Segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023 - 08h35
Sempre
que morre um ser humano, seus semelhantes sofrem, seja pela tristeza do
parentesco, empatia dos amigos e conhecidos ou pelos ganhos cessados dos
fornecedores. Algo parecido acontece com as árvores. Suas mortes têm
consequências, comprova estudo de um grupo de pesquisadores do qual faz parte o
físico brasileiro Henrique Barbosa, do Instituto de Física da USP e professor
da Universidade de Maryland (EUA).
Segundo
publicação na revista científica Proceedings of the National Academy of
Sciences, para cada três árvores que morrerão devido às secas na floresta
amazônica, uma quarta – mesmo não afetada diretamente – também desaparecerá. É
como se o sobrevivente de uma família morresse de tristeza ao se ver cercado
pelos esquifes dos parentes mortos em um acidente.
Pode
ser que mais ninguém sofra além dessa família infeliz, mas no caso das árvores
mortas o sofrimento se entende pelo conjunto da natureza e afeta também os
seres humanos – e não só quem vive perto das quatro árvores mortas,
estendendo-se por um espaço que chega aos confins da Terra.
Secas
mais frequentes em uma região desenrolam seus prejuízos para além dela, pois o
estresse hídrico se espalha. Agir com rapidez e energia para eliminar as causas
da piora climática não é só um gesto de respeito às árvores mortas, mas
prevenção para as consequências humanas que essa tragédia sinaliza.
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Política na história
A
pedido dos leitores estou veiculando na coluna alguma coisa de nossa história
política. Na primeira eleição a Câmara de Vereadores de Porto Velho, já na era
estado, em 1982, dois vereadores se destacariam em pleitos futuros. O goiano
José Guedes, que posteriormente seria prefeito da capital e deputado federal e
Raquel Cândido, um fenômeno eleitoral populista que se tornaria deputada
federal depois de liderar movimentos populares e afrontar lideranças locais.
Guedes permanece até hoje em Porto Velho, e com seus 67 anos ainda com boa saúde
para embates eleitorais, já Raquel sumiu do mapa em Brasília.
A vida noturna
A
vida noturna, tão intensa em anos passados no centro de Porto Velho teve uma
grande queda devido aos dois anos de pandemia e agora também pelo elevado índice
de criminalidade. No centro histórico existem pontos negros, onde a noite se
recomenda passar longe: imediações da antiga prefeitura, o Palácio Tancredo Neves,
da catedral, nas cercanias do Palácio Presidente Vargas e escadarias da Unir,
proximidades da rodoviária e na zona portuária, como Cai N’Água nem pensar. Não
bastasse o índice de drogados perambulando como zumbis na região que só tem
aumentado.
Era dos delegados
Nunca
se elegeu tantos delegados a deputados estaduais e federais em Rondônia como no
pleito 2022. Com a criminalidade em alta e grande desconfiança com a classe
política tradicional, a população apela para eleger delegados e policiais para
refrear a corrupção e a criminalidade em Rondônia. Em Vilhena foi eleito pela
primeira vez um delegado para o Palácio dos Parecis, sede do governo municipal.
Outros municípios, como Ariquemes, também optaram por delegado e Thiago Flores
conquistou a disputada cadeira no Vale do Jamari. Na Assembleia Legislativa são
mais dois delegados marcando presença.
Uma curiosidade
Nos
dias de hoje os caras-pálidas rondonienses jamais seriam capazes de imaginar
que ainda nos anos 80 e início da década de 90 aconteceriam eventos
divisionistas em Rondônia. O primeiro deles, rachando o jovem estado em dois
pedaços. Um naco entre Ji-Paraná e Porto Velho, outro de Cacoal para cima, até
Vilhena, se criando um novo estado e teve até projeto tramitando na Câmara dos
Deputados neste sentido. Outra proposta curiosa foi a criação do município de
Ulysses Guimarães, juntando com os bairros Marcos Freire, Ronaldo Aragão e
proximidades, se separando de Porto Velho. Nenhuma da proposta prosperou.
Uma nova capital
No
ápice da migração rondoniense, ainda no decorrer dos anos 80, agastado com uma
feroz oposição em Porto Velho, o então governador Jeronimo Santana, resolveu
trocar atual localização da capital para a região central do estado, inspirado
em JK que mudou a capital Rio de Janeiro para Brasília nos anos 60. A nova capital
seria edificada na região de Urupá ou proximidades de Ji-Paraná e tornaria Porto
Velho quase uma cidade-fantasma. E a coisa estava prosperando na Assembleia
Legislativa. Então os deputados Amizael Silva e Silvernani Santos se uniram
para salvar Porto Velho da desgraceira e conseguiram com suas articulações
virar o jogo.
Via Direta
*** O Disque-Censo lançado pelo IBGE e
impulsionado pela Associação Rondoniense de Municípios-AROM não deve alterar
muito o censo demográfico que se encerra em meados de abril em nosso estado *** São 24 municípios
prejudicados pela contagem oficial de habitantes em nosso estado e a chiadeira
dos prefeitos tem sido enorme *** O
comércio lojista começou fevereiro se queixando do movimento em Porto Velho. A
perspectiva é que a coisa melhore no decorrer do mês com o carnaval bombando
nas ruas e fomentando ocupação de hotéis, bares e restaurantes *** Depois
do desastre natural do Rio Madeira em 2014 e seus efeitos gravíssimos, o Distrito
de São Carlos finalmente dá mostras de recuperação. Os finais de semana são
movimentados na localidade que é propicia a pesca e lazer dos portovelhenses.
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