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Carlos Sperança

O Centrão e os luas pretas, corredor exclusivo de ônibus e uma bomba relógio para estourar


O Centrão e os luas pretas, corredor exclusivo de ônibus e uma bomba relógio para estourar  - Gente de Opinião

O Centrão e os luas pretas

Os governantes destroem o próprio capital político de várias maneiras. A pior delas é seguir os conselhos dos luas-pretas, políticos que amoldam a gestão aos interesses de suas seitas, desfigurando os projetos da área técnica. O ex-presidente Jair Bolsonaro trocava ministros toda vez que as seitas se atritavam, até se acomodar no colo do Centrão para ter governabilidade. 

Terá o governo Lula 3 destino diferente? Pelos sinais, caso não retorne ao programa da coalizão que o elegeu por pequena margem, poderá ter um destino ainda pior. Lula não tem oposição, pois o PL e outros adversários mais resmungam que se opõem. Preferem ressoar fake news a debater seriamente. A única oposição real ao governo está nos próprios ministérios, que ao tentar favorecer seus partidos se desviam do programa centrista e provocam embates internos que atrasam até o essencial.

Já foi assim no arcabouço de política fiscal: uma joia que poderia ser criada em uma quinzena tardou cem dias, mais os dois meses da campanha eleitoral. No caso da Amazônia, parte do governo se alinha à compatibilização da pauta ambiental com a bioeconômica e outra parte ao desenvolvimentismo, que força para concretizar de imediato metas como a pavimentação da BR-319, extração de petróleo na foz do Rio Amazonas e completar a Ferrogrão. Se não alinhar metas e discursos vai repetir o anterior, entregando-se ao Centrão para garantir a governabilidade.

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Até dezembro

Nos bastidores se comenta que o suplente de senador em exercício Samuel, aquele dos precatórios (PSD) pretende ampliar seu mandato até o final do ano ampliando a licença do senador Marcos Rogério que acabaria em julho, para mais seis meses. Samuel, com apoio do senador Jaime Bagatolli tenta convencer Rogério para mais esta desgastante licença. Como a necessidade faz o sapo pular e na derrota na peleja ao governo de Rondônia ele herdou algumas dívidas, o parlamentar bolsonarista poderia aceitar a prorrogação. Gente, pintaram até contrapartidas inaceitáveis para ele, como um possível cargo no governo Lula.

Corredor exclusivo

Visando melhorar a situação de estacionamento na Av. Sete de Setembro, em todo o trecho do centro histórico de Porto Velho, a prefeitura da capital estuda acabar com o corredor exclusivo de ônibus naquela importante avenida. O comércio lojista do centro antigo está muito combalido e Hildão busca soluções em vista de muitos estabelecimentos fechados e sérios problemas de segurança, com uma média de uma dúzia de arrombamentos e roubos de fiações elétricas por semana. Uma das alternativas é adotar o corredor exclusivo de ônibus na Av. Duque de Caxias, pois na Av. Carlos Gomes a medida foi rejeitada.

O narcotráfico

A escalada da violência em Porto Velho, com o tráfico de drogas por todos os lados, seja pelas rodovias federais, aeroporto e também no porto do Cai’N’Agua, passa pelo controle pelas autoridades de segurança nas cidades de fronteira, como Guajará Mirim e Costa Marques. Sem asfixiar o narcotráfico, não tem como conter a chegada de cocaína e de armas pesadas para a capital e outros importantes polos regionais também seriamente atingidos pela violência no estado. Sem drogas para vender e sem armas para se assaltar e matar, as facções criminosas ficariam no mato sem cachorro.

Terminal provisório

Volto a questionar a instalação do terminal provisório de passageiros para a região do Cai N’àgua. Por lá ficará o logradouro por dois anos aproximadamente até a conclusão das obras da nova rodoviária na Av. Jorge Teixeira. De um lado entendo o propósito da prefeitura de Porto Velho tentar aquecer o combalido comercio do centro histórico, tão afetado nos últimos anos. De outro lado, vejo uma bomba relógio para estourar naquelas bandas. Nem os carapanãs vão escapar de serem assaltados e esfaqueados nas proximidades. A junção de cracolândias da antiga rodoviária com aquela da região portuária vai ser de lascar.

As extinções

Neste dia do Jornalista, dia 7 de abril, meus cumprimentos a categoria e a lamentar os colegas que se foram para o andar de cima nos últimos anos e as extinções de jornais que marcaram época em Rondônia, como Tribuna, O Guaporé, Imparcial, Estadão de Rondônia, Alto Madeira, Folha de Rondônia e periódicos tradicionais no interior como a Folha do Sul (Vilhena) e Tribuna (Cacoal). Com custos elevados a mídia impressa encolheu nos últimos anos, mas o Diário da Amazonia tem resistido a todas intempéries e está prestes a completar trinta anos de circulação estadual em setembro.

Via Direta

***A bancada federal de Rondônia festejou o anuncio da liberação de R$ 480 milhões para a recuperação da BR 364. Quantia superior foi prometida ao Acre mas  até agora pouca coisa saiu dos cofres da União *** As cláusulas de barreira e a criação de federações e incorporações reduziram o número de legendas com representação no Congresso Nacional *** No entanto, embriões de novos partidos, estimulados pelo fundão eleitoral, segue emergindo como é o caso do Consciência Brasil, de centro direita *** A Energisa, que é penalizada com tantos “gatos” (ligações elétricas clandestinas nos bairros) se vê com o desafio de barrar os gatos nas empresas que são grandes ladras de energia *** A construção civil entrou em queda durante o inverno amazônico, a estação das chuvas. Os projetos ganham corpo no verão.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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