Segunda-feira, 17 de junho de 2024 - 07h55
A
enchentes no RS trazem uma lição definitiva: as condições climáticas da Terra
foram afetadas e ações urgentes precisam ser empreendidas para evitar a perda
total de controle. Os amazônidas sabem o quanto os fenômenos extremos podem ser
destrutivos, como em 2021, quando a cheia histórica no Amazonas afetou cerca de
450 mil pessoas e atingiu mais de 100 mil famílias, e a de 2022, a quarta maior
desde o início das medições, em 1902.
Já
a seca de 2023 causou a maior queda nos níveis dos rios já registrada. As vozes
que se erguem contra os fenômenos extremos costumam criticar as condições
locais de devastação e descuido com o meio ambiente na nossa floresta, e têm
razão, mas não se trata só de causas localizadas. É certo que a queda no nível
dos nossos rios também é consequência de décadas de descuido com a Amazônia,
mas há rios secando em todo o mundo.
Na
China, o rio mais longo da Ásia, o Yangtzé, sofreu quedas de nível tão drásticas
que várias hidrelétricas tiveram a geração de energia prejudicada. Nos EUA, a
queda de nível do Rio Colorado causou sérios prejuízos. É inevitável uma ação
global, mas quem a defende, como os partidos verdes, sofreu derrotas
assustadoras frente aos nacionalistas da extrema-direita na Europa. Será um
castigo por sua defesa não ser eficiente ou a humanidade desistiu de sobreviver?
Não há respostas simples. Os verdes até podem ser ineficientes, mas a
humanidade não pode desistir de si mesma.
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Jogo de estratégia
Enquanto
nos bastidores segue negociando a indicação de um vice numa chapa de ponteira –
leia-se os nomes de Mariana Carvalho e Leo Moraes –o jovem presidente da Assembleia
Legislativa, deputado Marcelo Cruz (PRTB) faz seu jogo para mídia, afirmando
que é realmente candidato a prefeito de Porto Velho nas eleições de outubro. É
uma forma de pressionar as mesas de negociações e atingir seu objetivo de emplacar
uma aliança expressiva. Se será realmente candidato ou não, só se saberá nas
convenções de julho, enquanto busca um cenário favorável para peleja.
Só embromação
Pressionado
pelo presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Confúcio Moura (MDB),
sobre a reabertura do terminal fluvial de Porto Velho, no Porto Cai N’Agua, o
diretor geral do Dnitt assegurou que já está em preparativos um edital para as
reformas necessárias para o funcionamento do logradouro paralisado há mais de
um ano. Até sair o edital, depois a licitação, para então começar as obras já
será o final de 2024 e a população sofrendo as consequências de um porto
acéfalo. Pobres passageiros das embarcações, pobres barcos de turismo, pobre
população ribeirinha com tanta embromação
Convenção marcada
O
MDB de Porto Velho saiu na frente e marcou, conforme informações do presidente
do Diretório Municipal Wiliames Pimentel, sua convenção para homologar a candidatura
da ex-juíza Euma Tourinho, dia 20 de julho. Quando se trata de convenções do
MDB todo mundo se pergunta se elas serão pacificas, lembrando aquele celebre
evento com trocas de pisões e empurrões entre convencionais que marcaram a homologação
das candidaturas de Confúcio Moura e Valdir Raupp ao Senado e Maurão de
Carvalho ao governo de Rondônia em 2018. Hoje pelo que se sabe, os ânimos já
estão serenados. Clima de paz.
Caos aéreo
Não
tem governador, não tem associações dos municípios, não tem bancada federal,
nem o parlamento amazônico formado por deputados estaduais – que se reúne hoje
em Brasília – para dar jeito no caos aéreo estabelecido em Rondônia sendo sua
capital, Porto Velho, a cidade mais atingida pelas reduções de voos nos
últimos anos. Deputados estaduais, federais e senadores sempre votam de mãos
abanando de suas viagens a capital federal, sem prestígio, para resolver as
mais importantes bandeiras regionais. No máximo o que conseguem são promessas
evasivas, nunca medidas efetivas. Nossos representantes são uma lástima.
Piratas do Madeira
Os
piratas do madeira, habituados a roubar barcaças de combustíveis e assaltar
embarcações de passageiros na região portuária estão ampliando suas atividades
para arrastões na cidade de Porto Velho. De um lado roubando cargas de soja e milho
das grandes companhias que exportam grãos pela Hidrovia do Madeira, de outro
promovendo arrastões no comércio de residências dos mais abonados. A situação
da segurança pública de Porto Velho cada vez piorando, com poucas soluções
comunitárias como o projeto lançado no bairro Cohab Floresta, na Zona Sul da
capital rondoniense, com a integração da comunidade com as esferas policiais.
Via Direta
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A seca vai se espraiando em Rondônia e
as praias do arroto já surgindo no Rio Madeira ao longo das comunidades
ribeirinhas de Porto Velho, relembrando o que aconteceu no ano passado, mas com
projeções mais amargas para 2024 nas próximas semanas *** Os partidos estão concluindo suas nominatas a Câmara
de Vereadores em Porto Velho visando a homologação dos seus candidatos nas convenções de julho *** Trata-se de uma dura disputa pelas 23
cadeiras do Legislativo local e os atuais vereadores preocupados com o surgimento
de tantos predadores criticando suas atuações, diga-se de passagem, medíocres na
casa de leis *** Teremos, por conseguinte, uma campanha acirrada desde já,
caros aldeões.
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