Terça-feira, 11 de junho de 2024 - 07h44
É
natural a curiosidade despertada pela descoberta entre quinquilharias na República
Checa de um filme sobre a Amazônia rodado em 1918, portanto há mais de um
século, pelo português Silvino Santos e Agesilau Araújo. Antes de assistir ao
filme (https://x.gd/A8EH1)
é preciso saber por que “No Paiz das Amazonas” ficou ignorado pelos
brasileiros. Como quase tudo em nosso passado, depois de concluído o filme foi
roubado. Silvino nunca mais soube dele e morreu em 1970. Ao ser achado na
Cinemateca de Praga, estava catalogado como “The Wonders of the Amazon” e
atribuído aos EUA.
O
interesse em comparar o registro fílmico da época e a atualidade se justifica
por tudo que a Amazônia se tornou para o mundo. Resgatado desde o ano passado
pela Cinemateca Brasileira, passou a ser exibido e admirado por focar os
amazônidas trabalhando, em captura de imagens que põem no mesmo grau de
importância a floresta e seu habitante.
Para
que não se conclua que o cineasta luso era de “esquerda” por centrar o foco no
trabalhador, vale dizer ele foi contratado em 1914 pela Peruvian Amazon Company
para desmentir a esquerda da época, que o acusava de escravizar os amazônidas.
Bolhas ideológicas à parte, se alguém pensou que a história do filme roubado
também daria um bom filme, pensou bem: deu em O Cineasta da Selva, de Aurélio
Michiles.
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As indefinições
Mesmo
com a definição de Leo Moraes (Podemos), ainda existem muitas dúvidas com relação
as postulações para a eleição 2024 visando renovar a cadeira do prefeito Hildon
Chaves em Porto Velho. Pergunta-se se o PL, de Marcos Rogerio e Jaime
Bagatolli, por exemplo terá candidatura própria na capital? Se a candidatura do
presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz (PRTB) é para valer? Desde o início
deste lançamento dava pinta que era para negociar a indicação de um vice. O
União Brasil conseguirá unificar suas forças depois de ter sabotado a candidatura
do deputado federal Fernando Máximo, em favor de uma postulação de Mariana?
Nas convenções
Muitas
destas duvidas e tantas outras só serão dirimidas nas convenções partidárias em
julho, enquanto isto seguem os jogos de cena. Não me parece possível por
exemplo, que depois dos senadores Marcos Rogério e Jaime Bagatoli (PL) trocarem
tantas patadas com o governador Marcos Rocha (União Brasil) se unam em torno de
Mariana. Bagatoli chegou a taxar Mariana de “comunista” na eleição ao Senado,
que ela seria uma oportunista ao se dizer bolsonarista. Comunista, Mariana
nunca foi, mas bolsonarista é de carteirinha e é amiguinha dos irmãos
Bolsonaro.
A força dos clãs
Se
constata desde os primeiros alinhamentos, a força dos clãs políticos em
Rondônia. Na capital, os dois principais nomes na peleja vêm de clãs políticos,
os Carvalhos, e os Moraes. Em Ariquemes, o clã Redano tem a força. Vejam lá em
Vilhena, o clã Donadon mostrando seu poderio mais uma vez. Os clãs políticos
tem história e tem força. Seja, alguns em decadência como os dos Muletas em Jaru
e dos Amorins em Ariquemes. O clã Cassol se projeta para as eleições 2026, com Ivo
ao governo estadual e Jaqueline a Câmara dos Deputados. O clã Raupp não se
pronuncia, o clã Expedito se fortaleceu na gestão Hildon Chaves. Tem Expeditão
ao Senado e Expedito Neto a deputado federal em 2026.
Uma paralisação
Na
busca de melhores salários, os fluviários que atendem as demandas de
transportes de combustíveis para Porto Velho (e da soja e outros produtos para
Manaus) estudam uma paralisação. Seria a primeira da história, já que nem na
seca histórica do ano passado a categoria interrompeu seus serviços cujos
reflexos seriam os piores para Rondônia por conta do desabastecimento de
gasolina e óleo diesel que chega em barcaças (atualmente também vítimas dos
piratas do Madeira na capital rondoniense). Só nos faltava mais esta, não basta
a mãe de todas as estiagens desembarcando na região amazônica.
União de forças
Enfraquecida e muito
dividida, a esquerda em Porto Velho se vê diante do desafio de unir forças para
conseguir uma vaga no previsível segundo turno nas eleições locais. Enquanto
Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos) já estão voando nenhum
postulante da esquerda e da centro esquerda aparece com chances de destronar os
postulantes postados mais à direita. Também no interior, a direita conservadora
vai levando vantagem. Seja em Ariquemes, com Carla Redano, ou em Cacoal com
Adailton Fúria, e se constata a mesma tendência para Ji-Paraná, Vilhena e Rolim.
Uma temporada difícil para a esquerda se recompor depois de seguidos insucessos.
Via Direta
***A limpeza de
Candeias do Jamari foi definida como prioridade pelo prefeito tampão Lindomar Garçom
(Republicanos). Os últimos prefeitos só queriam fazer a cidade num balcão de
negócios ***
O tempo é curto para Garçom endireitar Candeias, já que em outubro já tem uma
nova eleição e lá está tudo enrolado e infestado de vereadores sequiosos por
mamatas públicas *** Percorrendo os bairros
de Porto Velho no final de semana, acompanhando um instituto de pesquisas políticas
e sociais de Brasília, foi possível constatar a enormidade de cachorros e gatos
abandonados pelas ruas. É uma situação lamentável*** Recentes invasões
espicharam o perímetro urbano da capital. Haja demandas.
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