Quinta-feira, 5 de janeiro de 2023 - 08h35
No
momento em que mais se fala em “liberdade” no Brasil, o reaparecimento do
terrorismo, infiltrado em celebrações patrióticas e usando nossas cores, é um
veneno mortal para as liberdades. Nos EUA, os ataques terroristas às torres do
World Trade Center desencadearam uma onda de repressão interna com precedentes somente
no macarthismo, em que bastava denunciar um desafeto ou concorrente sem provas para
ver sua família sofrer traumáticos horrores nas mãos dos repressores.
A
volta do terrorismo precisa ser esmagada no ninho, combinada com inteligência e
ação mais afetivas contra o crime organizado na Amazônia, onde é parceiro ou
conivente com o terrorismo. Defender ilegalidades e ataques à democracia simulados
como atos de liberdade só convence os mal-intencionados. É liberticídio, já que
livre curso a atos terroristas resulta, como nos EUA, em restrições severas às
liberdades.
Em
1948, quando publicou o livro “1984”, George Orwell previu um Grande Irmão usando
o poder para oprimir a população por meio da novilíngua. Nela, os contrários
são unidos em uma só palavra. Assim, liberdade e escravidão viram uma coisa só,
a “livresservidão”, os escravos convencidos de que se deixando oprimir protegem
a liberdade. Liberdade é democracia, respeito às leis e independência das
instituições. Negar esse fato é um passo rápido para a morte da liberdade.
...........................................................................................
Censo demográfico
O
IBGE estimava que o Brasil contava com 214 milhões de habitantes e o Censo 2022
indica apenas 208 milhões, numa baita diferença. Rondônia tinha a expectativa
de ultrapassar 1.800.000 almas e não chegou às 1.700.000. A grande verdade é
que o Brasil segue uma tendência mundial de redução demográfica e isto tem
algumas causas. A primeira delas é a diminuição do índice de natalidade. Não
bastasse, uma parte da mulherada não quer gerar filhos e opta pela criação de
pets como se fossem suas crias e tratando os bichinhos como se fossem humanos.
Também a pandemia e a insegurança com relação ao futuro inibiram os casais na geração
de novos filhos.
A constatação
Na
fase já de encerramento das pesquisas em domicílios, que devem se encerrar
ainda neste mês de janeiro, o IBGE constatou que 40 por cento das cidades sofreram
perdas populacionais. Tratando-se de Rondônia o despovoamento pode ser explicado
com a migração interna para outras regiões, a falta de estrutura dos pequenos
municípios em saúde e educação e com isto os principais polos regionais, como Porto
Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena, mais estruturados, receberam
moradores das pequenas cidades. Com elevados índices de crescimento, municípios
como Nova Mamoré, Buritis, Machadinho e Distritos como União Bandeirantes incharam.
Os adversários
O governador
de Rondônia Marcos Rocha (União Brasil) teve uma grande vitória com sua
reeleição, mas terá toda a bancada federal do Senado na oposição. Tanto o
senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), como Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná),
como o recém-eleito Jayme Bagatoli (PL-Vilhena) se dizem independentes. Serão
menos recursos de emendas parlamentares de bancada, já que os oposicionistas
vão optar pelo rateio destes recursos diretamente para os municípios. Já na
bancada de deputados federais, os únicos oposicionistas a gestão de Rocha serão
o coronel Chrisóstomo (PL-Porto Velho) e Silvia Cristina (PL-Ji-Paraná).
Virando a casaca
O
coronel Chrisostomo já retirou o nome do presidente Bolsonaro de seu comitê (a
medida na verdade aconteceu antes da eleição) alguns emedebistas rondonienses
de olho nos cargos federais em Rondônia já estão renegando o capitão, antes que
o galo cante. Os bolsonaristas patriotas já deixaram o campo da 17ª Brigada e
temos uma verdadeira onda virando a casaca e amenizando o discurso contra os
petistas. A nível federal, partidos do “Centrão” que endeusavam o ex-presidente
não tiveram dificuldades de composição, já que também estavam nos governos de
Lula e Dilma no passado.
Fusões e incorporações
Passadas
as eleições de outubro os partidos políticos começam a projetar fusões e
federações para eleições futuras pensando na sobrevivência diante das chamadas cláusulas
de barreiras que são as exigências da justiça eleitoral em termos de percentuais
de votação. Um dos casos em andamento é a incorporação do PROS pelo Solidariedade.
Com isto, o presidente do Solidariedade em Rondônia, o ex-governador Daniel
Pereira, recebe reforços já para as próximas eleições municipais. PDT e PSB
também estudam composições ainda no decorrer de 2023.
Via Direta
*** Em
vista dos recessos nas câmaras de vereadores, Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional, o noticiário
político tem sido acentuado com os novos ministros e especialmente nas decisões
na esfera econômica *** Embora derrotado na disputa a reeleição para a Câmara
dos Deputados no recente pleito de outubro, Mauro Nazif que deixa o cargo em 1º
de fevereiro já está com os olhos voltados para a sucessão municipal em 2024 *** Numa relação de tapas e beijos com
Lula, o MDB volta ao poder com três Ministérios e os partidos do Centrão com
muito poder no Congresso *** Depois do golpe em cima da presidente Dilma
Roussef, cassada numa manobra do MDB com
o Centrão, não se imaginava tanto amor e carinho entre as partes. É coisa de
louco!
Muitos petistas prestigiando a posse do novo prefeito em busca de alguma boquinha
Valor amazônico A atriz libanesa Wafa’a Celine Halawi, ao final das filmagens de “Retrato de um Certo Oriente”, obra do cineasta Marcelo Gomes, dec
A nova rodoviária de Porto Velho é mais um cartão postal de Porto Velho
Conceito vencedorÀ medida que se ampliam os estudos sobre a realidade amazônica novos conceitos passam a ser levados em consideração pelos cientist
Depois de idas e vindas e polêmicas, Hildon Chaves inaugurou a nova Rodoviária
Verdade que apareceÉ noção corrente, correta e amplamente repetida que o setor agropecuário é um dos esteios do Brasil, a julgar pelo peso das ativ
Imóveis depenados: os ladrões estão levando de tudo
Experiência importante Os negacionistas se escoram em dois argumentos para continuar a destruir a biodiversidade e bagunçar o clima global. Os doi