Quinta-feira, 21 de março de 2024 - 08h01
Com
a democracia sempre frágil, sofrendo ataques frequentes de radicais e malucos,
crentes em que os problemas do país serão resolvidos com propaganda, atos de
força ou intervenção de ETs, costuma-se dar muito crédito aos caciques
políticos, embalados pela sede de poder. Talvez seja também a hora de ouvir os
verdadeiros caciques, dos diversos povos da floresta, para sair do caldeirão
infernal das ambições políticas para cair na realidade.
Ouvir,
por exemplo, alguém que une a posição de cacique indígena com a de cacique
político: Ninawa Huni Kui, deputado federal que representa o território Hênê
Bariá Namakiá, no Acre. Nem por suas posições políticas, nem por sua posição na
aldeia Yskuiá Yuxibú, mas pela visão macro, pensando no geral e não no
particular. Para ele, a recente grande cheia, a segunda em oito anos, mostrou
que os governos federal, estadual e prefeituras estão despreparados diante do
acúmulo de ocorrências climáticas extremas, com o que todos sofrem, sobretudo
os indígenas e ribeirinhos. O foco da questão, nesse caso, é a palavra
preparação.
Sem
planejamento bem definido, contemplando cenários de curto, médio e longo
prazos, um governo é uma colcha de retalhos mal costurada. Quando interesses
divergentes puxam suas pontas, a colcha rasga. A falta de preparo dos líderes
políticos e técnicos com responsabilidades de governo consiste em não apreender
as lições da natureza nem atentar às urgências das comunidades.
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Entrando em campo
Os
principais candidatos a prefeito de Porto Velho estão retardando a entrada em
campo para evitar mais dissabores. Mas as articulações prós e contras estão em
andamento. Do lado de Mariana Carvalho (Progressistas) a articulação do seu
grupo político é para desarmar a postulação do deputado federal Fernando Máximo
(União Brasil), tido inicialmente como nome de ponteira na peleja sucessória de
Hildon Chaves. Do lado de Máximo seu projeto é garantir a homologação do seu
nome na convenção do União Brasil em julho. Já apelou ao diretório nacional
neste sentido.
Jogo de estratégia
O
jogo de estratégia dos caciques políticos rondonienses é muito parecido. Fortalecer
os seus partidos nas eleições municipais 2024, eleger o máximo possível de prefeitos
e vereadores visando, como pano de fundo as eleições gerais de 2026. Nesta
toada estão o ex-governador Ivo Cassol (PP) bem como seu ex-aliado Expedito
Junior (PSD), ambos rolimorenses, respectivamente presidentes estaduais das
suas legendas. Participam da mesma ação, outros políticos com interesse das eleições
2026, como Nilton Capixaba, Natan Donadon, Ernande Amorim e muitos nomes conhecidos
que tencionam disputar cadeiras a Câmara dos Deputados.
Os recordistas
Controlados
por facções criminosas, os conjuntos Orgulho do Madeira, Morar Melhor, Cristal
da Calama e Porto Madero estão sofrendo com a evasão de moradores. Em alguns
casos os criminosos expulsam mutuários residentes para vende casas ou apartamentos
a preços irrisórios ou até mesmo para ceder os imóveis para membros do bando.
Piratas do madeira, ladrões de cabos elétricos, arrombadores de casas tem
proliferado nos conjuntos, monitorando a entrada e saída dos moradores. Se
chegar alguém estranho ao convívio dos marginais o pau canta.
Cenário de polarização
Numa
entrevista à Rede TV, o senador Confúcio Moura disse que a polarização existente
no Brasil ainda vai se prolongar por muitos anos, uma tendência que se verifica
também entre outros países. Sobre seu futuro político nas eleições de 2026, ele
considerou incerto, mesmo porque não tem o hábito de antecipar seus projetos.
De fato, Confúcio catimba o jogo até quase ao final da partida e assim foram as
decisões em disputar o governo de Rondônia na década passada, quando foi eleito
e reeleito. El Carecon também se manifestou entusiasmado com os rumos da duplicação
da BR-364, mesmo com a cobrança de pedagiamento.
Balaio de gatos
Em Rondônia,
em que se pese o MDB ocupar ministérios no governo Lula, está dividido entre a
lealdade ao governante petista e a fidelidade ao ex-presidente Jair Messias
Bolsonaro. Neste balaio de gatos, com o senador Confúcio liderando a ala mais à
esquerda e o deputado federal Lucio Mosquini a ala mais a direita, o partido se
prepara para as eleições municipais buscando eleger prefeitos e vereadores. Para
2026, existem quadros do partido defendendo uma candidatura de Confúcio ao governo
estadual e de Valdir Raupp ao Senado, tidos como reconciliados depois de anos
de conflitos.
Via Direta
***Eleição 2024: os aliados estão
espetando uma espada na garganta do governador Marcos Rocha (União Brasil) para
que se defina entre Mariana Carvalho (Progressistas) e Fernando Máximo (União
Brasil) ***
Esquivo, Rocha diz que é amigo de todos e vai respeitar os resultados das
convenções partidárias no meio do ano ***
Grande articulador para os outros, já que foi o idealizador das candidaturas
vitoriosas de Ivo Cassol ao governo estadual e de Hildon Chaves a prefeito em Porto
Velho, levando um pé dos dois depois de eleitos - o ex-senador Expedito Junior
tem como sonho voltar ao Senado nas eleições
de 2026 *** Ele já começou a correr trecho buscando adesões e candidaturas
viáveis nos municípios para prefeitos e vereadores.
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