os nossos rios, nossas rodovias e até o espaço aéreo.
Cenário nublado
A
quatro meses do início as convenções partidárias que vão homologar os candidatos
a prefeitos, vices e vereadores em Porto Velho e o cenário político segue
nublado. Muitos nomes sendo comentados, mas até agora só um confirmado: o da
ex-deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas), anunciada como nome
apoiado pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB). Ela vai pilotar uma grande aliança,
liderada pelos Progressistas, PSDB, PSD. Nos bastidores já se sabe também que está
sendo formada a formação antagônica, tendo como cabeça de chapa o deputado federal
Fernando Máximo e como vice o deputado estadual Alan Queiroz (Podemos), indicado
por Leo Moraes.
Teatro governista
O
governador Marcos Rocha (União Brasil) mercê o Oscar do teatro, o troféu mais
importante da encenação política. Ele finge com esmeada competência que não
sabe que toda sua base, a partir do seu vice-governador Sérgio Gonçalves, lideranças
partidárias da sua aliança, deputados estaduais e federais estão envolvidos na
campanha à prefeitura de Porto Velho do deputado federal Fernando Máximo. Vai
se fazendo de morto para devorar o coveiro e levando no bico o seu grande
aliado Hildão Chaves. Não tarda vem as convenções e ele vai ter que se
posicionar – com punhal ou sem punhal da traição.
Baitas desafios
Derrubar
do poleiro o prefeito Hildon Chaves e aliados em Porto Velho, o grupo que apoia
a prefeita Claudia Redano em Ariquemes, o prefeito Gonçalinho e seus ungidos em
Jaru, o prefeito Isau Fonseca e seguidores em Ji-Paraná e o alcaide Fúria em
Cacoal, são os desafios oposicionistas na temporada. Todos bem instalados e com
ambições políticas futuras no caso de vitórias consagradoras. Na capital, por
exemplo, é da conveniência de candidatos ao governo e ao Senado em ,2026 que
HIldão se ferre no apoio a Mariana. Aparar suas asas é preciso para futuros enfrentamentos.
Via Direta
*** O MDB de Rondônia tem um pedaço
fidelizado a Lula, e outro quinhão fiel ao ex-presidente Jair Bolsonaro, através
dos deputados alinhados a direita *** Mesmo assim o MDB rondoniense ficou com a fatia mais gorda dos
cargos federais no estado, superando as ambições do PT, que foi esmagado nas
urnas pelos bolsonaristas nas eleições de 2022 *** Os cientistas e meteorologistas estão confirmando que a mãe de
todas as secas se formará em abril para castigar novamente o Centro-Oeste
atingindo uma boa parte de Rondônia *** Que a Defesa Civil dos municípios
com divisa com o Mato Grosso comecem a se preparar. Incêndios florestais e
crises hídricas a caminho.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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